23/04/2024, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ir ao Cinema em 1974
Céline et Julie Vont en Bateau
de Jacques Rivette
com Juliet Berto, Dominique Labourier, Barbet Schroeder, Bulle Ogier, Marie-France Pisier
França, 1974 - 193 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Viagem ao “outro lado do espelho” em que Julie é o Coelho Branco que leva Céline (Alice) para o seu mundo fantástico de magia e histórias rocambolescas. A frescura, a irreverência e o sonho (e a memória dos grandes serials americanos) no mais acessível e divertido filme de Rivette. Acessibilidade e diversão que não são – nada – incompatíveis com o facto de CÉLINE ET JULIE VONT EN BATEAU ser uma das mais elaboradas e “abstratas” experiências narrativas do cineasta francês. A exibir em cópia digital.

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23/04/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Com a Linha de Sombra
Gentlemen Prefer Blondes
Os Homens Preferem As Loiras
de Howard Hawks
com Marilyn Monroe, Jane Russell, Charles Coburn, Tommy Noonan
Estados Unidos, 1953 - 91 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Sessão com apresentação
Um dos sucessos editoriais dos anos 1920, GENTLEMEN PREFER BLONDES teve, nessa época, uma primeira adaptação ao cinema, hoje esquecida. Hawks utilizou a adaptação da Broadway da mesma obra, como inspiração para uma das suas mais provocantes comédias à volta do sexo (Jane Russell e a equipa olímpica americana, Marilyn e o garoto milionário, são duas sequências em que a provocação se torna quase escabrosa). Duas cantoras, Jane e Marilyn (a “devoradora de diamantes”), partem para Paris à caça de maridos ricos. É o filme de canções como We Are Just Two Little Girls From Little Rock e Diamonds Are a Girl’s Best Friend. A sessão é antecedida do lançamento dos dois volumes do II tomo da obra Escritos Sobre Cinema de João Bénard da Costa.

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23/04/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
Kuxa Kanema Nº 7 | O Tempo dos Leopardos
duração total da projeção: 102 min | M/12
KUXA KANEMA Nº 7
Moçambique, 1979 – 11 min

O TEMPO DOS LEOPARDOS
de Zdravko Velimirović
com Armando Loya, Ana Mazue, Santos Mulungo
Moçambique, Jugoslávia, 1985 – 91 min

O KUXA KANEMA nº 7 rememora a história da Sena Sugar States, metáfora da situação colonial e de como Portugal submeteu povos a um colonialismo que foi, simultaneamente, subalterno do imperialismo britânico. Iniciativa do Instituto Nacional de Cinema, O TEMPO DOS LEOPARDOS, longa-metragem de coprodução moçambicana-jugoslava, e primeira obra inteiramente ficcional, foi realizada por Zdravko Velimirović, assistido por Camilo de Sousa. A partir de uma ideia de Licínio Azevedo, argumento de Luís Carlos Patraquim e Velimirović, dez anos após a independência e em plena guerra civil, numa fase de enormes carências, retoma o tema da luta pela libertação do jugo colonial. Em 1971, Pedro, dirigente da FRELIMO, é procurado pelas forças coloniais por manobras no nordeste do território. Usando informação obtida pela tortura a prisioneiros, a PIDE executa-o, não obstante os esforços frustrados dos companheiros para libertá-lo, o que mobiliza ainda mais o movimento de libertação. É um marco no cinema moçambicano pela formação em ficção de profissionais moçambicanos de cinema e foi o motor para José Cardoso propor a realização da primeira obra ficcional moçambicana.

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23/04/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
O Vento Sopra do Norte
de José Cardoso
com Lucrécia Paco, Gilberto Mendes, Emídio de Oliveira
Moçambique, 1987 - 101 min | M/12
José Cardoso, muitas vezes referido como o decano do cinema moçambicano, realizou com este filme uma das primeiras incursões da produção local pós-independência na longa-metragem de ficção. Na altura, a simples existência da obra era já um triunfo, mas esta reconstituição da última fase do colonialismo português tem ideias de cinema suficientes para que vejamos nele muito mais do que um marco histórico de produção. A cópia exibida é o produto do restauro feito no laboratório da Cinemateca no âmbito do projeto de cooperação levado a cabo em 2008 e 2009 com o Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema de Moçambique (INAC) e com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), visando a recuperação do precioso acervo daquele instituto.

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