03/12/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Farewell to the King
Adeus ao Rei
de John Milius
com Nick Nolte, Nigel Havers, Frank McRae, Gerry Lopez
Estados Unidos, 1989 - 117 min
legendado em português | M/12
John Milius, que escreveu o argumento de APOCALYPSE NOW, oferece a possibilidade de vermos um filme em que uma personagem semelhante ao Coronel Kurtz (interpretada por Marlon Brando no filme de Coppola) é o grande protagonista. Nick Nolte encarna um soldado que, depois de ter escapado ao cativeiro japonês numa ilha do Pacífico, “desaparece” na selva, sendo adotado e depois tornando-se o rei todo-poderoso da tribo que o descobre. Num surpreendente processo de renúncia à guerra, a personagem “maior que a vida” interpretada por Nolte é o paradigma do (anti-)herói do cinema de Milius, homem complexo que, além de ser um entusiasta das armas, atribui a si mesmo a etiqueta de “anarquista zen”.
 
03/12/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Centenário Merce Cunningham

em colaboração com o InShadow– Lisbon Screendance Festival
Rainforest | 498, 3rd Ave.
duração total da projeção: 110 min | M/12
RAINFOREST
de Richard Leacock, D.A. Pennebaker
Estados Unidos, 1968 – 27 min / legendado em português
498, 3RD AVE.
de Klaus Wildenhahn
Estados Unidos, 1967 – 83 min / legendado em português

Em RAINFOREST, o espetáculo de dança homónimo de Merce Cunningham (com música de David Tudor, cenários de Andy Warhol e Jasper Johns, e direção musical de John Cage) é filmado por Richard Leacock e D.A. Pennebaker na sua primeira performance no 2nd Buffalo Festival of the Arts, a 9 de março do ano de 1968. Um misto de arte experimental, música, dança e documentário. 498, 3RD AVE. acompanha os primeiros tempos da Merce Cunningham Dance Company. Centrado na preparação do espetáculo Scramble, revela a rotina diária dos bailarinos bem como muitos outros aspetos da criação artística. Inclui excertos de uma performance que teve lugar em junho de 1967, com música dos Velvet Underground. Primeiras exibições na Cinemateca, a apresentar em cópias digitais.
 
03/12/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
School Daze
Aulas Turbulentas
de Spike Lee
com Laurence Fishburne, Giancarlo Esposito, Tisha Campbell-Martin, Spike Lee
Estados Unidos, 1988 - 121 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Em 1988, Spike Lee ainda estava em processo de sedimentação de uma linguagem fílmica que iria “explodir” em DO THE RIGHT THING no ano seguinte. Para um cineasta em formação, a escola era o campo de batalha ideal. Explorando as divisões raciais e sociais de um corpo estudantil numa ficcionada universidade só para negros, Lee quis afirmar a “riqueza da cultura negra”, como confidenciou, mas também emancipar-se de todas as etiquetas que nesta altura lhe eram coladas: “Queria mandar para as urtigas essa treta do ‘Woody Allen negro’. Demasiadas vezes, os negros são comparados com artistas brancos. Para mim, isso é dizer (...) que o meu trabalho não é original.” A apresentar em cópia digital.
 
03/12/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Variações de Hong Sang-Soo
Geuk Jang Jeon
“Conto de Cinema”
de Hong Sang-soo
com Kim Sang-kyung, Uhm Ji-won, Lee Ki-woo, Lee Kyung-jin, Kim Myoeng-su
República da Coreia, 2005 - 89 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/14
Obra charneira no trabalho de representação da experiência humana via o quotidiano, e de experimentação visual e narrativa de Hong Sang-soo, que convoca explicitamente o mundo do cinema em que muitos dos seus filmes posteriores se movem. É o filme em que usa pela primeira vez o zoom, a partir de então um elemento identificativo do seu cinema como procedimento disruptivo ou de reenquadramento brusco, jogando com a escala no interior do plano. É o último em que filma a sexualidade e a nudez, que a partir de então existem preferencialmente fora de campo nos seus filmes. Este “conto de cinema” de Seul (na versão internacional, TALE OF CINEMA) é composto em duas partes numa estrutura autorreflexiva – a projeção de um filme é o motor narrativo para o andamento seguinte, que acompanha um espectador convencido de que o argumento lhe foi “roubado” pelo realizador seu amigo, e a atriz do filme por cuja imagem fica obcecado. O “filme no filme” é uma suicidária história de amor juvenil. Primeira exibição na Cinemateca, em cópia digital.