17/04/2024, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ir ao Cinema em 1974
Profumo di Donna
Perfume de Mulher
de Dino Risi
com Vittorio Gassman, Alessandro Momo, Agostina Belli
Itália, 1974 - 98 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um irascível oficial do exército italiano, aposentado devido à cegueira provocada pela explosão de uma granada, viaja de Turim a Nápoles para encontrar um velho camarada de armas. Como guia leva um jovem estudante, e entre os dois nasce uma singular relação de respeito e amizade, assumindo-se o velho militar como “mestre” do rapaz para assuntos de educação sentimental. Em 1992, Martin Brest dirigiu nos EUA um célebre remake desta obra (SCENT OF A WOMAN) que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. A apresentar em cópia digital.
 
17/04/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
O Preto | Mueda, Memória e Massacre
duração total da projeção: 81 min | M/12
Sessão com apresentação
O PRETO
de Ivo Mabjaia
com André Chirrindzane, Mey-Fom- Ló, Karl Mogle
Moçambique, 2021 – 6 min

MUEDA, MEMÓRIA E MASSACRE
de Ruy Guerra
com Filipe Gunoguacala, Romão Canapoquele, Baltasar Nchilema, Maurício Machimbuco
Moçambique, 1979 – 75 min

Tendo participado na fundação do Instituto Nacional de Cinema de Moçambique, com MUEDA, MEMÓRIA E MASSACRE, Ruy Guerra realiza a primeira longa-metragem produzida no país após a independência. Filmando a reconstituição do massacre em Mueda, a 16 de junho de 1960, quando soldados portugueses abriram fogo sobre uma manifestação popular, Guerra integrou os registos ficcional (a representação dos acontecimentos) e documental (os depoimentos das suas testemunhas) num misto de improvisação e de cinéma vérité. O modo original como o filme trabalha a dramatização e os depoimentos que a acompanham para evocar um acontecimento traumático que foi um marco histórico da luta anticolonial, torna-a uma obra fundamental da filmografia moçambicana. Em complemento, exibe-se O PRETO, de Ivo Mabjaia, um dos fundadores, com Jared Nota, do coletivo Afrocinemakers. Esta curta-metragem, distinguida em 2021 com o Prémio Novos Autores Moçambique, atribuído pelo Fórum de Cinema de Moçambique – Kugoma, é uma metáfora alusiva à corrupção numa sociedade adormecida.
 
17/04/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
A Cinemateca com a Festa do Cinema Italiano: O Outro 25 de Abril
L’Agnese Va a Morire
Inês Vai Morrer
de Giuliano Montaldo
com Ingrid Thulin, Stefano Satta Flores, Michele Placido, Aurore Clément, Ninetto Davoli
Itália, 1976 - 133 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
L’AGNESE VA A MORIRE é uma adaptação do romance homónimo de Renata Viganò, baseado na sua experiência enquanto membro da resistência partigiana. Agnese é uma lavadeira de meia-idade que vive com o marido Palita, um membro ativo da Resistência. Um dia, Palita é preso e morto pelos militares alemães e Agnese fica sozinha com a única companhia do animal de estimação da família, uma gata preta. A mulher decide então juntar-se aos companheiros do marido como estafeta partigiana. A exibir em cópia digital. Primeira apresentação na Cinemateca.

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17/04/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
Xilunguine, A Terra Prometida | Uma Memória Quieta | Uma Memória em Três Atos
duração total da projeção: 108 min | M/12
Com a presença de Inadelso Cossa
XILUNGUINE, A TERRA PROMETIDA
Moçambique, 2011 – 30 min

UMA MEMóRIA QUIETA
Moçambique, 2014 – 14 min

UMA MEMÓRIA EM TRÊS ATOS, DOC
Moçambique, 2017 – 64 min
filmes de Inadelso Cossa

Da nova geração de cineastas moçambicanos, Inaldelso Cossa – assistente de realização de Flora Gomes, quando este filmou A REPÚBLICA DUS MININUS (2012) em Moçambique – é aquele cuja obra tem ganho maior projeção internacional. Realizada entre 2011 e 2016, a “trilogia da memória” centra-se na memória coletiva de Moçambique, entretecida de sonhos e estórias individuais de sujeição ao horror e tortura. Abriu com XILUNGUINE, A TERRA PROMETIDA, que documenta como Xilunguine – Maputo – é a terra dos sonhos de muitos pastores “tsongas” que, há gerações, trocam o pastoreio pela cidade grande, para a qual trazem a sua linguagem e a sua cultura. Seguiu-se a realização de UMA MEMÓRIA QUIETA, de 2014, evocação de Kula, onde ex-prisioneiros políticos eram interrogados pela polícia política portuguesa, sendo sujeitos a torturas brutais para revelar informações sobre os movimentos de libertação. O drama, complexo, destes homens torturados, a quem a dor tornou delatores, ou de outros atirados para a clandestinidade, é retomado na longa-metragem documental UMA MEMÓRIA EM TRÊS ATOS, que mostra visitas de ex-prisioneiros aos locais de tortura como modo de exorcismo das memórias de horror e tratamento pós-traumático.