CICLO
Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]


Nesta segunda parte da nossa revisão do cinema de ficção científica dedicamo-nos à sua “era moderna”, aquela que se seguiu ao impacto de um filme tão crucial para o género como foi o 2001: A SPACE ODYSSEY de Stanley Kubrick. Tempos, também, em que a evolução tecnológica permitia realizar muitas das fantasias projetadas pela ficção científica ao longo dos tempos, e fazer chegar astronautas à lua. No dealbar da década de 1970, o género estava, forçosamente, diferente do que fora até então. E se desde aí, acompanhando a evolução das técnicas de efeitos especiais, se realizaram algumas das maiores, mais espetaculares e mais lucrativas entradas no género da ficção científica (consagrando a sua passagem da série B à primeira e mais expansiva linha de produção, sobretudo, e como é evidente, no caso do cinema hollywoodiano), não é menos verdade que este período também configura a transformação da ficção científica numa espécie de “léxico”, que serviu a vários autores para explorações de universos e temáticas pessoais que, em muitos casos, prolongam os universos e as temáticas que sempre exploraram, independentemente do género em que se inseriram (e se uma das “regras” que nos autoimpusemos para selecionar os filmes do programa foi a preocupação de não repetir autores, é interessante ver como, na maior parte dos casos, os realizadores constantes no programa fizeram muito poucas, e alguns apenas uma, incursões no género). Poderíamos ter ido sobretudo para o espetáculo da ficção científica, as grandes sagas como a de STAR WARS (mas porquê, se mesmo para o caso de George Lucas há o belíssimo THX 1138?), estabelecer um cânone para a época moderna do género. Preferimos ir à volta disso, e propor um percurso que assinale a forma como, na grande indústria ou na margem dela, a “fc” moderna se constituiu num instrumento, ou num conjunto de instrumentos, para um “discurso de autor”.
 
20/07/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]

Dark Star
de John Carpenter
Estados Unidos, 1974 - 83 min
20/07/2022, 21h45 | Esplanada
Ciclo Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]

Mars Attacks!
Marte Ataca!
de Tim Burton
Estados Unidos, 1996 - 105 min
 
21/07/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]

The Abyss
O Abismo
de James Cameron
Estados Unidos, 1989 - 142 min
 
21/07/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]

2046
2046
de Wong Kar-Wai
China, Hong Kong, França, Alemanha, 2004 - 128 min
21/07/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]

The Brother from Another Planet
de John Sayles
Estados Unidos, 1984 - 110 min
20/07/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]
Dark Star
de John Carpenter
com Brian Narelle, Dre Pahlich, Cal Kuniholm
Estados Unidos, 1974 - 83 min
legendado electronicamente em português | M/16
A primeira longa-metragem de John Carpenter, começada de modo totalmente amadorístico (como um projeto para a escola de cinema que o realizador frequentou) e depois terminada um pouco mais “a sério”, de modo a permitir a sua estreia comercial. Uma muito divertida paródia ao filme de ficção científica, e em particular às tendências “metafísicas” que o género, por via dos (então) recentes 2001 de Kubrick e THX 1138 de George Lucas, tinha passado a incorporar. Mas, até pela maneira como o filme se relaciona com esteréotipos de género, o primeiro sinal da dimensão “analítica” e reflexiva que sempre acompanhou o cinema de John Carpenter.

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20/07/2022, 21h45 | Esplanada
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Mars Attacks!
Marte Ataca!
de Tim Burton
com Jack Nicholson, Glenn Close, Annette Bening, Pierce Brosnan, Danny DeVito, Martin Short
Estados Unidos, 1996 - 105 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A última aparição de Sylvia Sidney no cinema, no papel da avó de Lukas Haas, cuja paixão pela música popular salva o planeta Terra dos marcianos que o invadiram! Baseado numa banda desenhada de culto da década de 50, MARS ATTACKS! é uma das mais ferozes e divertidas caricaturas ao “american way of life” e ao complexo militar-industrial dos EUA, e onde os efeitos especiais estão antes de mais ao serviço da paródia aos filmes de ficção científica como INDEPENDENCE DAY.

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21/07/2022, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
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The Abyss
O Abismo
de James Cameron
com Ed Harris, Mary Elizabeth Mastrantonio, Michael Biehn, Leo Burmester
Estados Unidos, 1989 - 142 min
legendado em português | M/12
Oscar para os melhores efeitos visuais, THE ABYSS é o filme onde germina o futuro blockbuster de Cameron, TITANIC, com as suas fabulosas sequências submarinas. Um submarino nuclear é alvo de uma misteriosa falha de energia e afunda-se. Uma equipa de salvamento chega tarde, mas um dos seus membros tem um estranho “encontro imediato de terceiro grau”.

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21/07/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]
2046
2046
de Wong Kar-Wai
com Tony Leung, Chiu Wai, Li Gong, Takuya Kimura, Ziyi Zhang
China, Hong Kong, França, Alemanha, 2004 - 128 min
legendado em português | M/12
De certo modo, 2046 aparece como uma espécie de síntese do trabalho anterior de Wong Kar-Wai, retomando algumas das personagens que se encontram na sua obra, com Tony Leung retomando a personagem de FA YEUNG NIN WA / DISPONÍVEL PARA AMAR, e Ziyi Zhang interpretando Lulu, uma personagem de A FEI JING JUEN/”DIAS SELVAGENS”. Personagens em busca de um passado e de amores perdidos.

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21/07/2022, 19h30 | Sala Luís de Pina
Revisitar os Grandes Géneros: A Ficção Científica [II parte]
The Brother from Another Planet
de John Sayles
com Joe Morton, Daryl Edwards, Rosanna Carter
Estados Unidos, 1984 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/16
O invólucro da ficção científica a servir de “grelha de leitura” da realidade: John Sayles levou isso a um pequeno cúmulo em THE BROTHER FROM ANOTHER PLANET, que é uma espécie de variação sobre o ET que Spielberg estreara dois anos antes, mas focado na realidade concreta do Harlem nova-iorquino. Um extraterrestre à deriva toma a forma de um homem negro, e refugia-se no Harlem enquanto foge aos seus perseguidores (terrestres e alienígenas). Sayles disse o que o seu filme – que é, em termos de tom, indefinível, entre a comédia e a seriedade – era uma “reflexão sobre a capacidade de assimilação da sociedade americana”. A fotografia é de Ernest R. Dickerson, que como colaborador dos primeiros filmes de Spike Lee, voltaria várias vezes a filmar as ruas do Harlem. Primeira apresentação na Cinemateca.

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