08/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Nadja a Paris | Le Signe du Lion
duração total da projeção: 113 min | M/12
NADJA A PARIS
de Eric Rohmer
com Nadja Tesich
França, 1964 – 13 min / legendado eletronicamente em português
LE SIGNE DU LION
de Eric Rohmer
com Jess Hahn, Jean Le Poulain
França, 1959 – 100 min / legendado eletronicamente em português
NADJA A PARIS acompanha as deambulações de Nadja, jovem estudante estrangeira que explora Paris. As ruas, os cafés e o espaço da cidade universitária são dissecados por este curto filme de Rohmer. LE SIGNE DU LION, o seu tardio filme de estreia, feito quando o realizador tinha 39 anos, não se inscreve no projeto de realizar uma série de filmes à volta dos mesmos temas, como este o fará com os seis contos morais, as comédias e provérbios ou os contos das quatro estações. Nesta história sobre um americano de Paris, com pouco dinheiro e reduzido à mendicidade durante o mês de agosto, quando todos os seus amigos estão de férias, a ação é menos conduzida pelo verbo do que nos filmes posteriores de Rohmer – as personagens não vivem como se fossem personagens de romance. Mas o rigor e o humor do realizador são os mesmos. E como tantos filmes da Nouvelle Vague, LE SIGNE DU LION é um grande filme sobre Paris. NADJA A PARIS é mostrado pela primeira vez na Cinemateca.
08/09/2017, 22h30 | Esplanada
O Cinema e a Cidade I
Paris vu Par
Paris Visto Por…
de Jean Douchet, Jean Rouch, Jean-Daniel Pollet, Eric Rohmer, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol
com Barbet Schroeder, Stéphane Audran, Claude Melki, Claude Chabrol
França, 1965 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Neste filme em episódios, um formato muito em voga nos anos sessenta, cinco histórias separadas são situadas em cinco bairros diferentes de Paris e todas, à exceção do episódio de Rohmer, contam histórias de casais, além de porem em prática uma conceção do cinema. Um filme cheio de humor, notável tanto por cada uma das suas partes, como pelo seu conjunto. Paris foi uma das personagens principais da Nouvelle Vague e este é mais um grande filme sobre Paris e sobre os anos sessenta. Na opinião de Jean Douchet, um dos críticos mais brilhantes e eruditos da sua geração e autor de um dos segmentos de PARIS VU PAR, trata-se do “último filme de Nouvelle Vague enquanto movimento organizado e o seu único manifesto cinematográfico”.
09/09/2017, 22h30 | Esplanada
O Cinema e a Cidade I
Roma
Roma de Fellini
de Federico Fellini
com Federico Fellini, Peter Gonzalez Falcon, Stefano Mayor
Itália, 1972 - 125 min
legendado em espanhol | M/12
Um dos filmes mais amados de Fellini, canto de amor à capital italiana, que também é a sua cidade adotiva. O filme reúne lembranças de infância na escola sobre a Roma imperial, a chegada de um jovem provinciano à capital, visitas a um bordel, um desfile de modas eclesiástico, festas de rua, espetáculos em teatros poeirentos, discussões entre Fellini e estudantes, as breves presenças de personalidades como Anna Magnani e Gore Vidal. ROMA é um filme sobre a memória, que assinala uma depuração no estilo do realizador e que, a par de LA DOLCE VITA (1959), é uma das maiores representações de Roma no cinema.
12/09/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
Blade Runner
Perigo Iminente
de Ridley Scott
com Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah
Estados Unidos, 1982 - 117 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Uma visão do futuro sobre a cidade de Los Angeles, marcada pelo pessimismo algures no século XXI. Apesar da proclamada filiação em METROPOLIS, de Fritz Lang, BLADE RUNNER, inspirado num conto de Philip K. Dick, é exemplar da transformação da configuração da cidade no cinema e influenciou nitidamente filmes como BATMAN, BATMAN RETURNS e DICK TRACY. Um filme emblemático do fim da cidade racional, substituída por uma cidade sem centro, caótica, imunda e eternamente noturna, sem forma.
12/09/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade I
The Dubai in Me
de Christian Von Borries
Alemanha, 2010 - 78 min
legendado eletronicamente em português | M/12
THE DUBAI IN ME é um surpreendente retrato do emirado árabe: “O Dubai talhou para si próprio a reputação de objeto teórico. É assim que Christian von Borries o aborda, e o que justifica o seu título. Designa-se aqui menos o pitoresco de uma cidade mercantil erigida por magia e marcada por arquiteturas faraónicas, do que o modelo de uma utopia liberal realizada (...). Jogando com tipologias de imagens e com a ortodoxia documental, divertindo-se com vozes off, a inscrição de textos, etc., ao que assistimos é a um alegre jogo de massacre” (Jean-Pierre Rehm).