15/09/2014, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Setembro
The Scarlet Empress
A Imperatriz Vermelha
de Josef von Sternberg
com Marlene Dietrich, John Lodge, Sam Jaffe, Louise Dresser
Estados Unidos, 1934 - 104 min
legendado em português | M/12

Josef von Sternberg conta a história da ascensão ao poder de Catarina a Grande numa das suas fabulosas colaborações com Marlene Dietrich, mais luminosa do que nunca. THE SCARLET EMPRESS é também um filme de inusitado barroquismo, magistralmente filmado. Mal entendido quando estreou, foi recuperado nos anos sessenta, tornando-se entretanto um cult movie. É também (ou não fosse um Sternberg-Marlene) um grande filme erótico. Cenários de Hans Dreier.

15/09/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Graças a Henri Langlois

Em colaboração com a Cinémathèque Française
L’homme au Foulard Vert | Sol y Sombra
duração total da sessão: 62 min | M/12
Figuras do Cinema Mudo Francês / Musidora

L’HOMME AU FOULARD VERT
de Jacques Feyder
com André Roanne, Musidora
França, 1916 – 20 min / mudo, intertítulos em francês legendados eletronicamente em português
SOL Y SOMBRA
de Musidora, Jacques Lesseyne
com Musidora, António Cañero, Simone Cynthia
França, 1922 – 42 min / mudo, intertítulos em francês legendados eletronicamente em português

Uma homenagem a Musidora (1889-1957), a mais célebre anti-heroína dos muitos seriados franceses realizados durante a Primeira Guerra Mundial, na pele de Irma Vep, a quem Olivier Assayas prestou homenagem no seu filme epónimo. Henri Langlois tornou-se próximo de Musidora, que trabalhou na Cinemateca Francesa nos últimos anos da sua vida. Podemos ver um dos seis filmes que ela correalizou, SOL Y SOMBRA, história de um toureiro que se interessa por uma estrangeira loura e se afasta da noiva. A abrir a sessão, uma paródia dos folhetins de Louis Feuillade realizada por Jacques Feyder, com a presença de Musidora no papel de Irma Vep, em luta luta contra o gang O Pé que Aperta e o seu chefe, O Homem do Lenço Verde. A apresentar em cópias digitais, em primeiras exibições na Cinemateca.
 

15/09/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Graças a Henri Langlois

Em colaboração com a Cinémathèque Française
La Folie du Docteur Tube | Les Gaz Mortels ou Le Brouillard sur la Ville
duração total da sessão: 83 min | M/12
Figuras do Cinema Mudo Francês / Abel Gance

LA FOLIE DU DOCTEUR TUBE
de Abel Gance
com Albert Dieudonné
França, 1915 – 14 min / mudo, intertítulos em francês legendados eletronicamente em português
LES GAZ MORTELS OU LE BROUILLARD SUR LA VILLE
de Abel Gance
com Henri Maillard, Léon Mathot, Germaine Pelisse
França, 1916 – 69 min / mudo, intertítulos em francês legendados eletronicamente em português

Georges Sadoul escreveu a propósito de Abel Gance: “Este titã levantou montanhas que por pouco não o esmagaram”. De facto, poucos realizadores atingiram a megalomania de Gance em filmes como NAPOLÉON, J’ACCUSE e LA ROUE. Enrico Grappoli define LA FOLIE DU DR. TUBE como uma “irreverente paródia” e lembra que o filme, cujo protagonista é um cientista algo enlouquecido que inventa um pó que decompõe a luz, alterando a perceção do real, antecipa em dez anos vários efeitos das futuras vanguardas. Realizado sob o impacto da descoberta de THE BIRTH OF A NATION, de Griffith, LES GAZ MORTELS é um filme de encomenda, uma ficção que alerta sobre o perigo dos gases usados na Primeira Guerra Mundial. LA FOLIE DU DR. TUBE é uma primeira exibição na Cinemateca.
 

15/09/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Graças a Henri Langlois

Em colaboração com a Cinémathèque Française
Foolish Wives
Esposas Levianas
de Erich von Stroheim
com Erich von Stroheim, Rudolph Christians, Mae Busch
Estados Unidos, 1922 - 110 min
mudo, intertítulos em inglês e legendas eletrónicas em português | M/12
Hollywood

O último filme que Stroheim pôde levar a cabo tal como o concebera é uma das obras-primas do cinema mudo onde Stroheim não se poupou a esforços para transmitir a visão realista que pretendia, chegando a construir uma réplica do casino de Monte Carlo quase do tamanho do original nos estúdios da Metro. É uma história de sedução, chantagem e crime, tendo por personagens a aristocracia europeia decadente e a alta burguesia americana. Stroheim viveu os seus últimos anos em França e foi sob a sua orientação que a Cinemateca Francesa restaurou THE WEDDING MARCH nos anos cinquenta.

15/09/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Graças a Henri Langlois

Em colaboração com a Cinémathèque Française
Nana
de Jean Renoir
com Catherine Hessling, Jean Angelo, Werner Krauss
França, 1926 - 150 min
mudo, intertítulos em francês legendados eletronicamente em português | M/12
Jean Renoir

NANA, o mais ambicioso dos poucos filmes mudos de Renoir é uma sumptuosa adaptação do magnífico romance homónimo de Zola, próxima do grotesco de Stroheim, cuja influência Renoir reconheceu explicitamente. Foi a última colaboração de Renoir com Catherine Hessling, que foi a sua primeira mulher e tem uma performance absolutamente extravagante no papel da cortesã parisiense de fins do século XIX.