CICLO
O Centenário de Doris Day


Doris Day (1922-2019) foi uma das mais simbólicas atrizes da sua geração, representando a face mais romântica e virginal do musical e da comédia na dita época dourada de Hollywood. Nascida em Cincinnati, Ohio, Doris Mary Kappelhoff cedo mostrou ter um dom particular para a dança e para o canto, iniciando-se nos palcos como cantora de Jazz e alcançando ao longo dos anos 40 um elevado sucesso com músicos como Bing Crosby e Les Brown & His Orchestra e através de hits, como Sentimental Journey, My Dreams Are Getting Better All the Time” ou”Till The End of Time.
O talento da sua voz levou-a ao cinema em 1948 e a novos hits desta feita relacionados com os filmes que protagonizou. Tornou-se cada vez mais popular ao lado de realizadores como Michael Curtiz e David Butler tornando-se rapidamente uma das glórias do cinema musical da Warner. Começando por substituir a então adoecida Betty Hutton em ROMANCE ON THE HIGH SEAS (Michael Curtiz, 1948, cuja canção It’s Magic se tornou, desde logo, um grande êxito). De Curtiz destacamos também YOUNG MAN WITH A HORN (1950), em que Doris Day contracena com Kirk Douglas e Lauren Bacall, enquanto de Butler veremos CALAMITY JANE (1953), em que cantou Secret Love. Suprema girl next door do imaginário americano durante os fifties, Doris representou uma resistência aos ideais de inocência e virgindade que, estando muito em voga nos anos 40, se iam desvanecendo na década seguinte, motivando o famoso e verrinoso comentário de Oscar Levant sobre a atriz, "I knew Doris Day before she was a virgin”.
Não deixou, todavia, de fazer papéis mais sérios e pesados, como LOVE ME OR LEAVE ME (Charles Vidor, contracenando com James Cagney), e Hitchcock deu-lhe definitivamente a volta com a exasperação materna demonstrada em THE MAN WHO KNEW TOO MUCH (1956), filme que, para mais, imortalizou a sua voz com a famosa e ambígua música Que Sera, Sera. Popularíssimas foram, também, comédias posteriores, como PILLOW TALK (Michael Gordon, 1959), primeiro filme em que contracenou com Rock Hudson. No final dos anos 60, passou levemente pela slapstick comedy com dois filmes de Frank Tashlin, THE GLASS BOTTOM BOAT (1966) e CAPRICE (1967), interpretando ora uma mulher confundida por uma espia, ora uma espia real no mundo dos produtos cosméticos. O fim abrupto e precoce da sua carreira em 1968 não apaga a importância de uma atriz que marcou uma geração com a sua imagem tanto como com a sua voz." 
 
05/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo O Centenário de Doris Day

Pillow Talk
Conversa de Travesseiro
de Michael Gordon
Estados Unidos, 1959 - 102 min
06/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Centenário de Doris Day

Young Man With a Horn
Duas Mulheres, Dois Destinos
de Michael Curtiz
Estados Unidos, 1950 - 112 min
06/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo O Centenário de Doris Day

Caprice
Um Perigo Chamado Capricho
de Frank Tashlin
Estados Unidos, 1967 - 98 min
 
07/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Centenário de Doris Day

Pillow Talk
Conversa de Travesseiro
de Michael Gordon
Estados Unidos, 1959 - 102 min
 
07/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo O Centenário de Doris Day

Love Me or Leave Me
Ama-me ou Esquece-me
de Charles Vidor
Estados Unidos, 1955 - 122 min
05/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Centenário de Doris Day
Pillow Talk
Conversa de Travesseiro
de Michael Gordon
com Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall, Thelma Ritter
Estados Unidos, 1959 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
PILLOW TALK é um filme que adapta um argumento típico da comédia americana dos anos 30 aos novos tempos, com cores fortes e duas vedetas arquetípicas dos anos 50, Rock Hudson e Doris Day. Uma decoradora e um músico compartilham involuntariamente a mesma linha telefónica e têm uma relação hostil. Mas ele decide seduzi-la fazendo-se passar por um milionário texano, o que causa muitos quiproquós, divertidos diálogos e duplos sentidos. O filme foi produzido por Ross Hunter (graças a quem Douglas Sirk fez alguns dos seus mais extraordinários filmes), produtor de filmes “para mulheres”, cujo lema era: “Nada de mensagens, nem de lava-loiças”.

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06/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Centenário de Doris Day
Young Man With a Horn
Duas Mulheres, Dois Destinos
de Michael Curtiz
com Kirk Douglas, Lauren Bacall, Doris Day
Estados Unidos, 1950 - 112 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Inspirado na biografia do músico de jazz Bix Beiderbecke (mas dando à personagem um outro nome), YOUNG MAN WITH A HORN integra o realismo musical do seu pano de fundo narrativo (contando com a presença de músicos como Hoagy Carmichael ou Harry James) com uma história de raiz melodramática sobre a relação entre o protagonista (Douglas) e duas mulheres, que o título português diz representarem “dois destinos” e que eram de facto, em termos de “persona”, tão diferentes como a água e o vinho – Bacall e Doris Day.

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06/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Centenário de Doris Day
Caprice
Um Perigo Chamado Capricho
de Frank Tashlin
com Doris Day, Richard Harris, Ray Walston
Estados Unidos, 1967 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Em CAPRICE, Frank Tashlin realiza uma comédia preenchida de situações absurdas e excessos próprios dos anos 60, em que Doris Day encarna definitivamente uma espia no meio de uma batalha industrial entre duas empresas de produtos cosméticos, contratada para roubar uma receita ultrassecreta de uma laca para o cabelo resistente à água.   

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07/09/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Centenário de Doris Day
Pillow Talk
Conversa de Travesseiro
de Michael Gordon
com Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall, Thelma Ritter
Estados Unidos, 1959 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
PILLOW TALK é um filme que adapta um argumento típico da comédia americana dos anos 30 aos novos tempos, com cores fortes e duas vedetas arquetípicas dos anos 50, Rock Hudson e Doris Day. Uma decoradora e um músico compartilham involuntariamente a mesma linha telefónica e têm uma relação hostil. Mas ele decide seduzi-la fazendo-se passar por um milionário texano, o que causa muitos quiproquós, divertidos diálogos e duplos sentidos. O filme foi produzido por Ross Hunter (graças a quem Douglas Sirk fez alguns dos seus mais extraordinários filmes), produtor de filmes “para mulheres”, cujo lema era: “Nada de mensagens, nem de lava-loiças”.

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07/09/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Centenário de Doris Day
Love Me or Leave Me
Ama-me ou Esquece-me
de Charles Vidor
com Doris Day, James Cagney, Cameron Mitchell
Estados Unidos, 1955 - 122 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Numa das suas mais sérias e bem-sucedidas interpretações, Doris Day emparelha com James Cagney e encarna Ruth Etting num dramático biopic musical que ficcionaliza a vida da cantora e atriz e a sua tempestuosa relação com o gangster de Chicago Marty “The Gimp” Snyder, que a seduz usando o seu poder para projetar a sua carreira.

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