29/05/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 30, O Cinema Antes da Regra
MALU TIANSHI
“Os Anjos da Rua”
de Yuan Muzhi
com Zhao Dan, Wei Helig, Zhou Xuan
China, 1937 - 90 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12

MALU TIANSHI, o mais célebre filme chinês dos anos trinta, é um clássico da cinematografia chinesa. Realizado por um ator e argumentista que recebeu a sua primeira câmara de Joris Ivens e passaria a ter uma posição poderosa a partir de 1949, o filme é um delicado e poético melodrama, situado nas ruas de Xangai. Um músico de rua apaixona-se por uma cantora, ao passo que um amigo dele se apaixona pela irmã dela, uma prostituta. Mas como tantos filmes dos anos trinta, MALU TIANSHI não pertence a nenhum género específico, vive da sua belíssima mise en scène.

29/05/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Mark Rappaport | Realizador Convidado
SESSÃO SURPRESA

Programa concebido por Mark Rappapport, cujo conteúdo será anunciado imediatamente antes da projeção.

29/05/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 30, O Cinema Antes da Regra
EKSTASE
“Êxtase”
de Gustav Machaty
com Hedy Lamarr, André Nox, Pierre Nay
Checoslováquia, Áustria, 1932 - 90 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12

EKSTASE é um clássico do erotismo no cinema, talvez nem tanto pelas cenas de nudez com Hedy Lamarr mas pela maneira relativamente explícita em que é descrita a componente sexual da narrativa. Deu brado no seu tempo e ainda hoje, mesmo que já não escandalize ninguém, conserva uma certa aura de “transgressão”. Talvez injustamente, a sua fama (ou infâmia) atirou para a sombra as qualidades do filme e a restante obra do checo Gustav Machaty, autor de diversas obras importantes nos anos trinta.

29/05/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 30, O Cinema Antes da Regra
HITORI MUSUKO
“Filho Único”
de Yasujiro Ozu
com Choko Iida, Schinichi Himori, Yoshida Tsubouchi
Japão, 1936 - 80 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12

HITORI MUSUKO é o filme que marca a tardia e definitiva chegada do som ao cinema de Ozu. Filme esplêndido, que anuncia as obras-primas da fase final do mestre, trata-se da história de uma mulher que conseguiu educar o filho com muitos sacrifícios, mas que tem a tristeza de constatar que, apesar das suas qualidades, ele não conseguiu “vencer na vida”. Trata-se também de um filme extremamente amargo e sombrio, que não é apresentado na Cinemateca desde 1998. A apresentar em cópia digital.

29/05/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Mark Rappaport | Realizador Convidado
DAISY KENYON
Entre o Amor e o Pecado
de Otto Preminger
com Joan Crawford, Dana Andrews, Henry Fonda, Ruth Warrick
Estados Unidos, 1947 - 99 min
legendado em espanhol | M/12

Realizado no auge da carreira de Joan Crawford, DAISY KENYON é um exemplo do que à época a indústria cinematográfica americana denominava um woman’s picture: um filme destinado às plateias femininas numa época em que muitas mulheres não trabalhavam (e iam ao cinema à tarde, com as amigas) e que abordam as questões amorosas e familiares do ponto de vista da mulher. Neste singular melodrama romântico, Joan Crawford é uma famosa estilista que se encontra romanticamente dividida entre dois homens, sendo que um deles é casado. O filme também aborda um problema audacioso para a época do filme: o abuso de crianças.

29/05/2015, 24h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta à Meia-Noite | Filmes de “Fotógrafos-Artistas”
KIDS
Miúdos
de Larry Clark
com Lee Fitzpatrick, Justin Pierce, Chloë Sevigny
Estados Unidos, 1995 - 91 min
legendado em português | M/16

Um dos filmes mais marcantes do cinema americano independente dos anos noventa, KIDS é a primeira longa-metragem do célebre fotógrafo já quinquagenário, sobre um argumento de Harmony Korine, então com 19 anos e que dois anos depois se estrearia na realização com o polémico GUMMO. Filmado quase inteiramente com câmara à mão nas ruas de Nova Iorque em estilo semidocumental, KIDS é uma obra que gerou muita controvérsia ao revelar um meio adolescente em que a prática do skate se cruza com a bebida, a revolta e a SIDA. Um rapaz que tem uma preferência por raparigas virgens contamina uma delas com o vírus. Ela procura-a pela cidade para avisá-lo, enquanto ele continua a desflorar outras. A rapariga é Chloë Sevigny, a ainda muito jovem atriz que Clark revelou nesta sua primeira incursão cinematográfica num universo que sempre marcou o seu trabalho fotográfico. Trinta anos depois da série “Tulsa”, em que Larry Clark fotografou o agreste quotidiano que viveu com os seus amigos, passamos para Nova Iorque dos anos noventa de KIDS.