20/06/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
CINED

Programa Europeu de Cinema para Jovens, em colaboração com os Filhos de Lumière-Asociação Cultural
L'Intervallo
de Leonardo di Costanzo
com Salvatore Ruocco, Francesca Riso, Alessio Gallo
Itália, 2012 - 90 min
legendado em português | M/12
Projeção seguida de conversa com o público
L'INTERVALLO é a primeira ficção de Leonardo di Costanzo, realizador que até então trabalhara essencialmente na área do documentário. Napolitano, se não por nascimento por adopção, o sul de Itália é uma área, geográfica e social, do seu especial interesse. L'INTERVALLO aborda, então, a persistência do domínio da mafia napolitana (a Camorra) sobre muitos sectores da vida da cidade, centrando-se na história de uma adolescente mantida como refém por ofensas a um chefe mafioso, e na relação dela com o inexperiente guarda que é posto a vigiá-la. L'INTERVALLO recebeu vários prémios em Itália, tendo sido considerado, no ano em que estreou, "melhor primeira obra". Primeira exibição na Cinemateca.
 
20/06/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Gérard Courant – O Homem-Câmara
Cinématon nº 2146 | Les Aventures d’Eddie Turley
duração total da projeção: 94 min | M/12
Com a presença de de Gérard Courant
CINÉMATON nº 2146
com Pedro Costa
LES AVENTURES D’EDDIE TURLEY
com Philippe Dubuquoy, Françoise Michaud, Joseph Morder, Lucia Fioravanti, Mariola San Martin, Joël Barbouth
de Gérard Courant
França 2006 e 1987 – 4 min e 90 min / legendado eletronicamente em português

Filmado em 35 mm e estreado no Festival de Cannes (Perspectivas do Cinema Francês), LES AVENTURES D’EDDIE TURLEY presta homenagem a ALPHAVILLE, de Jean-Luc Godard, tendo por base um dispositivo formal extremamente preciso, como é costume na obra de Gérard Courant. A preto e branco, o filme conta as aventuras do “agente secreto intergaláctico Eddie Turley, vindo dos Países Exteriores, em Moderncity, uma cidade sem alma e robotizada”, exatamente como no filme de Godard. Mas o filme de Courant está longe de ser um “pastiche”: foi filmado durante um ano em várias partes do mundo e a seguir, durante mais um ano de trabalho, o realizador extraiu sete mil fotogramas, dos quais guardou dois mil e quatrocentos na montagem final. Ou seja, embora seja apenas composto por imagens fixas, LES AVENTURES D’EDDIE TURLEY não é composto por fotografias e sim por imagens em movimento paralisadas. Diz o realizador: “O filme era uma aposta: demonstrar que era possível fazer nascer o movimento a partir de imagens fixas. Não nos esqueçamos que o cinema não é movimento, é a ilusão do movimento: o cinema são 24 imagens fixas por segundo”. A abrir a sessão, o CINÉMATON de Pedro Costa, feito em Bruxelas, no dia 19 de novembro de 2006.
 
20/06/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares - IV
Nocturno | Pintura Habitada
duração total da projeção: 77 min | M/12
Com a presença de João Nisa e Joana Ascensão
NOCTURNO
de João Nisa
Portugal, 2007 – 27 min
PINTURA HABITADA
de Joana Ascensão
com Helena Almeida
Portugal, 2006 – 50 min

NOCTURNO, de João Nisa, recria uma experiência temporal e visual a partir de planos fixos feitos sobre o espaço abandonado da antiga Feira Popular de Lisboa (primeira exibição na Cinemateca). PINTURA HABITADA, de Joana Ascensão (Melhor Longa Portuguesa no doclisboa 2006), é uma entrada privilegiada no processo de trabalho da artista e fotógrafa Helena Almeida: um encontro entre pintura, desenho, o corpo da artista, o seu atelier, e o resultado final em fotografia.
 
20/06/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Ano de 1967 – Terras em Transe
Terra em Transe
de Glauber Rocha
com Jardel Filho, Paulo Autran, José Lewgoy, Glauce Rocha
Brasil, 1967 - 105 min | M/12
"Filme admirável, negro poema, TERRA EM TRANSE mostra como se fazem e se desfazem, no 'terceiro mundo europeu', as ditaduras tropicais", escreveu à época Marguerite Duras. Longe do sertão e dos cangaceiros, inteiramente situada no Rio de Janeiro, a terceira longa-metragem de Glauber Rocha é sem dúvida o mais "cinematográfico" dos seus filmes. O protagonista é um jornalista que oscila entre um potencial tirano de esquerda e um potencial tirano de direita. Começando pela agonia do protagonista, o filme desenrola-se num longo flashback, numa montagem fragmentada, mas absolutamente coerente.
 
20/06/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
The Heartbreak Kids: Warren Beatty & Elaine May
Heaven Can Wait
O Céu Pode Esperar
de Warren Beatty, Buck Henry
com Warren Beatty, Julie Christie, James Mason, Jack Warden, Charles Grodin, Dyan Cannon
Estados Unidos, 1978 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Talvez só Warren Beatty pudesse ter conseguido financiar um filme como este, escrito com Elaine May (com quem partilhou a nomeação para o Óscar de Melhor Argumento Adaptado), e só uma década, como a dos anos setenta, teria deixado que fosse feito — e fazer de HEAVEN CAN WAIT um enorme sucesso. Naquela que é a sua primeira (assumida) realização, Beatty faz o papel de um jogador de futebol americano (um papel inicialmente pensado para Muhammad Ali) que morre, por engano dos céus, e regressa à terra no corpo de um multimilionário que se torna alvo de uma conspiração, na sua família, para ser assassinado. Com a participação de Julie Christie (uma das mulheres da vida de Beatty), HEAVEN CAN WAIT (nove nomeações para Óscares) tornou-se uma tocante comédia sobre um homem que não quer passar ao lado do amor da sua vida.