CICLO
A Cinemateca com o Indielisboa


A colaboração entre a Cinemateca e o festival IndieLisboa, em 2021 na sua 18ª edição, resulta na programação e organização de uma extensa retrospetiva dedicada a Sarah Maldoror, na apresentação da totalidade da sua secção  “Director’s Cut”, em rima com sessões “em contexto”, refletindo a História do cinema, a sua memória e o seu património, e numa sessão especial dedicada a uma seleção de filmes de curta metragem do coletivo L’abominable (laboratório experimental onde artistas cineastas de várias gerações e proveniências trabalham em película),  a propósito da homenagem da secção Silvestre ao realizador colombiano Camilo Restrepo. Todos os filmes exibidos no Director’s Cut e nessa sessão especial são primeiras apresentações na Cinemateca.
O programa acompanha as datas do festival, que decorre em várias salas em Lisboa entre 21 de agosto e 6 de setembro (no caso da retrospetiva Sarah Maldoror, o programa na Cinemateca terá lugar de 1 a 8 de setembro).
 
 
25/08/2021, 21h30 | Esplanada
Ciclo A Cinemateca com o Indielisboa

O Sangue
de Pedro Costa
Portugal, 1989 - 98 min
 
26/08/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo A Cinemateca com o Indielisboa

Patent NR. 314805 | Thinner Than Two Ten-Thousandths of a Millimetre | No Existen Treinta y Seis Maneras de Mostrar cómo un Hombre se Sube a un Caballo
duração total da projeção: 73 min | M/12
26/08/2021, 21h30 | Esplanada
Ciclo A Cinemateca com o Indielisboa

Silver River
Sangue e Prata
de Raoul Walsh
Estados Unidos, 1948 - 109 min
27/08/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo A Cinemateca com o Indielisboa

Foco Silvestre: Camilo Restrepo e Coletivo l’Abominable
Duração total da projeção: 70 min
27/08/2021, 21h30 | Esplanada
Ciclo A Cinemateca com o Indielisboa

Hopper/Welles
de Orson Welles
Estados Unidos, 2020 - 131 min
25/08/2021, 21h30 | Esplanada
A Cinemateca com o Indielisboa
O Sangue
de Pedro Costa
com Pedro Hestnes, Inês de Medeiros, Nuno Ferreira, Luis Miguel Cintra, Henrique Viana
Portugal, 1989 - 98 min
legendado em inglês | M/12
Director’s Cut em Contexto
Primeira obra de Pedro Costa, O SANGUE é um perturbante filme marcado por ecos noturnos, captados num preto e branco escuro como a noite em que maioritariamente decorre, para dar a ver os fantasmas que acompanham as personagens dos dois irmãos e da rapariga que a eles se junta. Pedro Hestnes abre o filme num dos mais belos planos do cinema português. Luis Miguel Cintra interpreta a personagem do tio, na primeira das duas vezes em que filmou com Costa (no seguinte CASA DE LAVA coube-lhe a personagem de médico). “O que gosto em O SANGUE é o sentido da longa noite da infância que abraça tantos filmes e tantos livros americanos (…). Provavelmente o título vem de Flannery O’Connor” (Pedro Costa). A exibir em rima DIÁLOGO DE SOMBRAS.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
 
26/08/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa
Patent NR. 314805 | Thinner Than Two Ten-Thousandths of a Millimetre | No Existen Treinta y Seis Maneras de Mostrar cómo un Hombre se Sube a un Caballo
duração total da projeção: 73 min | M/12
Director’s Cut
PATENT NR. 314805
de Mika Taanila
Finlândia, 2021 - 2 min / sem diálogos

THINNER THAN TWO TEN-THOUSANDTHS OF A MILLIMETRE
de Gregor Eldarb
Áustria, 2020 - 8 min / sem diálogos

NO EXISTEN TREINTA Y SEIS MANERAS DE MOSTRAR CÓMO UN HOMBRE SE SUBE A UN CABALLO
de Nicolás Zukerfeld
Argentina, 2020 - 63 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

O engenheiro finlandês Eric Tigerstedt gravou com sucesso o som em película usando um dispositivo de sua invenção, o fotomagnetofone, dez anos antes de qualquer avanço no cinema comercial — em 1914. PATENT NR. 314805 Recupera os testes originais sobreviventes. Em THINNER THAN..., as texturas e as cores das bolhas de sabão tornam-se abstractas, num trabalho inspirado no processo formativo e constitutivo da natureza. THERE ARE NOT THIRTY-SIX WAYS... parte de uma ideia singular: ilustrar a frase atribuída ao realizador Raoul Walsh que dá título ao filme, fazendo uma compilação de todos os personagens a cavalgar nos seus filmes. Mas o filme cresce para além do filme-compilação, ou até do filme-ensaio, para se tornar algo maior e mais idiossincrático, com uma pitada de história detectivesca à mistura. 

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
26/08/2021, 21h30 | Esplanada
A Cinemateca com o Indielisboa
Silver River
Sangue e Prata
de Raoul Walsh
com Errol Flynn, Ann Sheridan, Thomas Mitchell
Estados Unidos, 1948 - 109 min
legendado em português | M/12
Director’s Cut em Contexto
SILVER RIVER é o western que marca a última colaboração oficial de Walsh e Errol Flynn, com o ator na figura de um aventureiro pouco escrupuloso que, a pouco e pouco, se torna senhor de uma região de minas e prata e se apaixona pela mulher do seu melhor amigo, que envia para a morte, numa variação da história bíblica de David. Como sempre, a mestria de Walsh é total, neste filme feito num magnífico preto e branco. A exibir em rima com NO EXISTEN TREINTA Y SEIS MANERAS DE MOSTRAR CÓMO UN HOMBRE SE SUBE A UN CABALLO.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
 
27/08/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa
Foco Silvestre: Camilo Restrepo e Coletivo l’Abominable
Duração total da projeção: 70 min
legendados em inglês e eletronicamente em português | M/12
com a presença de Camilo Restrepo
RETOUR À LA RUE D’ÉOLE
de Maria Kourkouta
Grécia, 2013 - 14 min

LA MACHINE D’ENREGISTREMENT
de Noémi Aubry, Wisam Al Jafari, Tamador Abu Laban, Firas Ramadan
França, 2013 - 9 min

K (LES FEMMES)
de Frédérique Devaux
França, 2003 - 5 min

PLANCHES, CLOUS, MARTEAUX
de Jérémy Gravayat
França, 2015 - 13 min

JÉRÔME NOETINGER
de Stefano Canapa
França, 2018 - 12 min

TERMINUS FOR YOU
de Nicolas Rey
França, 1996 - 10 min

SEPTIÈME FRACTION
de Guillaume Mazloum
França, 2015 - 7 min

Uma sessão que reúne um conjunto filmes escolhidos por Camilo Restrepo – cineasta em foco na secção Silvestre do IndieLisboa deste ano – a partir da produção do coletivo L’abominable, com o qual colabora. RETOUR À LA RUE D’ÉON é um filme feito de colagens, construindo uma viagem através de excertos de filmes populares gregos dos anos 50 e 60, de poemas de autores gregos e da música de Manos Hadjidakis. Em LA MACHINE D’ENREGISTREMENT, três realizadores palestinianos, refugiados no campo Dheisheh, falam do seu cinema. E mostram-no também. K (LES FEMMES) é um !ilme sobre os momentos e os locais em que mulheres da região de Cabília (Argélia), que de outro modo vivem de forma isolada da sociedade no exterior, encontram ou habitam onde podem existir, cantar, dançar. PLANCHES, CLOUS, MARTEAUX mescla imagens do passado, dos anos 50 aos 70, com imagens contemporâneas para mostrar ligações e evoluções na zona de Seine-Saint-Denis, periferia de Paris, local de habitações precárias, cujas população se viu sempre acossada. Em JÉRÔME NOETINGER, o compositor e improvisador francês coloca-se em frente da câmara para, utilizando um instrumento complexo de gravação, compor uma sinfonia instantânea que resulta de fragmentos de sons captados, rádio ou estática. TERMINUS FOR YOU leva-nos pelo metropolitano de Paris, observando quem está solitário, apaixonado, com pressa ou cansado da vida. SEPETIÈME FRACTION faz parte de uma série fílmica em sete sequências. Cada uma com um padrão específico e uma referência a um texto político. Nesta sétima sequência, é a ref!exão é feita sob o signo de Walter Benjamin.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
 
27/08/2021, 21h30 | Esplanada
A Cinemateca com o Indielisboa
Hopper/Welles
de Orson Welles
Estados Unidos, 2020 - 131 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Director’s Cut
Filip Jan Rymsza, que já tinha produzido THE OTHER SIDE OF THE WIND – o lendário filme inacabado de Welles estreado em 2018 por intervenção da Netflix –, regressou a materiais filmados por Welles e deu-lhes uma forma “acabada”. Filmado em 1970, HOPPER/WELLES é o registo de uma longa conversa entre Welles e o ator e realizador Denis Hopper (na altura a gozar a fama de EASY RIDER). Nas duas horas deste documentário, os dois travam um intenso duelo verbal, questionando-se sobre a natureza do seu trabalho, a questão da violência na política e no cinema americanos, entre outros temas.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui