22/02/2020, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior
Rio
Rio
de Carlos Saldanha
Estados Unidos, 2011 - 96 min
dobrado em português | M/6
Blu é uma arara colorida domesticada de uma espécie em vias de extinção, que vive numa pacata cidade nos Estados Unidos com Linda, a sua dona e melhor amiga. Quando os cientistas anunciam a descoberta de uma fêmea da sua espécie no Rio de Janeiro, Blu e Linda decidem partir à aventura, de forma que Blu possa encontrar, e - porque não - apaixonar-se pela arara Jewell. Já no Brasil, quando as duas aves se encontram, algo terrível acontece: Blu e Jewel são raptados por um grupo de traficantes de aves exóticas. Com a ajuda da desembaraçada Jewel e de um grupo de pássaros de cidade astutos e manhosos, conseguem escapar. Com a nova amiga a seu lado, Blu terá de arranjar coragem para ultrapassar a sua fobia e aprender a voar. Uma comédia musical (com muito samba) de animação realizada pelo brasileiro Carlos Saldanha, criador de A IDADE DO GELO.
 
22/02/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
The Band Wagon + Tôkyô Nagaremono
Duração total da projeção: 201 minutos | M/12
Entre os dois filmes há um intervalo de 20 minutos
THE BAND WAGON
A Roda da Fortuna
de Vincente Minnelli
com Fred Astaire, Cyd Charisse, Jack Buchanan, Oscar Levant, Nanette Fabray
Estados Unidos, 1953 – 112 min / legendado em português
TÔKYÔ NAGAREMONO
“O Vagabundo de Tóquio”
de Seijun Suzuki
com Tetsuya Watari, Chieko Matsubara, Hideaki Nitani, Tamio Kawaji
Japão, 1966 – 89 min / legendado eletronicamente em português

Um dos grandes musicais do cinema americano, homenagem ao mundo do espetáculo, filme de uma melodia que adquiriu a categoria de hino: “That’s Entertainment”. Fred Astaire representa a figura de um bailarino em decadência, contratado para um espetáculo moderno, que acaba por se transformar num fabuloso musical, culminando num bailado-homenagem ao filme de gangsters. Astaire e Cyd Charisse têm um dos mais belos pas de deux do cinema musical. O herói é batizado pelo estilista de série B Seijun Suzuki de “Tetsu, a Fénix” num dos seus mais loucos filmes de mukokuseki akushon (“ação sem fronteiras”, em japonês), produzidos para o estúdio da Nikkatsu. Trata-se de um hitman em busca de remissão, entalado entre o passado manchado de sangue e um futuro desejavelmente imune às rivalidades entre gangues. Contudo, o renascimento de Tetsu não se fará sem que tenha palco mais um derramamento de sangue, num stand-off delirante, cheio de ritmo e cores (as últimas que o estúdio permitiria Suzuki filmar) dignos, como descreveu Manohla Dargis, de um musical tardio da MGM. Citando Miguel Patrício, esta sequência final atesta “a capacidade subversiva da mise en scène” deste cineasta furiosamente pulp. O filme de Suzuki é apresentado pela primeira vez na Cinemateca.
 
22/02/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jean Grémillon – O Outro Gigante
L’Étrange Madame X
de Jean Grémillon
com Michèle Morgan, Henri Vidal, Maurice Escande
França, 1951 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A segunda longa-metragem realizada por Grémillon a seguir à Segunda Guerra Mundial foi uma encomenda que o realizador aceitou depois de ver frustrados nada menos do que quatro projetos ambiciosos. O filme marca o seu reencontro com Michèle Morgan, com quem trabalhara em REMORQUES e que retomara a sua posição de vedeta a seguir à guerra, que passara em Hollywood. Morgan, que contracena com Henri Vidal, seu marido na vida real, é uma mulher “com um passado”, casada com um homem rico e tem um amante proletário, que trabalha numa serraria. A mulher compartimenta de tal maneira a sua vida com o marido e a sua relação com o amante, tendo literalmente uma “dupla vida”, que o seu amante pensa que ela é criada de servir na mansão onde vive. Apesar de cenários de qualidade sofrível, o filme mostra a afinidade de Grémillon com o tema da transfiguração dos personagens e a sua capacidade em fazer com que música ritme e comente a ação. Um filme a redescobrir, em primeira apresentação na Cinemateca.