09/05/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa: Paul Vecchiali

Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
En Haut des Marches
de Paul Vecchiali
com Danielle Darrieux, Nicolas Silberg, Françoise Lebrun, Michel Delahaye, Sonia Saviange
França, 1983 - 92 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Com a presença de Paul Vecchiali
EN HAUT DES MARCHES é um filme vindo da biografia de Paul Vecchiali, que o dedica à mãe, e se detém no período da Ocupação da sua infância, filmando a sua muito estimada atriz Danielle Darrieux. É quase uma declaração de amor a Darrieux, na forma como a dirige, centrando-se na história de uma mulher que regressa à cidade de Toulon para se vingar da morte do homem que amava, acusado de colaboracionista pelos "partisans". Para Vecchiali, tratou-se de fazer o retrato de “uma mulher destruída pela Guerra, que tenta renascer das cinzas”, propondo-se dar a ver, “através de um trajeto exemplar e subjetivo, os paradoxos de uma personagem que desenvolveu por si as virtudes do trabalho e da devoção coincidentes com a divisa da época: Trabalho – Família – Pátria, e que, anos mais tarde, confronta-se com outras memórias”. “É difícil entrar na cabeça de uma mulher. Tendo eu um raciocínio masculino, tive de apelar a recordações ligadas à minha mãe, à minha tia. Era preciso segui-la a par e passo, permanecer na sua interioridade”. A apresentar em cópia digital.
 
09/05/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com o Indielisboa: Director’s Cut | Director’s Cut em Contexto

Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
Das Testament des Dr. Mabuse
O Testamento do Dr. Mabuse
de Fritz Lang
com Rudolf Klein-Rogge, Otto Wernicke, Oskar Beregi
Alemanha, 1933 - 108 min
legendado em português | M/12
Director's Cut em Contexto
Segundo filme sonoro de Fritz Lang e a sua última obra na Alemanha, antes da ascensão dos nazis ao poder, O TESTAMENTO DO DR. MABUSE é uma verdadeira alegoria sobre o novo regime, que seria proibida por Goebbels logo após a tomada do poder pelos partidários de Hitler. Lang retoma a personagem que em DR. MABUSE DER SPIELER (1922) deixara num asilo de alienados, e retoma igualmente a do comissário de polícia de M. Através dos seus escritos, verdadeiro manual de terrorismo, um herdeiro de Mabuse dirige um regime de terror e crime a partir do hospital onde está internado. Obra-prima cinematográfica absoluta, O TESTAMENTO DO DR. MABUSE também é uma arrepiante e perene parábola sobre o Mal. Programado a propósito de HALLO MABUSE.
 
09/05/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa: Paul Vecchiali

Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
Rosa La Rose, Fille Publique
de Paul Vecchiali
com Marianne Basler, Jean Sorel, Pierre Cosso, Laurent Lévy, Catherine Lachens
França, 1985 - 92 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Com a presença de Paul Vecchiali
No bairro parisiense dos Halles, Rosa, uma jovem prostituta de beleza radiante, trabalha com um proxeneta que um dia organiza uma festa onde ela conhece um jovem operário por quem se apaixona num amor correspondido mas condenado pelas circunstâncias. Dedicado a Danielle Darrieux e Max Ophuls, Dora Doll e Jean Renoir, ROSA LA ROSE, FILLE PUBLIQUE é um extraordinário filme. “ROSA exigiu-me um grande esforço pessoal porque é um melodrama simultaneamente mais romântico e mais frio do que CORPS À COEUR. Aqui, há um maior controlo porque nele convivem todos os elementos da tragédia: unidade de tempo, de lugar, de ação. Sobretudo o mal-entendido” (Vecchiali). A apresentar em cópia digital.
 
09/05/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa: Director’s Cut | Director’s Cut em Contexto

Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
Nasci com a Trovoada
de Leonor Areal
Portugal, 2017 - 140 min | M/12
Director’s Cut

Com a presença de Leonor Areal
Leonor Areal tem um subtítulo para o seu mais recente filme: AUTOBIOGRAFIA PÓSTUMA DE UM CINEASTA. O cineasta é Manuel Guimarães (1915-1975), que ela apresenta como “o principal cineasta neorrealista português” cujos filmes revelam “um olhar original sobre a sociedade portuguesa, escolhendo personagens consideradas marginais”: “o seu cinema é de índole trágica, mas também a vida do realizador, sacrificada à sua obra, espelha uma outra tragédia pessoal: a de um homem de talento que queria voar alto, mas teve de viver os ‘anos de chumbo’ da ditadura, sofrendo amargamente às mãos da censura.”
 
09/05/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com o Indielisboa: Paul Vecchiali

Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
Corps à Coeur
Requiem para Uma Mulher
de Paul Vecchiali
com Hélène Surgère, Nicolas Silberg, Madeleine Robinon, Béatrice Bruno, Sonia Saviange, Emmanuel Lemoine
França, 1978 - 126 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um jovem garagista apaixona-se perdidamente por uma mulher farmacêutica de 50 anos que, dizendo-se vítima de uma doença incurável, aceita viver esse amor improvável. A sinopse descreve o eixo narrativo do filme, que os Inrockuptibles designaram recentemente como uma obra-prima, uma descrição clínica e impiedosa do amor, da sua impossibilidade e da dor infinita. “Trabalhei ROSA LA ROSE como um melodrama. Em contrapartida, CORPS À COEUR é uma tragédia. Se Surgère fosse uma rainha e Silberg um pajem, todo a gente se aperceberia, ainda que haja uma dúvida, porque num melodrama há música, e CORPS À COEUR é construído sobre o Requiem de Fauré” (Paul Vecchiali). Dedicado a Jean Grémillon, cineasta da predileção de Vecchiali. A apresentar em cópia digital.