19/09/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
The Red Shoes
Os Sapatos Vermelhos
de Michael Powell, Emeric Pressburger
com Anton Walbrook, Moira Shearer, Esmond Knight, Leonide Massine
Reino Unido, 1948 - 136 min
legendado eletronicamente em português | M/6
Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Uma das obras-primas do cinema britânico da década de quarenta, que tem por tema a relação entre a vida e a arte. Guiada por um empresário visivelmente inspirado na figura de Diaghilev, uma jovem bailarina torna-se uma estrela, mas tem de enfrentar o dilema entre entregar-se inteiramente à carreira ou sacrificar o amor. A fotografia em Technicolor de Jack Cardiff, a fabulosa direção artística de Hein Heckroth e a música de Brian Easdale construíram um dos mais belos musicais de sempre. Léonide Massine, que entre 1915 e 1921 foi o principal coreógrafo dos Ballets Russes de Diaghilev, tem aqui um dos seus mais importantes papéis no cinema, coreografando e dançando uma importante sequência do filme. A apresentar em cópia digital.
 
19/09/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Méditerranée | Il Miracolo
duração total da projeção: 84 min | M/12
Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
MÉDITERRANÉE
de Jean-Daniel Pollet
narração de Philippe Sollers
França, 1963 – 41 min / legendado eletronicamente em português
IL MIRACOLO
de Roberto Rossellini
com Anna Magnani, Federico Fellini
Itália, 1948 – 43 min / legendado em português

“Companheiro de viagem” da Nouvelle Vague, Jean-Daniel Pollet desenvolveu uma obra singular, em que ao lado de filmes “narrativos”, com atores, surgem ensaios cinematográficos, como MÉDITERRANÉE. Sem enredo, o filme é uma reflexão sobre a cultura e o pensamento, sobre “aquele instante fabuloso em que os homens, em vez de tentarem conquistar o mundo, se sentiram solidários com ele, solidários com a luz refletida e não enviada pelos deuses, solidários com o sol, solidários com o mar”, segundo as palavras de Jean-Luc Godard. IL MIRACOLO é o segundo segmento de L’AMORE de Rossellini, “dedicado à arte de Anna Magnani”. Nannina, uma cabreira da costa amalfitana, encontra um pastor loiro, barbudo que crê ser São José. Em delírio, depois do vinho, ele aproveita-se do estado semi-inconsciente de Nannina, que acorda sozinha sem se lembrar do que aconteceu. Quando descobre que está grávida, contra o escárnio dos camponeses, ela acredita que foi um milagre, um desígnio de Deus. IL MIRACOLO é apresentado em cópia digital.
 
19/09/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Luz e Espectros – Cinema de Weimar 1919-1933
Brüder
“Irmãos” / “Docas de Hamburgo”
de Werner Hochbaum
com Gyula Balogh, Erna Schumacher, Ilse Berger
Alemanha, 1929 - 76 min
mudo, legendado eletronicamente em português | M/12
acompanhado ao piano por Daniel Bruno Schvetz
Werner Hochbaum, cujos filmes foram elogiados pela crítica da sua época mas esquecidos durante décadas até à redescoberta da obra nos anos setenta, continua a ser algo secreto. “O cinema de Hochbaum é um cinema da melancolia, quando não desespero, eivado de energia e jovialidade. […] Tanto na vida (1899-1946) como nos filmes, o realizador alemão era um homem que se situava entre ambições de vanguarda e oportunidades populares, o envolvimento político e idiossincrasias poéticas” (Joachim Schatz). BRÜDER foi financiado pelo Partido Social Democrata e pelos sindicatos de Hamburgo, em cuja zona portuária foi rodado com um elenco maioritariamente amador, alinhando com as representações da classe operária de outros filmes do cinema de Weimar, desde logo alguns dos que Hochbaum realizou ou LOHNBUCHHALTER KREMKE de Marie Harder. O enredo reflete a luta travada pelos trabalhadores das docas de Hamburgo no final do século XIX. Primeira exibição na Cinemateca.
 
19/09/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Saraband
Saraband
de Ingmar Bergman
com Liv Ullmann, Erland Josephson, Börje Ahlstedt, Júlia Dufvenius, Gunnel Fred
Suécia, 2003 - 106 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Filmando em alta definição, Bergman regressou ao tema do fracasso das relações de um casal e às personagens de CENAS DA VIDA CONJUGAL (1973), numa obra que vai ainda mais longe na exposição desse fracasso e da crueldade e ternura entre o par, que reencontramos 30 anos depois. Quando Marianne (Liv Ulmann) sente que Johan (Erland Josephson) precisa dela, decide visitá-lo na velha casa de campo onde vive. Marianne depressa vê que o filho dele, Henrik, tem um amor possessivo pela filha, Karin, e que Johan só sente ódio e desprezo pelo filho. “Um concerto grosso para quatro instrumentos”, chamou Bergman ao seu último filme. “Ao acercar-se mais e mais dos quatro rostos e das quatro vozes, para além dos corpos, dá-nos a ver almas”, escreveu João Bénard da Costa.