CICLO
Foco no Arquivo


Prosseguem as sessões “O Trabalho no Ecrã”, em colaboração com a equipa de investigação do projeto WORKS, que está a ser desenvolvido pelo CIES-IUL, em parceria com o CRIA e o CECL-UNL e o financiamento da FCT. Com incidência sobre a imagem do trabalho no cinema, o projeto é conduzido pelos investigadores Luísa Veloso (coordenadora), Frédéric Vidal, Emília Margarida Marques, Jacques Lemière, João Sousa Cardoso e João Rosas. “WORKS – O trabalho no ecrã: um estudo de memórias e identidades sociais através do cinema” é um projeto em curso, que inclui já o estudo de cerca de 400 filmes do acervo da Cinemateca com o objetivo de analisar as representações do trabalho no cinema português e, de modo mais alargado, as relações entre o cinema e as identidades e memórias do trabalho ao longo do século XX. “Numa época em que o trabalho sofre alterações rápidas e profundas, esta rubrica propõe-se suscitar uma reflexão sobre as várias formas de filmar o trabalho, pondo em diálogo uma variedade de géneros e registos cinematográficos”, escreve a equipa de investigadores. As duas sessões programadas em maio centram-se nos anos 1960/70 do Cinema Novo, propondo um diálogo entre um alinhamento de curtas-metragens documentais assinadas por Faria de Almeida, Manuel Guimarães, António de Macedo, Fernando Matos Silva, Alberto Seixas Santos e Fernando Lopes e a longa-metragem de estreia de António-Pedro Vasconcelos, PERDIDO POR CEM... A apresentar por Paulo Cunha, investigador no CEIS20 - Centro de Estudos Interdisciplinares do séc. XX da Universidade de Coimbra.

 
04/05/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Foco no Arquivo

CURTAS-METRAGENS DO CINEMA NOVO PORTUGUÊS
duração total da projeção: 78 min | M/12
 
05/05/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Foco no Arquivo

PERDIDO POR CEM…
de António-Pedro Vasconcelos
Portugal, 1972 - 117 min | M/12
04/05/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Foco no Arquivo
CURTAS-METRAGENS DO CINEMA NOVO PORTUGUÊS
duração total da projeção: 78 min | M/12
Projeto Works

sessão apresentada por Paulo Cunha, com a presença de Fernando Matos Silva e acompanhada pela equipa de investigação responsável pelo projeto WORKS

FAÇA SEGUNDO A ARTE
de Faria de Almeida
Portugal, 1965 – 10 min
TAPETES DE VIANA DO CASTELO
de Manuel Guimarães
Portugal, 1967 – 14 min
ALTA VELOCIDADE
de António de Macedo
Portugal, 1967 – 17 min
POR UM FIO…
de Fernando Matos Silva
Portugal, 1968 – 13 min
A ARTE E OFÍCIO DE OURIVES
de Alberto Seixas Santos
Portugal, 1968 – 10 min
A AVENTURA CALCULADA
de Fernando Lopes
Portugal, 1970 – 14 min

Movido pelos gestos do trabalho, o programa da sessão incide no Cinema Novo, reunindo um conjunto de filmes assinados por alguns dos seus protagonistas, para além de Manuel Guimarães, cuja obra de longa-metragem na ficção lhes é anterior. Produzido e realizado por Faria de Almeida, com fotografia de Augusto Cabrita e música de Manuel Jorge Veloso, FAÇA SEGUNDO A ARTE foca a indústria farmacêutica em Portugal. TAPETES DE VIANA DO CASTELO, de Manuel Guimarães, numa produção Ricardo Malheiro, retrata atividades da confeção e indústria da tapeçaria no distrito de Viana do Castelo. Com produção de António da Cunha Telles, dois anos posterior à estreia de Macedo na longa-metragem de ficção com DOMINGO À TARDE, ALTA VELOCIDADE versa sobre a indústria automóvel portuguesa da época e tem a particularidade de ser filmado em cinemacope. De Fernando Matos Silva, com fotografia de Manuel Costa e Silva, POR UM FIO… centra-se no trabalho da fábrica de cabos eléctricos de Diogo d’Ávila em Alfragide. Em A ARTE E OFÍCIO DE OURIVES, também produzido por Ricardo Malheiro, com fotografia de Aquilino Mendes, Seixas Santos toma a ourivesaria como pretexto para um belíssimo ensaio visual. O último título da sessão é de Fernando Lopes: A AVENTURA CALCULADA, produzida pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, com fotografia de Manuel Costa Silva e locução de Gérard Castello Lopes.
 

05/05/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Foco no Arquivo
PERDIDO POR CEM…
de António-Pedro Vasconcelos
com José Cunha, Marta Leitão, Nuno Martins, Ana Maria Lucas, Rosa Lobato Faria
Portugal, 1972 - 117 min | M/12
Projeto Works

sessão apresentada por Paulo Cunha, com a presença de António-Pedro Vasconcelos e acompanhada pela equipa de investigação responsável pelo projeto WORKS

Foi a primeira longa-metragem de António-Pedro Vasconcelos, com a marca da Nova Vaga Francesa e a referência do neorrealismo italiano. É um filme lisboeta, de planos sequência, câmara à mão, som direto, atores não profissionais, de que Fernando Lopes falou como “um imenso adeus aos nossos verdes anos.” “Nenhuma obra anterior [no cinema português] tinha aplicado tão convictamente a ‘gramática’ da Nouvelle Vague” (José Manuel Costa).