01/04/2017, 11h00 | Salão Foz
10 Anos de Cinemateca Júnior

Programa especial organizado nas instalações da Cinemateca Júnior e na Sala M. Félix Ribeiro
Operador de Câmara por um Dia!
Sábados em Família
Atelier

conceção e orientação: Cláudia Alves

para crianças dos 6 aos 10 anos | duração: 2 horas

O ator e realizador americano Buster Keaton foi um dos principais nomes do cinema mudo e fez a sua estreia na sétima arte em 1917, há exatamente 100 anos! Inspirados na personagem de Keaton em THE CAMERAMAN, de Edward Sedgwick, vamos perceber como é que uma câmara de filmar capta a realidade à nossa volta, tentando sobreviver a várias peripécias. Filmar é uma aventura, tens de estar preparado! Já ouviste falar em “magazine” e em “obturador”? O que é um “quadro” e uma “câmara escura”? De quantos metros de película necessitamos para filmar um minuto? Se a película tem de estar parada quando o obturador dispara, porque é que o espectador vê a imagem em movimento? Essa é a magia do cinema!  Para responder a estas questões nada melhor do que pôr mãos à obra! Sim! Vamos construir um protótipo de uma máquina de filmar! O Atelier requer marcação prévia até 27 de março para cinemateca.junior@cinemateca.pt.
 
01/04/2017, 15h00 | Salão Foz
10 Anos de Cinemateca Júnior

Programa especial organizado nas instalações da Cinemateca Júnior e na Sala M. Félix Ribeiro
The Cameraman
O Homem da Manivela
de Buster Keaton, Edward Sedgwick
com Buster Keaton, Marceline Day, Harold Goodwin
Estados Unidos, 1928 - 68 min
mudo, intertítulos em inglês legendados eletronicamente em português | M/6
Sábados em Família

com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
A última grande obra-prima de Buster Keaton, e também o seu último filme mudo. Uma irresistível homenagem ao cinema e também (já) uma paródia às vanguardas cinematográficas (a genial sequência do "filme no filme"), com Buster transformado num operador de atualidades da MGM, cuja "seriedade" se transforma em burlesco.
 
01/04/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
Sophia de Mello Breyner Andresen | Gertrud
duração total da projeção: 133 min | M/12
A projeção dos dois filmes decorre sem intervalo
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
de João César Monteiro
Portugal, 1969 – 17 min
GERTRUD
Gertrud
de Carl Th. Dreyer
com Nina Pens Rode, Bendt Rothe, Ebe Rode, Baard Owe, Axel Strobye
Dinamarca, 1964 – 116 min / legendado eletronicamente em português

A primeira curta-metragem de João César Monteiro, logo reveladora da originalidade do realizador, que a dedica a Carl Th. Dreyer (“bastaria que Dreyer tivesse realizado GERTRUD”, disse a quem quis saber porquê): SOPHIA, muito marítimo e muito mediterrânico, supunha ele que fosse antes de mais “a prova, para quem a quiser entender, que a poesia não é filmável e não adianta persegui-la”. Gertrud assume a “total solidão em nome do amor”. O último filme de Dreyer, em que o cinema (como essa mulher, Gertrud), de forma única e irrepetível parece paralisar, cristalizar, deixando no interior das suas imagens todo o movimento, a força e o fogo da palavra. Um filme tão absoluto que só apetece dizer: “este sim, é o mais belo filme de todos os tempos”.
 
01/04/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Lubitsch Americano
The Marriage Circle
Os Perigos do Flirt
de Ernst Lubitsch
com Florence Vidor, Monte Blue, Marie Prevost, Creighton Hale, Adolphe Menjou
Estados Unidos, 1924 - 92 min
mudo, intertítulos em inglês legendados em português | M/12
Com acompanhamento ao piano por Bruno Schvetz
Foi o primeiro dos cinco “filmes de costumes” feitos em três anos para a Warner Brothers (a THE MARRIAGE CIRCLE acrescem THREE WOMEN, o “perdido” KISS ME AGAIN, LADY WINDERMERE’S FAN, SO THIS IS PARIS), em que Lubitsch assinou ainda FORBIDDEN PARADISE, por cedência do estúdio à Famous Players-Lasky. Realizado já depois de Lubitsch ter visto A WOMAN OF PARIS, de Chaplin (1923), que muito o influenciou, THE MARRIAGE CIRCLE é tido como o filme que marcou o reconhecimento oficial do “Lubitsch touch”, revelando um estilo que na própria época houve quem considerasse como um novo marco no cinema, na sofisticação da mise-en-scène, no ritmo e nos subentendidos maliciosos. Uma comédia conjugal de enganos, trocas, rodopios, volte faces de último minuto, que é uma autêntica caixinha de surpresas. Em 1932, Lubitsch volta a THE MARRIAGE CIRCLE para um “remake”: ONE HOUR WITH YOU.