Adaptação das histórias de Hugh J. Lofting sobre o doutor Dolittle, um médico que, ajudado pelo seu papagaio, aprende a "linguagem" dos animais, e com a sua "arte" procura arranjar fundos para uma expedição em busca do fabuloso caracol cor-de-rosa gigante marinho. Nova incursão de Rex Harrison no musical, depois de MY FAIR LADY.

Foi o último filme realizado por Jafar Panahi antes da proibição de filmar de que foi alvo por parte do governo iraniano, Urso de Prata em Berlim 2006. OFFSIDE inspira-se num acontecimento verídico para contar a história da detenção de uma rapariga que tenta assistir a um jogo de futebol no Irão, onde o acesso aos estádios é interdito a mulheres mas não é (ou não era) invulgar que as muitas adeptas assistissem aos jogos disfarçadas de homens. Filmado num estádio real durante um jogo de qualificação da seleção iraniana. Um extraordinário filme, em primeira exibição na Cinemateca.

Adaptação ao cinema de uma banda desenhada “ecológica e utopista” de Gébé, argumentista e desenhador de revistas como Pilote, Hara-Kiri ou Charlie Hebdo, hoje consideradas títulos de culto do género. L’An 01 foi publicado sob a forma de série, a partir de 1970, na Politique Hebdo e na Charlie Mensuel como uma criação de Gébé que acolheu a participação de leitores. Com assinatura de Resnais, Rouch e Doillon, um filme sob a forma de vinhetas à imagem de um falso documentário sobre uma nova era.

Em muitos filmes de Chabrol há crimes, particularmente homicídios (também neste aspeto ele é um herdeiro consciente de Hitchcock), inclusive nos filmes que não são policiais ou criminais. É o caso do notável AU COEUR DU MENSONGE, construído à volta do homicídio de uma criança, na Bretanha, no qual o crime é uma espécie de ponto de partida ou centro de gravidade para um filme sobre a mentira e a ilusão. Talvez por isso, com notável mestria, Chabrol dê ao seu filme um tom deliberadamente frio, polido, de modo a ressaltar tudo o que as ações dos seus personagens e da sua mise en scène têm de premeditado.

A primeira longa-metragem de Nikita Mikhalkov (uma produção Mosfilm) é ambientada na guerra civil que sucedeu à Revolução de outubro de 1917 e comummente referida como um western soviético que se propõe como um hino à amizade. O argumento centra-se na personagem de um soldado do Exército Vermelho suspeito de ter roubado ouro que se vê obrigado a infiltrar-se num bando de criminosos para provar a sua inocência. Primeira exibição na Cinemateca.