Último projeto de Nicholas Ray, feito no difícil período final da sua vida. Revelado numa primeira versão no Festival de Cannes em 1973, Ray montou e remontou o material de WE CAN’T GO HOME AGAIN até à sua morte em 1979, sem nunca dar o filme como acabado. A versão que veremos nesta sessão foi montada por Susan Ray, a partir das nove horas de material inacabado deixadas por Ray, e foi estreada no Festival de Roterdão em 1980. A cópia de Roterdão ardeu e entre as raras cópias que subsistiram conta-se a que foi adquirida em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian, entretanto depositada na Cinemateca (segundo Serge Daney, “nenhuma cinemateca poderá dormir em paz se não tiver nas suas reservas uma cópia de WE CAN’T GO HOME AGAIN”). Filmado em 35, 16, Super 8, 8mm e em vídeo, utilizando a técnica do
split-screen, o incompleto WE CAN’T GO HOME AGAIN (expressão que significa “não se pode voltar ao passado”) é o
requiem da obra de Nicholas Ray.
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