CICLO
In Memoriam António de Macedo


Com a morte de António de Macedo (1931-2017), desaparece o último dos realizadores que, ao lado do Produtor António da Cunha Telles, marcaram o arranque do Cinema Novo Português. Presente na competição oficial do Festival de Veneza em 1965, DOMINGO À TARDE, foi o filme que, com OS VERDES ANOS e BELARMINO, assim o determinou. Mas esta é apenas uma entre as muitas obras de um cineasta que, ao longo de várias décadas, desenvolveu uma singular filmografia atravessada por um profundo sentido de experimentação, que evoluiria no sentido de um cinema de teor fantástico. Prestamos assim homenagem a um realizador a quem em 2012 dedicámos a retrospetiva “O Cinema de António de Macedo”.
 
 
02/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo In Memoriam António de Macedo

Domingo à Tarde
de António de Macedo
Portugal, 1965 - 93 min / M/12
 
02/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam António de Macedo
Domingo à Tarde
de António de Macedo
com Isabel de Castro, Ruy de Carvalho, Isabel Ruth
Portugal, 1965 - 93 min / M/12
Título marcante do Cinema Novo Português, DOMINGO À TARDE é o terceiro filme, depois de OS VERDES ANOS (Paulo Rocha, 1963) e BELARMINO (Fernando Lopes, 1964), a ser produzido por António da Cunha Telles e, como estes, um filme perfeitamente inserido nas tendências do novo cinema dos anos sessenta. “[Um] gosto de experimentar, cinema de montagem intenso, sincopado, (…) de inserir teoria dentro da ação fílmica” (Luís de Pina) são algumas das características desta obra amarga e sóbria, situada no meio hospitalar e que inclui o segmento de um filme fantástico que indica a dimensão experimental da obra futura de Macedo. Com argumento baseado no romance de Fernando Namora, a primeira longa-metragem de António de Macedo foi selecionada para a secção competitiva do Festival de Veneza de 1965.