Baseado no conto de William Harrison (Roller Ball Murder), o filme de McTiernan retoma o homónimo FC de Norman Jewison (1975), à semelhança do que fizera com THE THOMAS CROWN AFFAIR (de 1999, remake do filme de 1968 de Jewison), situando a ação no mundo contemporâneo. “ROLLERBALL, novo trabalho (polémico) do maior especialista vivo em filmes de ação (McTiernan), falso remake do filme que Norman Jewison rodou nos anos setenta, é coisa para pegar ou largar. Provavelmente, só vai agradar aos fanáticos do Vodka-Red Bull e a uma pequena legião de loucos que talvez o elejam filme de culto. É um objeto freak, telecomandado, turboaspirado, sempre a abrir, uma experiência inclassificável que ninguém sabe se vai resistir ao tempo” (Francisco Ferreira, Expresso). Primeira exibição na Cinemateca.

Uma das mais célebres obras-primas do grande Mauritz Stiller, deliciosa comédia de enganos e casais trocados, num estilo em que Stiller antecipa a comédia de enganos. Sob a aparente ligeireza de EROTIKON, revela-se uma reflexão sobre os sentimentos e as crises conjugais. Lubitsch, grande admirador deste filme, inspirou-se nele para algumas das suas melhores comédias. A exibir em cópia restaurada, com tintagens e viragens originais.

COMING TO TERMS é o último filme de Jost. Trata-se de uma parábola sobre a dissolução e reconstituição de uma família que, sendo assumidamente ficcional, tem na sua raiz uma meditação sobre a morte e o seu impacto numa família dividida. O “pai” é interpretado por uma das grandes figuras do cinema independente americano, James Benning, acompanhado por um conjunto de nomes que atravessam a obra de Jost. Primeira exibição na Cinemateca.

O argumento do filme de Guédiguian retoma o clássico motivo sentimental de uma mulher dividida entre o amor pelo marido e o amor pelo amante no momento em que percebe não os poder viver em simultâneo. O cenário é a cidade francesa de Marselha, de onde o realizador é originário e que tem recorrentemente filmado. Foi a propósito de um filme posterior (LADY JANE, 2008), que Guédiguian se afirmou “um arquivista de Marselha”: “É uma ‘cidade mundo’, construída sob a sua diversidade. Contém toda a miséria do mundo, mas também todas as culturas, todos os comércios. Comparo Marselha a Nova Iorque. São duas megalópoles que, desde a sua fundação, se parecem ao mundo inteiro. É a sua vocação”. Primeira exibição na Cinemateca.