CICLO
O Doppelgänger


Em colaboração com o Goethe Institut, apresentamos dois títulos emblemáticos da filmografia muda alemã, centrados num tema – o do "doppelgänger" – a vários títulos fulcral nas primeiras décadas do cinema alemão. As sessões serão apresentadas pelo Prof. Gerald Bär, autor que muito tem estudado, entre outros temas, a persistência do "duplo" na cultura alemã.

 
13/12/2014, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Doppelgänger

DER STUDENT VON PRAG
"O Estudante de Praga"
de Stellan Rye, Paul Wegener
Alemanha, 1913 - 85 min
 
13/12/2014, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Doppelgänger

DER ANDERE
“O Outro”
de Max Mack
Alemanha, 1913 - 77 min
13/12/2014, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Doppelgänger

Sessões em colaboração com o Goethe Institut
DER STUDENT VON PRAG
"O Estudante de Praga"
de Stellan Rye, Paul Wegener
com Paul Wegener, John Gottowt, Grete Berger
Alemanha, 1913 - 85 min
mudo, intertítulos em alemão traduzidos eletronicamente em português | M/12
sessão apresentada por Gerald Bär

De Wegener e Rye, baseado num conto de Edgar Allan Poe (William Wilson), DER STUDENT VON PRAG aborda o tema do duplo, o “doppelgänger”, tão caro ao Romantismo alemão. Em Praga (filmada em Berlim), um estudante com pouco dinheiro aceita vender a sua imagem a um bruxo, também para conquistar o coração de uma Condessa: torna-se célebre, mas desgraça-se pela perseguição do seu duplo espectral. As sobreposições, o duplo ecrã, o uso criativo da fotografia fazem do filme um prodígio. “Atualmente a poesia do cinema tem que estar na câmara” (Paul Wegener). Refeito em 1926 por Henrik Galeen, num dos clássicos do chamado cinema expressionista.

13/12/2014, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Doppelgänger

Sessões em colaboração com o Goethe Institut
DER ANDERE
“O Outro”
de Max Mack
com Albert Bassermann, Emmerich Hanus, Nelly Ridon, Hanni Weisse
Alemanha, 1913 - 77 min
mudo, intertítulos em alemão traduzidos eletronicamente em português | M/12
sessão apresentada por Gerald Bär

 O mais célebre filme do pioneiro Max Mack (produção da Vitascope berlinense, de que Robert Wiene faria uma nova versão em 1930), DER ANDERE é um primeiro exemplo do Autorenfilm, “género” do cinema alemão dos anos dez prosseguido em defesa da respeitabilidade do cinema adaptando temas literários e motivos alemães. O filme segue uma história de perda e desdobramento de personalidade, podendo ser apresentado como uma variação de Jeckyll & Hyde, na adaptação da peça de Paul Lindau (1893). Siegfried Kracauer caraterizou DER ANDERE como um exemplo seminal e sintomático da obsessão do cinema alemão pelo tema do duplo. Primeira exibição na Cinemateca.