23/11/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Na passagem dos anos sessenta para os setenta, o jovem cinema da Suíça francófona teve grande reconhecimento internacional, no circuito crítico, nos festivais e nos cinemas de arte. Alain Tanner foi o nome mais conhecido deste cinema, ao lado de Claude Goretta e Michel Soutter. LA SALAMANDRE, apresentado na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, foi provavelmente o filme que melhor fez conhecer este cinema. A partir de um argumento co-assinado com John Berger, Tanner filma a história de Pierre, um jornalista contratado para escrever um argumento para a televisão suíça a partir de um caso verídico do passado recente que envolve a acusação de homicídio a uma rapariga que teria disparado sobre um tio. Com um amigo escritor, Paul, Pierre aborda a história segundo duas perspetivas diferentes, recorrendo a entrevistas e imaginando as personagens a partir dos factos conhecidos. A premissa narrativa de partida é portanto um argumento em processo de escrita. A preto e branco, o filme foi filmado em 16 mm e ampliado para 35 mm, com uma imagem bastante contrastada. A apresentar em cópia digital.
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