07/12/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
TOCADORA
de Joana Imaginário
com Ana Água
Portugal, 2017 – 8 min
SUSPENSÃO
de Luís Soares
Portugal, 2020 – 7 min
O PECULIAR CRIME DO ESTRANHO SR. JACINTO
de Bruno Caetano
Portugal, 2019 – 10 min
PURPLEBOY
de Alexandre Siqueira
Portugal, França, Bélgica, 2019 – 14 min
SURMA - WANNA BE BASQUIAT
de João Pombeiro
Portugal, 2019 – 5 min
AMÉLIA E DUARTE
de Alice Guimarães, Mónica Santos
Portugal, 2015 – 9 min
O HOMEM DO LIXO
de Laura Gonçalves
Portugal, 2022 – 11 min
TOCADORA, de Joana Imaginário, é uma homenagem às várias artistas que “tocaram” a realizadora, influenciando e abrindo os caminhos que hoje explora; uma obra poética com elementos surrealistas, que combina
live-action com várias técnicas de animação. A protagonista, que pinta aquarelas, borda e desenha no seu caderno, bebe, por equívoco, a água de lavar os pincéis e acaba transformada num desenho. A partir daí, o armário onde guarda os seus materiais de pintura transforma-se no centro de uma história em que o universo da criação artística se cruza com o mundo quotidiano. Em SUSPENSÃO, um homem triste, confinado a uma cama num quarto exíguo e despojado, reflete e pondera hipóteses sem nunca se decidir. Luís Soares explora estes momentos de indecisão, representando “as suas microações, mentais ou emocionais, as suas intermitências de vontades e medos, os seus ciclos que impedem uma resolução e as suas fantasmagorias”. O PECULIAR CRIME DO ESTRANHO SR. JACINTO, filme em
stop-motion inspirado num conto de Manuel Ruas Moreira, com narração de Sérgio Godinho e música de Filipe Raposo, transporta-nos para um cenário distópico, uma cidade em que natureza foi proibida; um dia, o estranho senhor Jacinto, um dos seus tantos habitantes, comete um pequeno e peculiar crime, desencadeando uma série de consequências inesperadas. PURPLEBOY é um filme carregado de simbolismo que aborda a temática da identidade de género através da história de Óscar, uma criança que germina no jardim dos seus pais; como o seu corpo cresce no subsolo, ninguém sabe o seu sexo biológico, mas Óscar reclama o género masculino. Quando, finalmente, sai da terra e descobre o seu corpo, Óscar confronta-se com um mundo autoritário e opressivo contra o qual terá de lutar para obter o reconhecimento de identidade que tanto deseja. Em WANNA BE BASQUIAT, filme realizado por João Pombeiro e videoclipe da homónima música de Surma, são combinados vários recortes de imagens e filmes, construindo-se uma narrativa que remete para os mitos do “sonho americano” e do progresso económico através das representações de cenários industriais e subúrbios residenciais norte-americanos. Na curta-metragem de Alice Guimarães e Mónica Santos, uma caixa fechada no arquivo dos Amores Perdidos guarda as recordações da relação de Amélia e Duarte; percorremos as memórias de como ambos lidaram com o final da relação, numa história em que o drama e a tristeza são transformados em humor leve, representado em ações surrealistas. Em O HOMEM DO LIXO, de Laura Gonçalves, uma família junta-se à volta de uma mesa e através de conversas e das memórias de cada um, recordam a história do tio Botão, que trabalhou durante trinta anos em França como homem do lixo, e voltou a Belmonte na sua carrinha cheia de lixo, criativamente transformada num verdadeiro tesouro.
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