CICLO
Ken Loach – A Obstinação do Realismo


Ken Loach é atualmente – e no ano em que comemora 80 anos ainda muito ativos – um dos nomes mais significativos do cinema britânico. Com raízes na escola realista, em grande parte promovida pela BBC, que sobretudo na década de sessenta lançou imensos jovens cineastas através dum trabalho onde a ficção e o documento coexistiam harmoniosamente, Ken Loach nunca esqueceu essa dimensão do seu cinema. Uma dimensão "ativista", se quisermos, visto que os seus filmes nunca perderam a vontade de atuar sobre a paisagem social e política do Reino Unido, no mesmo passo em que, como sucedeu em tantos filmes de Loach, conservaram uma impressão fortemente viva de uma determinada época e das questões, mais circunstanciais ou mais perenes, que nela se refletiam ou cuja discussão estava na ordem do dia. A escolher uma palavra para caracterizar o cinema de Ken Loach, diríamos que a palavra certa é "obstinação": um cinema que, em quase cinquenta anos, nunca se descaracterizou, e se manteve fiel aos mesmos princípios de base, tanto em termos temáticos como no que diz respeito à preocupação com a matéria realista que nunca deixou de estar no fulcro do seu modo de feitura.
No mês em que se estreia I, DANIEL BLAKE, o mais recente filme do cineasta, aqui ante-estreado em novembro no arranque da retrospetiva, faremos um "flashback" à obra de Ken Loach, vendo ou revendo alguns dos títulos mais significativos do trabalho do autor para cinema (e frisamos "para cinema", porque Loach tem uma vasta obra, ficcional e documental, realizada num contexto televisivo). Profundamente "britânica", quase se oferecendo ao nosso olhar como um retrato das convulsões e contradições do Reino Unido ao longo das últimas décadas, é uma obra que não deixa, por isso, de se abrir para uma universalidade que faz todo o sentido (e eventualmente cada vez mais) quando pensada no contexto da Europa em 2016. Fiquemos então com Loach, cineasta obstinado, autor de filmes obstinados.
02/12/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ken Loach – A Obstinação do Realismo

Poor Cow
de Ken Loach
Reino Unido, 1967 - 101 min
05/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ken Loach – A Obstinação do Realismo

Poor Cow
de Ken Loach
Reino Unido, 1967 - 101 min
05/12/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ken Loach – A Obstinação do Realismo

Kes
Os Dois Indomáveis
de Ken Loach
Reino Unido, 1969 - 112 min
07/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ken Loach – A Obstinação do Realismo

Family Life
Vida em Família
de Ken Loach
Reino Unido, 1971 - 108 min
 
09/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ken Loach – A Obstinação do Realismo

Kes
Os Dois Indomáveis
de Ken Loach
Reino Unido, 1969 - 112 min
 
02/12/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ken Loach – A Obstinação do Realismo
Poor Cow
de Ken Loach
com Carol White, Terence Stamp, John Bindon
Reino Unido, 1967 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O primeiro filme para cinema de Ken Loach, depois de uma série de bem sucedidos trabalhos para televisão. POOR COW é uma magnífica “cápsula do tempo”, perfeitamente embebido de um espírito de lugar: a Londres, nem por isso muito “swinging”, do final dos anos sessenta. É nessa Londres “ordinária” que se desenrola a história de uma jovem mãe, Joy (Carol White), dividida entre o marido (que vai preso) e um dos seus parceiros (que também vai para a prisão). O argumento foi adaptado de um romance mas Loach não o tratou literalmente, antes concedendo todo o espaço para improvisações, dele e dos atores. Primeira exibição na Cinemateca.
05/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ken Loach – A Obstinação do Realismo
Poor Cow
de Ken Loach
com Carol White, Terence Stamp, John Bindon
Reino Unido, 1967 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O primeiro filme para cinema de Ken Loach, depois de uma série de bem sucedidos trabalhos para televisão. POOR COW é uma magnífica “cápsula do tempo”, perfeitamente embebido de um espírito de lugar: a Londres, nem por isso muito “swinging”, do final dos anos sessenta. É nessa Londres “ordinária” que se desenrola a história de uma jovem mãe, Joy (Carol White), dividida entre o marido (que vai preso) e um dos seus parceiros (que também vai para a prisão). O argumento foi adaptado de um romance mas Loach não o tratou literalmente, antes concedendo todo o espaço para improvisações, dele e dos atores. Primeira exibição na Cinemateca.
05/12/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ken Loach – A Obstinação do Realismo
Kes
Os Dois Indomáveis
de Ken Loach
com David Bradley, Freddie Fletcher, Brian Glover
Reino Unido, 1969 - 112 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A segunda longa-metragem de Ken Loach, e para muitos o maior dos seus filmes. KES é a história de um miúdo e do seu falcão amestrado (que se chama Kes), numa região mineira do Yorkshire, numa altura em que muitas minas estavam a ser fechadas. A partir deste eixo narrativo, Loach compõe um retrato da vida numa das zonas mais desfavorecidas do Reino Unido, com um inatacável sentido do realismo a coexistir com a poesia trágica da história do garoto e do seu falcão. A apresentar em cópia digital, numa primeira exibição na Cinemateca.
07/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ken Loach – A Obstinação do Realismo
Family Life
Vida em Família
de Ken Loach
com Sandy Ratcliff, Bill Dean, Grace Cave
Reino Unido, 1971 - 108 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A partir de um argumento de David Mercer, FAMILY LIFE é um dos primeiros trabalhos de longa-metragem de Ken Loach mas já um remake de IN TWO MINDS (1967), episódio da série televisiva da BBC “Wednesday Play” também escrito por Mercer e realizado por Loach. É no meio operário britânico que o filme se passa acompanhando a personagem de uma rapariga em confronto forçado com a família e subsequente processo de colapso emocional. A apresentar em cópia digital.
09/12/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ken Loach – A Obstinação do Realismo
Kes
Os Dois Indomáveis
de Ken Loach
com David Bradley, Freddie Fletcher, Brian Glover
Reino Unido, 1969 - 112 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A segunda longa-metragem de Ken Loach, e para muitos o maior dos seus filmes. KES é a história de um miúdo e do seu falcão amestrado (que se chama Kes), numa região mineira do Yorkshire, numa altura em que muitas minas estavam a ser fechadas. A partir deste eixo narrativo, Loach compõe um retrato da vida numa das zonas mais desfavorecidas do Reino Unido, com um inatacável sentido do realismo a coexistir com a poesia trágica da história do garoto e do seu falcão. A apresentar em cópia digital, numa primeira exibição na Cinemateca.