CICLO
ECOIMAGENS: Festival de Cinema Indígena da Amazónia


A Cinemateca acolhe uma sessão do EcoImagens, festival que apresenta uma seleção de cinema indígena sobre o vínculo dos povos da região da Amazónia com a sua terra e que decorre em Coimbra e Lisboa entre 1 e 3 de junho. Nas imagens que nos trazem estes filmes, a Amazónia deixa de ser um lugar longínquo, idealizado por um olhar externo, e transforma-se numa realidade concreta e palpável através do quotidiano de povos indígenas intimamente ligados aos lugares e aos seres da sua região.
 
 
03/06/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo ECOIMAGENS: Festival de Cinema Indígena da Amazónia

Ame Adji Papere Mba | Nhe’è Kuer Jogueru Teri | Nhemongueta Kunhã Mbaraete
duração total da projeção: 89 min
 
03/06/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
ECOIMAGENS: Festival de Cinema Indígena da Amazónia
Ame Adji Papere Mba | Nhe’è Kuer Jogueru Teri | Nhemongueta Kunhã Mbaraete
duração total da projeção: 89 min
legendados em português | M/12
com a presença dos realizadores e seguido de debate
AME ADJI PAPERE MBA
“Carta Kisêdjê Para A Rio+20”
de Kamikia Kisêdjê
Brasil, 2012 – 11 min

NHE’È KUER JOGUERU TERI
“Nossos Espíritos Seguem Chegando”
de Ariel Ortega (Kuaray Poty), Bruno Huyer
Brasil, 2021 – 15 min

NHEMONGUETA KUNHÃ MBARAETE
“Conversas N.4”
de Michele Kaiowá, Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro
Brasil, 2020 – 53 min 

Os três filmes que compõem esta sessão reúnem-se em torno da relação entre as populações da Amazónia e o seu enraizamento na terra. São exemplos de um cinema indígena centrado no quotidiano, que oferece uma visão concreta e local da Amazónia enquanto local ameaçado pela virtualidade das culturas ocidentais, pela crescente destruição ambiental e pela pandemia. AME ADJI PAPERE MBA dá a palavra às mulheres Kisêdjê, delineando um manifesto através do qual se expressam as apreensões e preocupações quanto ao seu futuro e às consequências do desmatamento das florestas e da poluição do rio pelas fazendas e cidades. NHE’È KUER JOGUERU TERI acompanha Mbaya Guarani, uma mulher indígena, grávida, que, junto da família, reflete sobre as circunstâncias globais da pandemia de COVID-19 e sobre os possíveis sentidos da gravidez neste contexto. NHEMONGUETA KUNHÃ MBARAETE progride através de uma troca de cartas vídeo entre três indígenas e uma não-indígena, que navega, numa atitude etno-filosófica e afetiva, as consequências dos processos de isolamento social na Amazónia durante a pandemia.

consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui