Um dos grandes filmes de Buñuel e um dos mais perversos, cheio de símbolos e fetiches que materializam as fixações e a paranoia do protagonista. Buñuel foi buscar um dos grandes símbolos do macho nos melodramas mexicanos, Arturo de Córdova, transformando-o num impotente, paranoicamente ciumento, e contrapondo-o à elegante atriz argentina Delia Garcés. Como sempre em Buñuel, o filme é repleto de humor. Uma obra-prima indiscutível, que Jacques Lacan mostrou durante vários anos aos seus alunos, como ilustração da paranoia. O filme tem uma segunda passagem a 11, às 15h30 (Ver entrada em “Outras sessões de Novembro”).