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Neste filme Ruiz aborda um elemento bastante raro no seu cinema, a dança. MAMMAME é um trabalho sobre um espetáculo da companhia de dança de Émile Dubois, coreografado por Jean-Claude Galotta. Jonathan Rosenbaum é de opinião que “a celebração do movimento físico neste filme pode entusiasmar tanto os amantes da dança quanto os cinéfilos. Usando elementos formais semelhantes aos de Orson Welles – grandes ângulos, profundidade de campo, sombras, silhuetas, perspetivas deformadas – Ruiz e o seu diretor de fotografia, Acácio de Almeida, não são meros observadores ou rivais dos nove dançarinos, mas colaboradores no sentido mais profundo do termo”.

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A interação entre um projecionista de cinema e os filmes que projeta e que o levam a lugares exóticos e fantásticos. LA CHOUETTE AVEUGLE (“não é um filme de ficção, mas um filme sobre a ficção”) é um dos exemplos mais fulgurantes da “imaginação à solta” de Ruiz.

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Ombres Chinoises
de Raúl Ruiz
com Jean Badin, Jean-Bernard Guillard, Franck Oger
França, 1982 – 7 min

Image de Sable
de Raúl Ruiz, Nadine Descendre
com Pieter Wiesma
França, Suíça, 1981 – 15 min

Tous Les Nuages Sont Des Horloges
de Raúl Ruiz
com Jessica Forde, Alain Sachs
França, Suíça, 1988 – 57 min

duração total da projeção: 79 min
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OMBRES CHINOISES é, como o nome indica, um “exercício” em sombras chinesas, a partir de 36 Situations Dramatiques, de Georges Polti. IMAGE DE SABLE é um pequeno documentário sobre as impressionantes construções na areia do arquiteto holandês Pieter Wiesma. Sobre TOUS LES NUAGES..., a palavra a  Raúl Ruiz: “A La Fémis pediu-me para dar um curso de argumento. Escrevi um romance policial japonês (publicado cinco anos depois em Itália) chamado Tous les nuages sont des horloges, que é uma citação de um ensaio de Karl Popper. O romance, que se passa na Normandia, é obra de um autor japonês inventado por mim, a que falta o último capítulo. Entreguei-o aos meus alunos para que adaptassem e inventassem o capítulo que faltava. Escrevíamos de manhã e eu filmava à tarde. O ponto de partida teórico é o princípio de Straub de que só existe um lugar possível para colocar a câmara. Para mim, esta é uma das superstições cinematográficas mais curiosas.”

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Le Film À Venir
de Raúl Ruiz
com Gérard Vincent, Margot Marguerite, Jean-Yves Gautier
Suíça, França, 1997 – 9 min

Derrière Le Mur
de Raúl Ruiz
com Eric Affergan, Jérôme Bel, Catherine Berbessou
França, 1989 – 70 min

duração total da projeção: 79 min
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Em LE FILM À VENIR um pai, à procura da sua filha desaparecida, descobre uma seita – os Philokinetes – que ritualisticamente assiste, num loop contínuo e interminável, um filme de 23 segundos para assim entrarem num estado hipnótico e alucinatório. DERRIÈRE LE MUR, uma adaptação de uma coreografia de Joêlle Bouvier e Régis Obadia, mostra-nos as estranhas cenas da vida quotidiana de bailarinos trogloditas que conversam por gestos.

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