CICLO
Saul Bass, Arte do Genérico


Eram especiais os genéricos de filmes que vinham com a assinatura deste nova-iorquino formado em design e para quem a sua arte consistia em tornar visual o pensamento. Como sublinhou Martin Scorsese, as inesquecíveis title sequences pertencem aos filmes como um todo e têm o mérito de preservarem o seu mistério. O apelo de Bass para a criação de uma arte experimental decorrente do que definia como uma “abordagem visual sempre muito ‘reduzida’”, seguindo “a ideia mais simples”, dava conta dessa vontade de, por um lado, captar a essência do filme para o qual o genérico se destinava e, por outro, de acrescentar camadas de leitura que espicaçassem o imaginário do espectador. O seu trabalho desenvolvido na companhia de alguns dos maiores realizadores do seu tempo, tais como Otto Preminger, Alfred Hitchcock, Billy Wilder e, em colaboração com a sua mulher, Elaine Bass, “o fã” chamado Martin Scorsese, contribuiu para a criação de uma assinatura estilística muito distintiva: sob forte influência pictórica do modernismo, a composição gráfica de Bass costumava misturar animação com imagem real, reduzindo as intrigas a símbolos de linhas nítidas, bem como promovendo o lançamento de uma espécie de “mote estético” (tons, ambientes, sensações e humor) da obra em questão. A longa-metragem que assinou a solo, PHASE IV, atesta um gosto por formas sincréticas e uma provocadora noção de ritmo trabalhada tanto na banda de imagem como na de som. Esta ficção científica surrealista e ecológica tem ganho o estatuto de obra de culto em tempos recentes, sendo um dos filmes da primeira parte deste ciclo, dividido entre os meses de março e abril, com dedicatória a Bass em ano do seu centenário.
 
 
18/03/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Saul Bass, Arte do Genérico

West Side Story
Amor Sem Barreiras
de Robert Wise e Jerome Robbins
Estados Unidos, 1961 - 151 min
 
30/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Saul Bass, Arte do Genérico

West Side Story
Amor Sem Barreiras
de Robert Wise e Jerome Robbins
Estados Unidos, 1961 - 151 min
18/03/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Saul Bass, Arte do Genérico
West Side Story
Amor Sem Barreiras
de Robert Wise e Jerome Robbins
com Natalie Wood, Richard Beymer, George Chakiris, Rita Moreno, Russ Tamblyn, Simon Oakland
Estados Unidos, 1961 - 151 min
legendado em português | M/12
Uma superprodução que teve imenso êxito internacional e apontou para uma renovação do musical americano. Conta Robert Wise que Jerome Robbins, o coreógrafo, "ficou intrigado com a ideia de filmar os números de dança nas ruas de Nova Iorque, mas percebeu que se tratava de um grande desafio, porque se iriam contrastar as suas mais estilizadas coreografias com os ambientes mais realistas do filme". A esta aposta formal junta-se a da revisitação de Romeu e Julieta no confronto entre bandos juvenis de Manhattan. A música é de Leonard Bernstein e o fabuloso genérico de abertura, com os nomes da equipa de produção marcados a giz numa parede ou nos sinais da cidade, é da autoria de Saul Bass.
 
30/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Saul Bass, Arte do Genérico
West Side Story
Amor Sem Barreiras
de Robert Wise e Jerome Robbins
com Natalie Wood, Richard Beymer, George Chakiris, Rita Moreno, Russ Tamblyn, Simon Oakland
Estados Unidos, 1961 - 151 min
legendado em português | M/12
Uma superprodução que teve imenso êxito internacional e apontou para uma renovação do musical americano. Conta Robert Wise que Jerome Robbins, o coreógrafo, "ficou intrigado com a ideia de filmar os números de dança nas ruas de Nova Iorque, mas percebeu que se tratava de um grande desafio, porque se iriam contrastar as suas mais estilizadas coreografias com os ambientes mais realistas do filme". A esta aposta formal junta-se a da revisitação de Romeu e Julieta no confronto entre bandos juvenis de Manhattan. A música é de Leonard Bernstein e o fabuloso genérico de abertura, com os nomes da equipa de produção marcados a giz numa parede ou nos sinais da cidade, é da autoria de Saul Bass.