14/02/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jean Grémillon – O Outro Gigante
Valse Royale
Valsa Real
de Jean Grémillon
com Henri Garat, Renée Saint-Cyr, Bernard Lancret, Mila Parély
França, 1935 - 86 min
legendado eletronicamente em português| M/12
Depois do seu exílio espanhol em 1934-35, Jean Grémillon expatriou-se em Berlim, a convite de Raoul Ploquin, que dirigia o departamento de língua francesa da UFA, um dos maiores estúdios da Europa. Ali Grémillon realizaria quatro filmes, em excelentes condições técnicas, o primeiro dos quais foi VALSE ROYALE, versão em língua francesa de um filme originalmente feito em alemão, KOENIGS WALZTER, de Herbert Marisch, com a vedeta Willy Forst e cenários de Walter Röhrig, que colaborara com Murnau nos anos 20. Tudo começa quando um aristocrata ajuda uma mulher a pôr o seu xaile, que fora arrastado pelo vento, pede um beijo como recompensa e o cavalo dele morde-a. Isto causa um escândalo, que será resolvido através de valsas e intrigas de corte. Um excelente exemplo dos filmes feitos em diversas “versões” (isto é, em diversas línguas) e nos mesmos cenários, nos primeiros tempos do cinema sonoro. Primeira apresentação na Cinemateca.
 
14/02/2020, 18h30 | Sala Luís de Pina
Lana Turner, de Hollywood
Johnny Eager
Vidas Queimadas
de Mervyn LeRoy
com Robert Taylor, Lana Turner, Van Heflin, Edward Arnold, Robert Sterling
Estados Unidos, 1942 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/12
No início dos anos 1940, Lana Turner tornou-se uma das grandes estrelas da MGM em filmes de género distintos como o musical e o terror de ZIEGFIELD GIRL e DR. JEKYLL AND MR. HYDE (1941), o melodrama em SOMEWHERE I’LL FIND YOU (1942) ou o noir, no caso de JOHNNY EAGER, em que volta a ser dirigida por Mervyn LeRoy. O enredo conta a história da enteada de um advogado do Ministério Público, estudante de sociologia, que se apaixona por um gangster criminalmente acusado. Arriscando a incursão num registo em que era a Warner, não a MGM, que dava cartas, o filme é anunciado pelo estúdio como o novo “TNT (Turner ‘n Taylor)”: “They are dynamite in JOHNNY EAGER.” Van Heflin foi distinguido com um Oscar de melhor ator secundário. Primeira exibição na Cinemateca.
 
14/02/2020, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Jean Grémillon – O Outro Gigante
Centinela Alerta!
de Jean Grémillon (realização parcial e não assinada)
com Ana Maria Custodio, Angelillo, Angel Sampredo, Luis Heredia
Espanha, 1935 - 73 min
legendado eletronicamente em português| M/12
Este segundo filme espanhol de Grémillon tem algumas semelhanças com LA DOLOROSA: também aqui uma jovem é seduzida, engravidada e abandonada, porém neste filme o malfeitor regressa para tirar-lhe dinheiro. Entretanto, um cantor, dito o “Rouxinol da Andaluzia”, que está apaixonado por ela, julga-se traído. O filme também contém elementos cómicos e termina com um número musical de palco, em que o casal se reencontra. Para este filme, foi feito um concurso para encontrar a “Shirley Temple espanhola” para o papel da filha da protagonista. Grémillon não concluiu o filme, que não é assinado e talvez tenha sido terminado por Luis Buñuel, que foi o seu diretor de produção. Primeira apresentação, em cópia digital, na Cinemateca.
 
14/02/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Lana Turner, de Hollywood
The Bad and the Beautiful
Cativos do Mal
de Vincente Minnelli
com Kirk Douglas, Lana Turner, Dick Powell, Gloria Grahame, Barry Sullivan
Estados Unidos, 1952 - 118 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos mais espantosos retratos que Hollywood fez de si própria. Com SUNSET BOULEVARD, THE BAD AND THE BEAUTIFUL “abre” um novo género, o dos filmes de crítica interna ao sistema, aproveitando a perda de poder dos estúdios. O argumento de Charles Schnee ganhou um dos cinco Óscares do filme, indo outro para Gloria Grahame como melhor atriz secundária. Um realizador, uma atriz e um argumentista evocam as suas vidas com um tirânico produtor de cinema, retrato disfarçado de Irving Thalberg. Lana Turner protagoniza cenas fabulosas como aquela em que é atirada para dentro de uma piscina ou sequências de pura tragédia como a da fuga noturna da sua personagem.