15/09/2012, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
LE SANG D’UN POÈTE
de Jean Cocteau
com Enrique Rivero, Pauline Carton, Odette Talazac
França, 1929 – 52 minutos / sem legendas
LA VILLA SANTO SOSPIR
de Jean Cocteau
com Jean Cocteau, Francine Weisweller, Edouard Dermitte
França, 1952 – 38 minutos / sem legendas
Dois exemplos do cinema de Jean Cocteau, realizados a mais de vinte anos de distância. LE SANG D’UN POÈTE, típico das vanguardas parisienses dos anos 20 e sobretudo ultra-típico do universo pessoal de Cocteau, reúne algumas das suas obsessões recorrentes, como a travessia dos espelhos e uma série de encontros inesperados. Muito menos conhecido e filmado em 16mm num magnífico Ektachrome, LA VILLA SANTO SOSPIR consiste numa visita guiada à vivenda de uma rica amiga e mecenas de Cocteau, cujas paredes ele “tatuou” com uma série de frescos. Neste filme reincidem alguns temas presentes no primeiro, num tom mais apaziguado. Como observaram Philippe Azoury e Jean-Marc Lalanne, “Cocteau só concebe o maravilhoso sob uma forma ‘direta’ e só pratica o diário íntimo de forma indireta”.