21/03/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
CinEd

Programa Europeu de Cinema para Jovens Em colaboração com Os Filhos de Lumière – Associação Cultural
Filmes realizados por crianças e jovens – programa a anunciar | Rentrée des Classes | Petite Lumière
duração total (aproximada) da projeção: 55 min | M/6
Projeção seguida de conversa com o público

FILMES REALIZADOS POR CRIANÇAS E JOVENS – PROGRAMA A ANUNCIAR

15 min

RENTRÉE DES CLASSES

de Jacques Rozier

com Marius Sumian, Léon Sauve, Jean Rémy, Nicole Foudrain

França, 1955 - 24 min / legendado em português

PETITE LUMIÈRE

de Alain Gomis

França, Senegal, 2003 - 15 min / legendado em português

 

O programa da sessão, dinamizada por uma equipa de cineastas-formadores e acompanhada por Os Filhos de Lumière – Associação Cultural, abre com uma seleção de filmes realizados por crianças e jovens nas oficinas de sensibilização para o cinema orientadas por Os Filhos de Lumière. RENTRÉE DES CLASSES é a primeira obra de Jacques Rozier, realizada pouco depois da conclusão dos seus estudos no IDHEC. A ação decorre numa vila da Provence no início de um novo ano letivo e segue um miúdo que, não tendo feito os trabalhos de casa durante as férias, atira a mochila ao rio e segue para a floresta, fazendo gazeta ao primeiro dia de aulas. PETITE LUMIÈRE, de Alain Gomis, segue a história de Fatima, uma rapariga de 8 anos: “Fatima interroga-se sobre se a luz do frigorífico permanece acesa quando ela fecha a porta, e descobre que não. Saindo à rua, fecha os olhos, abre-os e volta a fechá-los... Será que, quando fecha os olhos, as pessoas à sua volta continuam a existir?” A apresentar em cópias digitais. PETITE LUMIÈRE é uma primeira exibição na Cinemateca.




 

21/03/2017, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Histórias do Cinema: Hans Hurch / Ernst Lubitsch
Sumurun
Sumurum
de Ernst Lubitsch
com Pola Negri, Ernst Lubitsch, Paul Wegener, Jenny Hasselqvist
Alemanha, 1920 - 117 min
mudo, intertítulos em alemão legendados eletronicamente em português | M/12
Sessão-Conferência | Apresentada e comentada Hans Hurch, em Inglês

Com acompanhamento ao piano por Daniel Bruno Schvetz

Foi com a pantomima Sumurun, encenada por Max Reinhardt, que Pola Negri e Ernst Lubitsch se conheceram em 1917. Depois de iniciarem uma dupla no cinema em DIE AUGEN DER MUMIE MA, CARMEN (1918) e MADAME DUBARRY (1919), assumiram os mesmos papeis da peça na adaptação ao cinema realizada por Lubitsch (os da dançarina e do corcunda, na última prestação de Lubitsch ator). SUMURUN é um típico  Lubitsch no uso da câmara e dos jogos de sedução, a partir de um enredo que conta as aventuras de Sumurun, dama do harém, e do seu amor pelo mercador de tapetes Nur-El-Din.

21/03/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Questões de Interesse Geral para Projecções Públicas: O Cinema de Pere Portabella
Aidez l’Espagne | Miró l’Altre | No Compteu Amb Als Dits | Nocturno 29
duração total da sessão: 128 min

AIDEZ L’ESPAGNE

de Pere Portabella

Espanha, 1969 - 5 min

MIRÓ L’ALTRE

de Pere Portabella

Espanha, 1969 - 15 min

NO COMPTEU AMB ALS DITS

“Não Contem com os Dedos”

de Pere Portabella

com Mario Cabré, Natacha Gounkewitch, Willy Van Rooy

Espanha, 1967 - 28 min

NOCTURNO 29

de Pere Portabella

com Lucía Bosé, Mario Cabré, Antoni Tàpies

Espanha, 1968 - 78 min

legendados electronicamente em português | M/12


Os dois primeiros filmes de Pere Portabella, realizados no regresso do exílio a que se vira forçado depois do “escândalo VIRIDIANA”, e feitos numa altura em que a Catalunha, especialmente Barcelona, vivia um momento especialmente intenso em termos de produção cinematográfica independente ou mesmo “underground”. Sob a epígrafe “vencido mas não derrotado” com que principia o primeiro filme, e umbilicalmente ligados (há uma rima entre o último plano de NO COMPTEU AMB ALS DITS e o primeiro de NOCTURNO 29), os dois títulos compõem um panorama, mais “poético” o primeiro mais “narrativo” o segundo, da paralisia e opressão da burguesia catalã nesses anos finais do franquismo – Bergman e Antonioni são cineastas habitualmente evocados a propósito destes filmes, sobretudo do segundo, que é o único filme de Pere Portabella a contar com uma grande vedeta do cinema espanhol, Lucía Bosé. A abrir a sessão, os primeiros dos vários filmes do realizador sobre Joan Miró, realizados para uma exposição da obra do pintor organizada em Barcelona em 1969.

21/03/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Maria Cabral, Rosto de um Cinema
O Cerco
de António da Cunha Telles
com Maria Cabral, Miguel Franco, Zita Duarte, Ruy de Carvalho
Portugal, 1970 - 115 min | M/12

Eco e prolongamento do Cinema Novo português dos anos 60, O CERCO, em que António da Cunha Telles se estreou na realização, é um belo exemplo de uma linguagem moderna no cinema português. O filme, que foi objeto de vários cortes de censura, também revelou a extraordinária fotogenia de Maria Cabral, no papel de uma personagem que atravessa o filme, tão cercada como a cidade com que a sua história se mistura: Lisboa, 1969. “O CERCO é, antes de mais, um rosto. Depois uma paisagem. O rosto é Maria Cabral, a paisagem é Lisboa. Num caso como no outro, Cunha Teles apostou na diferença e na espontaneidade. Este corpo, diferente e novo no cinema de então, inscreve-se numa paisagem também diferente: Lisboa é a cidade dos corvos, mas este ex-libris toma uma conotação diferente da que lhe dá o emblema da cidade. São aves de rapina, mas sem coragem, que se afirmam na exploração dos mais frágeis” (Manuel Cintra Ferreira).