27/01/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Mundo à Nossa Volta – Cinema, Cem Anos de Juventude

Em colaboração com Os Filhos de Lumière Associação Cultural
Filmes-Ensaio
sessão apresentada e seguida de debate

A sessão, cujo programa em detalhe é a anunciar, apresenta os filmes-ensaio realizados por alunos de escolas básicas e secundárias de Lisboa, Moita e Serpa, com o apoio de cineastas e técnicos de cinema, ao longo do projeto pedagógico “O Mundo à Nossa Volta – Cinema, Cem Anos de Juventude 2014-2015”, na presença dos seus autores. Os temas dos filmes foram desenvolvidos a partir das suas ideias e de questões próprias da idade, lugar, imaginários, a partir da seguinte regra do jogo: uma personagem assiste a uma cena de que se sente excluído, depois afasta-se... e encontra alguém. Cada filme toca a questão da inclusão, da identidade, dos primeiros encontros amorosos ou relações de amizade. O alinhamento inclui uma seleção dos filmes realizados por alunos de outros países participantes do projeto. Todos os filmes refletiram sobre o que é o "intervalo no cinema” e seguiram as mesmas regras.

27/01/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
Imagem por Imagem (Cinema de Animação)
Faust
“Fausto”
de Jan Svankmajer
com Petr Cepek, Jan Kraus, Vladimir Kudle
República Checa, 1994 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12

Nascido em 1934, ativo no cinema de animação desde os anos sessenta e autor de mais de trinta obras (entre as quais seis longas metragens), Jan Svankmajer é um dos grandes nomes do atual cinema de animação checo, herdeiro de uma das mais famosas escolas da animação mundial. O seu percurso começou no teatro de marionetas, onde fundou o “Teatro de Máscaras” e ficou associado ao “Black Theatre”. Esteve ainda ligado ao Teatro “Laterna Magika” de Praga, antes de se iniciar na realização de curtas de animação em 1964. Os espectadores da Cinemateca puderam descobrir o seu universo único com NECO Z ALENKY, a sua primeira “longa”, versão surreal de Alice no País das Maravilhas. “FAUSTO” é uma adaptação familiar do célebre mito: um homem é induzido a ir a um teatro, onde montam uma estranha versão da peça de Goethe. De novo, Svankmajer mistura atores, marionetas e bonecos de barro, em mais uma construção dos seus “mundos impossíveis”, ancorados na sua explícita filiação surrealista. Primeira exibição na Cinemateca.

27/01/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sessão Especial em colaboração com o Teatro Nacional de São Carlos e o Institut Français du Portugal
Le Dialogue des Carmélites
O Diálogo das Carmelitas
de Philippe Agostini, Raymond Leopold Bruckberger
com Jeanne Moreau, Alida Valli, Madeleine Renaud, Pierre Brasseur, Jean-Louis Barrault
França, Itália, 1960 - 112 min
legendado eletronicamente em português | M/12

George Bernanos escreveu os diálogos do filme em 1948, a pedido dos futuros realizadores, inspirado no romance de Gertrud von Le Fort (Die Letzte am Schafott, 1931). À época, o projeto não suscitou interesse por parte de nenhum produtor, pelo que poderia não ter vingado, não fosse o caso de o encenador Jacques Hébertot ter-se decidido a levá-lo à cena em 1952. Um ano mais tarde, adaptando o libreto do dramaturgo italiano Flavio Testi, por sua vez escrito a partir da peça de Hébretot, o compositor Francis Poulenc leva à cena o texto de Bernanos sob forma de ópera. Foi o sucesso da ópera que finalmente permitiu a Agostini e Bruckberger rodarem o filme doze anos mais tarde. Primeira exibição na Cinemateca.

27/01/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Tunisino Atual

Em colaboração com a Embaixada da Tunísia
Bastardo
de Néjib Belkadi
com Chedly Anfaoui, Lasaad Bem Abdallah, Abdel Moneem Chouayat
Tunísia, 2013 - 106 min
legendado eletronicamente em português | M/12

Néjib Belkadi, um dos nomes mais conhecidos do atual cinema tunisino, começou como ator, antes de passar à realização com um filme documental. BASTARDO, estreado no Festival de Toronto, é a sua primeira longa-metragem de ficção. Filmado num bairro popular de Tunes, tem como protagonista um homem que foi encontrado, em bebé, num caixote de lixo, e nunca foi totalmente aceite no bairro onde cresceu. Mas tudo muda quando instala uma antena para telefones celulares na sua casa, o que o transforma numa figura importante. Um velho conhecido dele, chefe dos ladrões do bairro, não gosta da situação. O realizador observou: “Quando escrevi o argumento, em 2007, tinha uma obsessão: o meu protagonista, Bastardo, não devia escolher o poder. O poder é que o escolhe e modifica-o radicalmente”.