08/05/2013, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Sessões Maio 2013
A Costureirinha da Sé
de Manuel Guimarães
com Maria de Fátima Bravo, Alina Vaz, Jacinto Ramos, Baptista Fernandes, Carlos José Teixeira e Costinha
Portugal, 1958 - 100 min

Adaptação de uma opereta, A COSTUREIRINHA DA SÉ foi um projeto fracassado de filme de sucesso, crónica bairrista do Porto com uma cançonetista da moda no papel principal. Entre a faina da cidade, a observação social e a ingenuidade amorosa, o fenómeno do nacional-cançonetismo, o filme de Manuel Guimarães inscreve-se na linha do singular neorrealismo da sua obra, embora tenha ditado à época fortes críticas e uma forte incompreensão. É também um filme de belas cores Eastmancolor enquadradas na largura do Cinemascope. Foi o primeiro filme português em scope.

08/05/2013, 18h30 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Debate Percursos no Documentário Português: “Documentarismo no Cinema Novo”
entrada livre

Debate com João Rapazote (Panorama 2013), Fernando Matos Silva (realizador), Paulo Cunha (investigador) e Luís Miguel Oliveira (Cinemateca). 

08/05/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Noite e Nevoeiro

Em colaboração com a Fundação Luso-Americana (Flad)
Hangmen Also Die
Os Carrascos Também Morrem
de Fritz Lang
com Brian Donlevy, Gene Lockhart, Walter Brennan, Anna Lee
Estados Unidos, 1943 - 134 min
legendado eletronicamente em português
sessão apresentada por Teresa Pina

O encontro em Hollywood de dois alemães (Brecht, que colaborou no argumento, e Lang) para um olhar forçosamente amargo sobre a Alemanha e a Segunda Guerra, centrado nos acontecimentos que se seguiram ao assassinato de Heydrich (o representante do III Reich na Checoslováquia ocupada) pela Resistência. A conspiração é a grande figura de HANGMEN ALSO DIE. A crueza o seu tom. A cruel lição a que ao terror e à impiedade só podem corresponder o terror e a impiedade.
 

08/05/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Programa de curtas-metragens "Documentário no Cinema Novo" de António de Macedo, Fernando Lopes, Manuel Costa e Silva, Fonseca e Costa e António Escudeiro
duração total da sessão: 56 min
Experimentar, Mise-encenar

com a presença de António de Macedo e António Escudeiro

O VERÃO COINCIDENTE
de António de Macedo
Portugal, 1962 – 13 min
VERMELHO, AMARELO E VERDE
de Fernando Lopes
Portugal, 1966 – 9 min
A PASSAGEM
de Manuel Costa e Silva
Portugal, 1971 – 11 min
…E ERA O MAR
de José Fonseca e Costa
Portugal, 1966 – 11 min
PORTUGAL, 850 KMS DE PRAIAS
de António Escudeiro
Portugal, 1973 – 12 min

VERÃO COINCIDENTE (a obra inaugural de Macedo) parte do motivo do calor interpretando um poema de Maria Teresa Horta e revelando a singularidade da aproximação experimental do realizador: “O filme foge aos cânones correntes da nossa produção. (…) é um filme de feição modernizada, de montagem abrupta, gritante, de imagens insólitas” (Luís de Pina, Filme). VERMELHO, AMARELO E VERDE (comentário de Alexandre O’Neill) assenta em variações sobre o motivo do trânsito, dos sinais e da prevenção rodoviária. A PASSAGEM (a partir de uma obra de Sérgio Niza) “é uma tentativa de narrativa” associada ao universo infantil. …E ERA O MAR (também conhecido pelo título ERA O VENTO… E O MAR) retrata Sesimbra e muito particularmente o edifício do Hotel de Mar projetado pelo arquiteto Conceição da Silva. PORTUGAL, 850 KMS DE PRAIAS (como …E ERA O MAR, uma produção Francisco de Castro) retrata o litoral português, destacando Sesimbra, Nazaré, Tróia, Praia da Rocha, Cascais ou Estoril. À exceção de A PASSAGEM e PORTUGAL, 850 KMS DE PRAIAS, os títulos a apresentar são exibidos em cópias novas.
 

08/05/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Noite e Nevoeiro

Em colaboração com a Fundação Luso-Americana (Flad)
Fantasia Lusitana
de João Canijo
Portugal, 2010 - 65 min
projeção seguida de debate com João Canijo, Medeiros Ferreira e Daniel Oliveira

Exclusivamente composto por imagens de arquivo dos anos quarenta aos sessenta e, sobrepostos a elas excertos de textos de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry que reflectem as experiências vividas por estes escritores durante as suas passagens por Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, FANTASIA LUSITANA é uma primeira abordagem de João Canijo ao cinema documental. É também um filme que questiona “a propaganda imaginada e imaginária do salazarismo durante a Segunda Grande Guerra (…) que proclamava a ausência da guerra no meio da guerra, mesmo com o fluxo de refugiados que chegava a Lisboa (…), ajudou a criar uma espécie de inconsciência protetora que seria cómica se não fosse trágica.”
 

08/05/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Paineis do Porto | Sever do Vouga, Uma Experiência | Festa, Trabalho e Pão em Grijó de Parada
duração total da sessão: 81 min
Novo Registo Etnográfico

PAINEIS DO PORTO
de António Reis, César Guerra Leal
Portugal, 1963 – 16 min
SEVER DO VOUGA, UMA EXPERIÊNCIA
de Paulo Rocha
Portugal, 1971 – 30 min
FESTA, TRABALHO E PÃO EM GRIJÓ DE PARADA
de Manuel Costa e Silva
Portugal, 1973 – 35 min

PAINEIS DO PORTO dá a ver aspectos da vida da cidade e o seu património, comentados pela leitura de poemas e trechos literários. Em SEVER DO VOUGA, UMA EXPERIÊNCIA (locução de Alexandre O’Neill) Paulo Rocha aborda a questão agrícola em Portugal, sublinhando os problemas devidos à má qualidade das alfaias e das sementes e propondo como solução a mecanização e a criação de uma cooperativa. FESTA, TRABALHO E PÃO EM GRIJÓ DE PARADA (com poemas de António Reis) é um título fundamental da obra de Costa e Silva, registando uma festa religiosa pagã e cristã associada ao solstício de inverno onde cabe uma dupla dimensão lúdica e política. PAINEIS DO PORTO é apresentado numa cópia nova.