06/03/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
10/65 SELBSTVERSTÜMMELUNG
“10/65 Automutilação”
de Kurt Kren
Áustria, 1965 – 5 min / mudo, sem texto
MANN & FRAU & ANIMAL
“Homem & Mulher & Animal”
de Valie Export
Áustria, 1970-1973 – 8 min / mudo, sem texto
PRINCE OF PEACE
de Hans Scheugl
Áustria, 1993 – 8 min / sem diálogos
LEZZIEFLICK
de Nana Swiczinsky
Áustria, 2008 – 7 min / sem diálogos
PAROLE ROSETTE
de Katrina Daschner
Áustria, 2012 – 8 min / sem diálogos
ES HAT MICH SEHR GEFREUT
“Foi um Prazer”
de Mara Mattuschka
Áustria, 1987 – 2 min / sem diálogos
O programa reúne seis títulos realizados entre 1965 e 2012, por Kurt Kren, Valie Export, Hans Scheugl, Nana Swiczinsky, Katrina Daschner e Mara Mattuschka. “O que 10/65 SELBSTVERSTÜMMELUNG sublinha é o drama surreal da autodestruição simbólica que Kren triou da ação de [Günter] Brus (…). As lâminas, as tesouras e bisturis são gradualmente inseridas neles numa auto-operação ritual” (Stephen Dwoskin). Valie Export sobre MANN & FRAU & ANIMAL: “Em vez da trindade sagrada: pai, filho, espírito santo; em vez da trindade profana: mãe, família, estado; em vez da trindade social: pai, mãe, crianças, o filme trata da trilogia real em três secções. O que une homem e mulher (não unicamente, é claro, mas o que é escondido) é a história da natureza”. Hans Scheugl sobre PRINCE OF PEACE: “Mudança de realidade em realidade. Mas não me perguntem qual é qual. Sem assunto, sem questões. Cada vez mais perto, gostando de ver. Vendo amorosamente, dançando. Pode dançar ser triste? Ok, sem questões. Um amigo morto.” “[…] No caso de LEZZIEFLICK de Nana Swiczinsky uma relação positiva com o pós-moderno vem ao de cima: aparentemente sem esforço, o filme apresenta os resultados de um fracasso (previsível) na procura de representação das relações eróticas de mulheres no manancial de imagens disponíveis” (Andrea D. Braidt). Em PAROLE ROSETTE, Katrina Daschner usa a performace realizada por um grupo bem preparado de casais queer para encenar um jogo controlado sobre / à volta de convenções sociais e da autodeterminação (sexual), entrelaçado num cenário arquitetonicamente sublime (o Carlo Mollino’s Teatro Regio em Turim). ES HAT MICH SEHR GEFREUT consiste em catorze cenas. Quase todos os filmes de Mara Mattuschka lidam com a escrita e a linguagem, significando isto atacar os sistemas de signos da linguagem, o que é frequentemente feito de forma críptica. “E o nosso velho imperador disse: ‘Obrigado, tem sido muito bom, foi um prazer!” (Mara Mattuschka).