O programa de abril de Double Bill é um pretexto. Quisemos – há muito tempo que queríamos, mas só agora, graças ao recentíssimo restauro do Danish Film Institute, foi possível – mostrar o último filme americano do cineasta dinamarquês Benjamin Christensen, SEVEN FOOTPRINTS TO SATAN, obra – a todos os títulos – surpreendente e – por agora não nos alongamos mais – estarrecedora. Mas, como o Double Bill é todo um programa mensal e não apenas um filme, optámos por “jogar” com o “sete” presente no título desse filme criando relações mais ou menos óbvias com um conjunto de outros filmes que também utilizam o número no seu título: no último (dia 22), juntamos sete mulheres a sete homens (SEVEN MEN FROM NOW e SEVEN WOMEN); no do meio (dia 15) temos duas declinações do tema dos sete pecados capitais (LES SEPT PÉCHÉS CAPITAUX e SE7EN) e no primeiro sábado do mês (dia 1) juntamos dois realizadores – Christensen e Tay Garnett – demasiadas vezes conotados como autores de um só filme (HÄXAN e THE POSTMAN ALWAYS RINGS TWICE, respetivamente) para mostrar como ambos valem muito, muito mais do que apenas isso, como bem o demonstram SEVEN FOOTPRINTS TO SATAN e SEVEN SINNERS. Mesmo assim ficaram de fora muitos filmes e de diferentes latitudes. Sem sermos exaustivos, gostaríamos de ter podido incluir também estes outros “setes”: OS SETE SAMURAIS, de Akira Kurosawa, O SÉTIMO SELO, de Ingmar Bergman, SEVEN CHANCES, de Buster Keaton, SEVEN BRIDES FOR SEVEN BROTHERS, de Stanley Donen, SEVEN YEAR ITCH, de Billy Wilder, PASQUALINO SETTEBELLEZZE, de Lina Wertmüller, SETE BALAS PARA SELMA, de António de Macedo, DER LEONE HAVE SEPT CABEÇAS, de Glauber Rocha, PORT OF THE SEVEN SEAS, de James Whale, THE SEVENTH HEAVEN, de Henry King, SEVEN DAYS IN MAY, de John Frankenheimer, THE SEVENTH VEIL, de Compton Bennett, SEVEN SWEETHEARTS, de Frank Borzage e – obviamente – BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES.