06/06/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Inês de Castro
de Leitão de Barros
com António Vilar, Alicia Palacios, Erico Braga, Raul de Carvalho, Maria Dolores Pradera, João Villaret
Portugal, Espanha, 1945 - 102 min | M/12
Coprodução luso‑espanhola e ambiciosa reconstituição histórica rodada em Espanha, INÊS DE CASTRO parte da adaptação da obra de Afonso Lopes Vieira A Paixão de Pedro, o Cru, e é a variação de Leitão de Barros das histórias que rondam a lenda de Pedro e Inês. Peça importante do investimento no cinema de glorificação histórica tão defendido por António Ferro, e ainda do esforço de internacionalização do cinema português, é, por outro lado, um dos grandes exemplos das capacidades plásticas de Barros, que o levaram, em particular na segunda parte do filme e nas sequências finais, a transcender, pela inventiva e a sofisticação visual, o que tenderiam a ser os limites do seu excessivo convencionalismo dramático.
26/06/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Inês de Portugal
de José Carlos de Oliveira
com Cristina Homem de Mello, Heitor Lourenço, Carlos Cabral, Afonso Melo
Portugal, Espanha, França, 1997 - 90 min | M/12
Com a presença de José Carlos de Oliveira
Primeiro filme de longa-metragem de José Carlos de Oliveira - que se iniciou no cinema aos 22 anos nas Produções Francisco de Castro e que começou por dirigir ficção para a RTP na década de 90 – INÊS DE PORTUGAL começa por ser a afirmação de uma estratégia pessoal para, num contexto sempre difícil para tal, erguer um cinema com vocação de grande público e com produção consistente. Essa estratégia passa pelo investimento em múltiplas funções – além de realizador, José Carlos de Oliveira é o seu próprio produtor, diretor de fotografia e coargumentista – e passou ainda, particularmente em duas das suas “longas”, pela vontade expressa de agarrar grandes temas da memória coletiva portuguesa, histórica ou recente (aqui o mito de Pedro e Inês, depois, em PRETO E BRANCO, a guerra colonial). O modo como isto é conjugado é relativamente singular na produção portuguesa das últimas décadas – facto que levou Leitão Ramos a referir-se ao autor dizendo que “não pertence a nenhuma “família” do cinema português nem se parece importar com filiações”. Vinte anos depois da estreia, como poderemos vê-lo? Primeira exibição na Cinemateca.