CICLO
Com a Linha de Sombra


Nesta rubrica regular feita em parceria com a livraria da Cinemateca apresentamos em fevereiro duas sessões. A primeira sessão integra o ÍmPares, um ciclo de encontros dedicado a formas de atenção a objetos artísticos que tem vindo a decorrer na Linha de Sombra e que se prolonga até maio de 2024, propondo-se a realização de cada encontro a partir de uma analogia entre duas obras literárias/fílmicas cuja relação poderá exceder aquelas que melhor conhecemos na história do cinema e da literatura. Desta vez, o filme a exibir é THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE e à projeção segue-se uma comunicação na sala de cinema por António M. Feijó, acompanhado por Pedro Mexia, a respeito de John Ford e da constituição americana, mas também a propósito de Charles Chaplin e da noção de democracia segundo Alexis de Tocqueville. A segunda sessão do mês tem como pretexto a apresentação do livro 20 Filmes Fundamentais do Cinema Português, o qual reúne textos que resultaram do projeto homónimo que acolheu cinco bolseiros de curta duração, no LabCom - Laboratório de Comunicação e Artes. O objetivo principal do projeto consistia em destacar 20 filmes relevantes da cinematografia portuguesa. Ao lançamento na livraria Linha de Sombra segue-se a exibição na sala Luís de Pina de cinco das curtas-metragens abordadas no livro.
 
 
15/02/2024, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Com a Linha de Sombra

The Man Who Shot Liberty Valance
O Homem que Matou Liberty Valance
de John Ford
Estados Unidos, 1962 - 120 min
 
16/02/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Com a Linha de Sombra

Cinco Curtas-Metragens Portuguesas
duração total da projeção: 79 min | M/12
15/02/2024, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Com a Linha de Sombra
The Man Who Shot Liberty Valance
O Homem que Matou Liberty Valance
de John Ford
com James Stewart, John Wayne, Lee Marvin, Vera Miles, Edmond O’Brien, Andy Devine, Woody Strode
Estados Unidos, 1962 - 120 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
Seguido de conversa com António M. Feijó e Pedro Mexia

Por motivos de força maior, comunicamos a seguinte alteração ao programa de fevereiro divulgado no nosso jornal mensal. A sessão do filme THE MAN WHO SHOT LIBERTY VALANCE terá lugar não no dia 14 como anunciado, mas no dia 15, às 18h00. Em consequência desta alteração, o filme DAS LEHRERZIMMER/A SALA DOS PROFESSORES será exibido no dia 14, às 19h00, e não no dia 15 como estava previsto. Apresentamos as nossas desculpas por estas alterações.
O verdadeiro fim do western clássico, numa celebração da morte do velho Oeste, personificado por Tom Doniphon (John Wayne), que jaz morto e arrefece num caixão de pinho com uma solitária flor de cato em cima. Nunca se vê o corpo, porque a lenda não o tem. Apenas surge na evocação em que Stoddard (James Stewart) recorda o triunfo da civilização na pequena cidade fronteiriça, sobre os desmandos dos quadrilheiros de Liberty Valance (Lee Marvin), assim tornando “desnecessários” os homens e os mitos como Doniphon. O fim de um género e uma das obras-primas do cinema. A apresentar em cópia digital.

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16/02/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Com a Linha de Sombra
Cinco Curtas-Metragens Portuguesas
duração total da projeção: 79 min | M/12
Com a presença de Paulo Cunha e Manuela Penafria
ÁGUA MOLE
de Alexandra Ramires (Xá), Laura Gonçalves
Portugal, 2017 – 10 min

ALMADA NEGREIROS, VIVO, HOJE
de António de Macedo
com Almada Negreiros, Natália Correia, David Mourão-Ferreira
Portugal, 1969 – 26 min

O NAUFRÁGIO DO VERONESE
de realizador desconhecido
Portugal, 1913 - 5 min / mudo

CÂNTICO DAS CRIATURAS
de Miguel Gomes
com Paolo Manera, João Nicolau, Mariana Ricardo
Portugal, 2006 – 21 min

VENUS VELVET
de Jorge Cramez
com Ana Brandão, Ana Moreira, Claúdio da Silva, Ricardo Aibéo
Portugal, 2022 – 17 min

ÁGUA MOLE é uma exploração melancólica da desertificação rural, desenhada na frieza do preto e branco. ALMADA NEGREIROS, VIVO, HOJE foi realizado um ano antes da morte de Almada Negreiros, aos 77 anos e, através do recurso à entrevista, revela como o artista manteve sempre o espírito aberto e subversivo associado à sua imensa criatividade. Macedo filma algumas das suas obras, como os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, os painéis da Fundação Calouste Gulbenkian e da Gare Marítima, mas também retrata Almada num passeio no campo ou no espaço do seu atelier. Um documento único sobre a obra do artista.  O NAUFRÁGIO DO VERONESE, uma produção da Invicta Filme de 1913, traz-nos imagens do transatlântico que encalhou perto da praia da Boa Nova, em Matosinhos, assim como das operações de salvamento. Em CÂNTICO DAS CRIATURAS, no ano de 2005, um trovador percorre as ruas de Assis, cidade natal de S. Francisco, cantando e tocando o Cântico Das Criaturas, texto escrito por Francisco em 1224; nos bosques de Umbria, durante uma pregação aos pássaros, S. Francisco desmaia, é reanimado por Santa Clara, mas parece acordar sem memória. Com o cair da noite, os animais da floresta cantam e celebram Francisco. A última curta-metragem desta sessão, VENUS VELVET conta-nos uma história de amor que dura o breve tempo que antecede a queda de um cometa; uma história de amor que existe sob a hipótese do fim do mundo.

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