09/10/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Viagem ao Fim do Mudo
Takový Je Zivot
Assim é a Vida
de Carl Junghans
com Vera Baranovskaia, Theodor Pistek, Valeska Gert
Checoslováquia, 1929 - 75 min
mudo, intertítulos em checo legendados eletronicamente em português | M/12
COM ACOMPANHAMENTO AO PIANO POR DANIEL SCHVETZ
Bela e rara produção checa, realizada pelo alemão Carl Junghans. A obra tem alguma semelhança com os filmes “de câmara” (Kammerspiel) alemães do período, embora a maioria dos críticos da época tenha louvado o realismo da obra. No papel principal, o de uma velha lavadeira, Vera Baranovskaia, imortalizada em A MÃE, de Pudovkine. Um filme que se situa entre o que de melhor se fez no período na Europa, no qual o realizador “é capaz de transfigurar uma imagem banal num momento de poesia” (Manuel Cintra Ferreira), o que é uma das características do bom cinema mudo.
 
Daniel Schvetz Compositor e pianista luso-argentino, professor de Composição e Análise Musical no Conservatório Nacional e na Metropolitana, colaborador do CESEM da NOVA FCSH. Divulgador, arranjador e intérprete do repertório latino-americano tanguero; conferencista e analista do repertório musical erudito dos séculos XX e XXI, com ensaios críticos sobre a obra de Bartók, Ligeti e Bill Evans. Compôs três óperas, concertos para instrumentos solistas e orquestra, obras corais e de câmara, ciclos de canções baseadas em poetas como Lorca, Pessoa, Borges, Vallejo, Camões e Natália Correia. Colaborou com a Orquestra Sinfônica Portuguesa, a OML, o Coro Lisboa Cantat, Camané, Ricardo Ribeiro, Mísia, João Barradas, Sérgio Carolino e o Remix Ensemble. É pianista residente na Cinemateca Portuguesa desde 1999.

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16/10/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Viagem ao Fim do Mudo
Seventh Heaven
A Hora Suprema
de Frank Borzage
com Janet Gaynor, Charles Farrell, Ben Bard, Albert Gran, David Butler
Estados Unidos, 1927 - 110 min
mudo, intertítulos em inglês legendados eletronicamente em português | M/12
COM ACOMPANHAMENTO AO PIANO POR JOÃO PAULO ESTEVES DA SILVA
O mais famoso dos melodramas dirigidos por Frank Borzage, onde Janet Gaynor tem uma sublime composição, formando um par com Charles Farrell que se tornou popularíssimo. “America’s lovebirds” chamaram-lhes. SEVENTH HEAVEN é uma história de amor entre dois seres que enfrentam a adversidade e a guerra para voltarem a estar juntos, num dos finais mais “delirantes” da História do cinema.
 
João Paulo Esteves da Silva Compositor-pianista associado ao jazz e à música criativa improvisada, desempenhou também um papel de relevo na música popular portuguesa e foi concertista numa fase inicial da sua carreira. A sua discografia em nome próprio denota cerca de três fases distintas do seu percurso criativo: uma primeira, em que se destacou como um dos pioneiros e principais compositores do chamado jazz português; uma segunda, em que se aproxima do jazz de vanguarda; e uma terceira, em curso, de orientação mais europeia. Ao longo dos anos, a escrita de canções tem também ocupado uma parte significativa da sua produção. Tem, além disso, explorado ligações da música com outras artes, como o cinema, a fotografia ou o teatro, sendo ainda tradutor e poeta, com vários livros publicados.

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28/10/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Viagem ao Fim do Mudo
The Kid
O Garoto de Charlot
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Jackie Coogan, Edna Purviance, Charles Reisner, Lita Grey
Estados Unidos, 1921 - 53 min
mudo com intertítulos em inglês legendados eletronicamente em português | M/6
COM ACOMPANHAMENTO AO PIANO POR FILIPE RAPOSO
Primeira longa-metragem de Chaplin após as centenas de títulos de formato curto que o popularizaram, mistura de burlesco e pathos (o sonho do paraíso, a criança abandonada), THE KID é um filme prodigioso, e hoje uma obra-prima da História do cinema. No papel do Vagabundo, Chaplin cuida da personagem do Garoto (que revelou Jackie Coogan lançando a moda dos “meninos-prodígios”), que toma por órfão e com quem estabelece uma ligação de compaixão e companheirismo na liberdade do sonho e das ruas da cidade. “Um filme com um sorriso – e, talvez, uma lágrima.” A apresentar em cópia digital.
 
Filipe Raposo Iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance pelo Kungl. Musikhögskolan i Stockholm (Royal College of Music) e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa. Como pianista, compositor e orquestrador tem colaborado com inúmeras orquestras internacionais, apresentando-se em importantes salas como Sala de São Paulo, Bozar, Ópera de Rouen, Fundação Gulbenkian, CCB. Em 2025, foi premiado no Festival de Cinema de Málaga pela composição original do filme Lo Que Queda de Ti de Gala Gracia. Desde 2004 que colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos. A convite da Cinemateca Portuguesa compôs e gravou a banda sonora para as edições em DVD de filmes portugueses de cinema mudo: Lisboa, Crónica Anedótica de Leitão de Barros, tendo ganho uma Menção Honrosa no Festival Il Cinema Ritrovato em Bolonha, O Táxi n.º 9297 de Reinaldo Ferreira, Frei Bonifácio e Barbanegra de Georges Pallu, Nazaré, Praia de Pescadores de Leitão de Barros.

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