A obra de Mike Leigh já ia longa e com muitos momentos notáveis, mas foi NAKED, em 1993, que lhe trouxe um novo
élan e um reconhecimento quase universal. É, por certo, um dos pontos altos do cinema britânico dos anos noventa, que muitos críticos fazem equivaler a um “estado das coisas” na sequência de dez anos de governação de Margaret Thatcher. David Thewlis, na pele de um intelectual, paranoico, marginal, semi-vagabundo, que segue em encontros e desencontros por uma Londres tendencialmente noturna, tem aqui o papel de uma vida. Por outro lado, é um filme que tem o mérito de, sem abandonar os trâmites do “realismo britânico”, baralhar-lhes as pistas e chegar a um sítio novo.
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