28/06/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: O Esplendor do Melodrama
Yoshiwara
de Max Ophuls
com Pierre-Richard Wilm, Michiko Tanaka, Sessue Hayakawa
França, 1937 - 88 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Com a chegada dos nazis ao poder, Max Ophuls deixou a Alemanha e, até partir para os Estados Unidos em 1939, realizou oito filmes em França, um na Itália e um na Holanda. YOSHIWARA é um dos menos conhecidos destes filmes. Trata-se de um melodrama “exótico”, ambientado no bairro da prostituição em Tóquio. Em 1890, uma mulher de origem nobre é forçada a trabalhar como gueixa para sustentar a família. Apaixonado por ela, um homem que puxa um riquexó tenta reunir a quantia de dinheiro necessária para resgatá-la, mas ao perceber que ela está apaixonada por um tenente russo denuncia-os. Michele Mancini, um dos admiradores do filme, menciona entre as características do estilo de Ophuls visíveis em YOSHIWARA “a ilusão, a circularidade, o gosto pelas máquinas e os artifícios teatrais e a extraordinária féerie visual de algumas passagens”
28/06/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: O Esplendor do Melodrama
When Tomorrow Comes
Quando o Outro Dia Chega
de John M. Stahl
com Irene Dunne, Charles Boyer, Barbara O’Neil
Estados Unidos, 1939 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Adaptado de uma história de James McCain, um poderoso melodrama de um dos mestres do género em Hollywood, que voltaria a ser filmado em 1957 por outro mestre, Douglas Sirk, com o título INTERLUDE. Trata-se da história dos amores impossíveis entre uma criada de mesa e um célebre pianista clássico, que é casado com uma mulher com problemas mentais. O desenlace não é feliz, mas respeita os preceitos morais dos teólogos de Hollywood.
29/06/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: O Esplendor do Melodrama
I’ve Always Loved You
Sempre Gostei de Ti
de Frank Borzage
com Philip Dorn, Catherine McLeod, Maria Ouspenskaya
Estados Unidos, 1948 - 117 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um espantoso melodrama a cores, realizado por um dos mestres absolutos do género, sobre a paixão não correspondida de uma jovem por um grande pianista (Philip Dorn é “dobrado” ao piano por Arthur Rubinstein). Mas, como indica o título, a chama deste amor permanece através do tempo. O surpreendente final, em que o par “comunica” à distância, quase por telepatia, sublima as regras do género. João Bénard da Costa escreveu que “quem ficar enfeitiçado por este filme extremo, só pode ir de surpresa em surpresa, de êxtase em êxtase, até ao delirante final e amar este filme de excessos, portentoso vaso comunicante de uma teia infinita de cumplicidades, a mais paroxística e demencial das afirmações da arte de Borzage”.