La Ville Nouvelle
de Raúl Ruiz
com Martine Chaussin
França, 1980 – 10 min

Querelle De Jardins
de Raúl Ruiz
com Franck Ogier (narração)
França, 1982 – 14 min

Voyage D’une Main
de Raúl Ruiz
com Franck Ogier, Nadège Clair, Valeria Sarmiento
França, 1984 – 25 min

Zig-Zag - Le Jeu De L’oie
de Raúl Ruiz
com Pascal Bonitzer, Jean-Loup Rivière
França, 1980 – 30 min

duração total da projeção: 79 min
legendados eletronicamente em português | M/12

Em LA VILLE NOUVELLE, arquitetos discutem os planos da futura cidade de Marne-la-Vallée, nos arredores de Paris. QUERELLE DE JARDINS é uma viagem “ruiziana” por dois jardins nos arredores de Paris: Versailles e o Parc de Bagatelle. Animados pelo ódio à Europa e o desejo de descobrir uma relíquia enigmática, em VOYAGE D’UNE MAIN, um homem e a sua mão esquerda encetam uma curiosa volta ao mundo. Uma proposta surreal e audaciosa, com o sentido de humor característico de Ruiz, sobre a vida do escritor Jan Potocki. ZIG-ZAG - LE JEU DE L’OIE (entre nós conhecido pelo jogo da glória) é uma encomenda a Ruiz por ocasião de uma exposição de cartografia no Centro Pompidou.  Ruiz definiu o filme como uma “ficção didática”.  O protagonista, ao ver que o seu carro avariou e não arranca, pede ajuda a dois homens que estão no meio de um campo. Rapidamente entra num pesadelo (um pesadelo da pior espécie, um pesadelo didático), em que ele próprio se transforma em dado.
 
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Em 1997-98, Ruiz realizou uma primeira versão desta história com os estudantes do Estúdio de Artes Contemporâneas da escola Le Fresnoy e três anos depois fez esta versão “oficial”. Um rapaz de nove anos pergunta à mãe se ela estava presente quando ele nasceu e, pouco tempo depois, diz que vai apresentá-la à sua verdadeira mãe. Ruiz observou que nesta história, que adapta um romance de Massimo Bontempelli, escritor próximo dos surrealistas, existem “alguns temas que me agradam: a busca que não chega a parte alguma, os objetos que têm uma alma. Há três pistas de base: a criança possuída por uma força demoníaca, a criança manipulada e a criança manipuladora. E esta terceira pista é apenas uma explicação provisória”.

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Realizado no mesmo ano que o nada tradicional COFRALANDES (que exibimos em março na Parte II desta retrospetiva), LES ÂMES FORTES pertence à veia mais “clássica” do trabalho do realizador, em mais um exemplo da variedade do seu trabalho. O filme adapta um romance de Jean Giono, publicado em 1950, naquele que é considerado o “segundo período” da obra do escritor, em que ele quis “reinventar o século XIX, para melhor ilustrar as taras do século XX”. Numa aldeia do sul de França, em 1945, um grupo de mulheres conversa durante toda uma noite, evocando o passado de uma delas, a mais velha do grupo, que narra acontecimentos ocorridos há mais de sessenta anos. No entanto, ficamos sem saber o que é verdadeiro e o que foi deformado pela memória da mulher.

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MIOTTE VU PAR RAÚL RUIZ é o resultado de três anos de sessões intensivas em que Raúl Ruiz observou e filmou o processo criativo do pintor abstrato francês Jean Miotte. O documentário, descrito por Jonas Mekas como um dos melhores filmes sobre os desafios enfrentados pelo pintor durante o processo criativo, oferece uma singular abordagem ao cruzamento entre o cinema e as artes plásticas.

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