CICLO
História Permanente do Cinema Português


Neste mês, mais dois filmes basicamente invisíveis ao longo das últimas décadas, que constituem portanto eventuais elos a repensar de uma história maior ainda por fazer, neste caso relativa às décadas de sessenta a noventa. RAÇA foi aqui exibido uma única vez, no Ciclo inaugural da Sala Félix Ribeiro em 1980 (“Panorama do Cinema Português”); A TEMPESTADE DA TERRA só agora chega aos nossos ecrãs.

 
14/02/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Raça
de Augusto Fraga
Portugal, 1961 - 75 min | M/12
 
16/02/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

A Tempestade da Terra
de Fernando de Almeida e Silva
Portugal, França, Bélgica, Moçambique, 1998 - 108 min | M/12
14/02/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Raça
de Augusto Fraga
com Teresa Mota, Paulo Renato, Carmen Mendes, Ruy de Carvalho
Portugal, 1961 - 75 min | M/12

Vindo do jornalismo e da crítica cinematográfica dos anos trinta, com uma longa carreira de assistente desde essa década até aos anos cinquenta (trabalhou com Leitão de Barros, Chianca, Arthur Duarte, Queiroga, Henrique Campos…) Augusto Fraga realizou quatro longas-metragens já na viragem dos anos cinquenta para sessenta, das quais a primeira foi SANGUE TOUREIRO (1958) e esta foi a última. Cinema entre dois mundos – entre a difícil década de cinquenta, que aqui tanto temos estado a reinterrogar, e o tempo do Cinema Novo –, normalmente referido como prolongamento das fragilidades da década anterior, RAÇA foi permeável aos novos tempos no campo da imensa lista de atores, que se estende, em grandes ou pequenos papéis, de Paulo Renato, Ruy de Carvalho ou Nicolau Breyner a Teresa Mota, Cremilda Gil, Irene Cruz, Irene Isidro, Rui Mendes, João Mota ou João Perry… Mais de meio século depois, qual pode ser o seu lugar? 

16/02/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
A Tempestade da Terra
de Fernando de Almeida e Silva
com Maria de Medeiros, João Grosso, Ângelo Torres
Portugal, França, Bélgica, Moçambique, 1998 - 108 min | M/12

Além de trabalho televisivo, esta é a obra única realizada em Portugal por um cineasta nascido em Moçambique que deixou marcas fortes no nascimento do cinema moçambicano pós-independência e filmou também no Brasil nos anos oitenta. Ficção protagonizada por Maria de Medeiros e João Grosso, evoca a memória do Moçambique colonial e do Portugal pós-colonial (e do próprio conflito colonial), numa altura – os anos noventa – em que, pelo nosso lado, essa evocação estava ainda pouco ou nada feita. Rodado em Moçambique e em Lisboa, é uma obra a redescobrir, nem que seja por essa incursão à época muito isolada num território e num período que, no cinema português, estava por ficcionar. Primeira exibição na Cinemateca.