26/04/2024, 14h00 | Espaço 39 Degraus
Instalação SEMPRE
Instalação SEMPRE
SEMPRE
A palavra, o sonho e a poesia na rua

Uma instalação de Luciana Fina para os 50 anos do 25 de Abril

De 25 de Abril a 30 Junho

Segunda-feira a sábado das 14h até ao final da última sessão do dia

Entrada livre
 
26/04/2024, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Abril 50 - Programa Especial
As Desventuras do Drácula Von Barreto nas Terras da Reforma Agrária | Le Fantôme de la Liberté
duração total da projeção: 113 min | M/12
AS DESVENTURAS DO DRÁCULA VON BARRETO NAS TERRAS DA REFORMA AGRÁRIA
de Célula de Cinema do PCP
com Henrique Espírito Santo, Artur Semedo
Portugal, 1977 – 9 min

LE FANTÔME DE LA LIBERTÉ
O Fantasma da Liberdade
de Luis Buñuel
com Jean-Claude Brialy, Monica Vitti, Milena Vukotic, Michel Piccoli, Adriana Asti, Adolfo Celi, Paul Frankeur, Michel Londsdale
França, 1974 – 104 min / legendado em português

Penúltimo filme de Buñuel, LE FANTÔME DE LA LIBERTÉ faz – tão admirável quanto subtilmente – uma síntese de toda a carreira deste cineasta único e ímpar. Paradoxalmente foi, e provavelmente ainda é, um dos filmes menos amados de Buñuel. Realizado no âmbito de sessões de divulgação e esclarecimento sobre o trabalho do cinema desenvolvidas pela Célula de Cinema do PCP, AS DESVENTURAS... é uma sátira ao modo como era encarada a Reforma Agrária. O produtor Henrique Espírito Santo interpreta o próprio “Drácula Von Barreto”.
 
26/04/2024, 18h30 | Sala Luís de Pina
Abril 50 - Programa Especial
Os “restos” de As Armas e o Povo | As imagens do Conservatório de Cinema
duração aproximada da projeção: 180 min | M/12
Imagens em Bruto da Revolução

Sessão com apresentação

Entrada livre mediante levantamento de bilhete 30 minutos antes da sessão
Apresentamos uma seleção de bobines que contêm imagens a cores e a preto e branco registadas a quente nos primeiros dias da Revolução (entre o 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974). São imagens filmadas por realizadores, diretores de fotografia ou operadores que acompanharam o despontar da Revolução, saindo para a rua com as suas próprias câmaras, ou reunindo as câmaras e a película existente em vários pontos do país, com o intuito de captar a evolução dos importantes acontecimentos em curso. Entre aqueles que participaram nesta aventura encontramos Fernando Matos Silva, Fernando Lopes, João Matos Silva, António de Macedo, Ricardo Costa, Acácio de Almeida, António da Cunha Telles, Henrique Espírito Santo, José de Sá Caetano, Moedas Miguel, Glauber Rocha, Artur Semedo, Eduardo Geada, António Escudeiro, Manuel Costa e Silva, Monique Rutler, Amílcar Lyra, Leonel Brito, Óscar Cruz, Elso Roque, José Fonseca e Costa e Luís Galvão Teles. Trata-se de um cinema de urgência, que mostramos em cristalinas imagens em 35mm, sem som, e não sujeitas a qualquer montagem. Serão os “restos” não utilizados no filme coletivo AS ARMAS E O POVO. Imagens que fazem parte da coleção da Cinemateca, conservando a rugosidade própria da sua qualidade de “brutos” e um valor documental inestimável. A estas seguem-se outras imagens em bruto da Revolução desta feita relacionadas com a história do Conservatório de Cinema (que em setembro de 1973 tinha iniciado o primeiro ano enquanto Escola Piloto). De entre as várias dezenas de candidaturas formou-se uma primeira turma onde se incluíam futuras figuras do cinema português como João Botelho, Monique Rutler, Jorge Alves da Silva, Paola Porru, Jorge Loureiro, entre outros. Depois de um primeiro semestre experimental, os jovens cineastas foram apanhados pela Revolução. Assim, na manhã de 25 de Abril, vários deles entram nas instalações da Escola de Cinema, agarram nas câmaras de 16mm e na película que lá havia, e lançam-se para as ruas. Pouco depois o Conservatório entra numa fase de reestruturação, reabrindo só em 1975, já noutros moldes, e as imagens que os alunos filmaram ficaram esquecidas. No âmbito do recente depósito que a ESTC (Escola Superior de Teatro e Cinema) fez dos seus arquivos analógicos, o ANIM identificou vários rolos de película não montada e sem som, num total de 108 minutos de material, que correspondem à integralidade do que os estudantes filmaram naquele dia. 50 anos depois a Cinemateca apresenta a totalidade desse material (agora em suporte digital).
 
26/04/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
Fim | Sonhámos um País
duração total da projeção: 85 min | M/12
Com as presenças de Camilo de Sousa e Isabel Noronha
FIM
de Lara de Sousa
Cuba, 2018 – 15 min

SONHÁMOS UM PAÍS
de Camilo de Sousa, Isabel Noronha
Portugal, 2019 – 70 min

Em FIM, Lara de Sousa projeta-se numa varanda imaginária, no Índico, entre Cuba – onde estudou cinema – e Moçambique. Na iminência de uma possível morte do pai, Camilo, procura respostas.  SONHÁMOS UM PAÍS é um documentário biográfico realizado por Camilo de Sousa e pela companheira, a cineasta Isabel Noronha. A obra a quatro mãos conta também com a colaboração da filha, Lara de Sousa que coloca as questões ao pai. Um filme-entrevista – ou “entrevistas”, dado que envolve outros protagonistas –, que faz esta escolha inteligente, dada a extrema sensibilidade das questões abordadas e a dificuldade da sua transmissão. Camilo de Sousa conta-nos a sua história em paralelo com a história de uma luta pela independência e dos primórdios da sua constituição de Moçambique enquanto nova-nação. Não se trata de uma narrativa de feitos épicos, mas a história de uma desilusão, e que por isso mesmo tem sido há muito silenciada.
 
26/04/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Abril 50 - Programa Especial
Assim Começa uma Cooperativa | Gestos & Fragmentos
Duração total da projeção: 106 min | M/12
ASSIM COMEÇA UMA COOPERATIVA
de Grupo Zero
Portugal, 1977 – 16 min

GESTOS & FRAGMENTOS
de Alberto Seixas Santos
com Otelo Saraiva de Carvalho, Eduardo Lourenço, Robert Kramer
Portugal, 1982 – 90 min / legendado em português

“Ensaio sobre os militares e o poder”, frase que também pertence ao título de GESTOS & FRAGMENTOS, resume o espírito do filme, assente em três pontos de vista sobre o mesmo tema: os de Otelo Saraiva de Carvalho e de Eduardo Lourenço, nos seus próprios papéis, e o protagonizado por Robert Kramer, como um jornalista americano embrenhado na procura de explicações para o processo tomado pela Revolução portuguesa. “Certeiro e mortífero”. Um dos mais impressionantes olhares cinematográficos sobre a Revolução de Abril. O argumento é de Seixas Santos, que coassina o comentário do filme com Nuno Júdice, Eduardo Lourenço, Robert Kramer e Otelo Saraiva de Carvalho. Produzido e realizado pelo coletivo Grupo Zero, demonstrativo do desenvolvimento de uma produção cinematográfica que acompanhava de perto as lutas camponesas e operárias do período pós-revolucionário, ASSIM COMEÇA UMA COOPERATIVA acompanha os esforços de um grupo de pequenos agricultores de Barcouço, na zona de Coimbra, cuja ideia de formar uma cooperativa nasceu na banda de música que a maior parte integrava.