01/04/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Abril
ANNE OF THE INDIES
A Rainha dos Piratas
de Jacques Tourneur
com Jean Peters, Louis Jourdan, Debra Paget, Herbert Marshall, James Robertson Justice
Estados Unidos, 1951 - 81 min
legendado em espanhol | M/12
Anne Bonney, a mulher pirata, é o terror das Caraíbas. Mas nesta belíssima e movimentada aventura de Tourneur é, também, uma mulher que se deixa “derrotar” pelo coração ao apaixonar-se por um oficial francês que acaba por trai-la. No confronto final com o terrível Barba-Negra (interpretado por Thomas Gomez) Anne Bonney sacrifica-se para salvar o homem que amou. “É também um dos mais complexos filmes que Tourneur filmou, para lá da sua aparente simplicidade de ‘filme de aventuras’. […] Para lá do simples filme de aventuras dedicado à infância, o filme de piratas pode ser também espaço para uma atenta análise sobre a infância e a adolescência, das suas crises e fantasmas, dos seus sonhos secretos ‘bons’ e ‘maus’. Só mais dois filmes o souberam entender: MOONFLEET de Fritz Lang e A HIGH WIND IN JAMAICA de Alexander Mackendrick” (Manuel Cintra Ferreira).
02/04/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Abril
DOURO FAINA FLUVIAL | MADAME BOVARY
Madame Bovary
de Vincente Minnelli
com Jennifer Jones, Van Heflin, James Mason, Louis Jourdan
Estados Unidos, 1949 - 114 min
legendado em português | M/12
In Memoriam Louis Jourdan
Numa alteração ao programa e evocando Manoel de Oliveira no dia da sua morte, a sessão abre com a projeção de DOURO FAINA FLUVIAL.
DOURO, FAINA FLUVIAL
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1931 – 18 min
O primeiro filme de Oliveira é uma obra prima do cinema de vanguarda e “o primeiro filme de Manoel de Oliveira é o primeiro filme em que Manoel de Oliveira é grande em qualquer contexto” (José Manuel Costa).
Flaubert por Minnelli, com Jennifer Jones no papel de uma das mais célebres personagens femininas da literatura. A adaptação de Minnelli, típica de Hollywood, foi controversa, levando um crítico francês a escrever: “Há duas espécies de pessoas: as que acham que Madame Bovary é um romance de Flaubert e as que acham que é um filme de Minnelli.” A sequência do baile é um dos mais celebrados momentos do cinema do realizador.
10/04/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Abril
UMA PEDRA NO BOLSO
de Joaquim Pinto
com Inês Medeiros, Isabel de Castro, Bruno Leite, Manuel Lobão, Eduarda Chiote, Luís Miguel Cintra
Portugal, 1987 - 92 min | M/12
Moving Cinema
com a presença de Joaquim Pinto
O primeiro filme de Joaquim Pinto conta uma história de iniciação e embate com a idade adulta: em férias na estalagem de uma tia à beira mar, Miguel encontra Luísa, o pescador João e o Dr. Fernando, três personagens que marcarão a entrada da sua primeira pedra no bolso. Foi filmado sem subsídios e uma reduzida equipa, uma exceção no cinema português nos anos oitenta. “Quando Joaquim Pinto apresentou em ante-estreia o seu filme na Cinemateca disse (ou escre¬veu) que ‘Não vale a pena filmar se não se tiver motivos para isso’. Os motivos de UMA PEDRA NO BOLSO são óbvios e começa aí a sinceridade tocante desta obra” (M.S. Fonseca). A sessão é organizada no contexto do programa Moving Cinema da Associação Os Filhos de Lumière.
11/04/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Abril
CHRONIK DER ANNA MAGDALENA BACH
A Pequena Crónica de Anna Magdalena Bach
de Jean-Marie Straub
com Gustav Leonhardt, Christiane Lang
República Federal da Alemanha, 1967-68 - 93 min
legendado em português | M/6
Com a Linha de Sombra
sessão apresentada por Miguel Castro Caldas
Contrariamente ao que muitos pensam, a terceira longa-metragem de Jean-Marie Straub não é baseado em The Little Chronicle of Anna Magdalena Bach, romance de Esther Meynell, que muitos tomam pelo verdadeiro diário da segunda mulher de Bach. Ao filmar uma história de amor que não se parece com nenhuma outra (uma mulher fala do marido que amou até à morte), o realizador fez com que verdadeiros músicos executassem a música de Bach em som direto, o que era uma novidade absoluta e um exemplo que não foi seguido por muitos. Por isto, “a música de Bach não é um acompanhamento nem um comentário, mas a matéria-prima” do filme. A sessão é organizada em colaboração com a Livraria Linha de Sombra, e apresentada por Miguel Castro Caldas, autor de Chaconne ou A Arte de Mudar de Assunto, inspirado no filme de Straub, recentemente publicado numa edição de autor.
17/04/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Outras Sessões de Abril
LETTER FROM AN UNKNOWN WOMAN
Carta de Uma Desconhecida
de Max Ophuls
com Joan Fontaine, Louis Jourdan, Mady Christians, Art Smith
Estados Unidos, 1948 - 90 min
legendado em português | M/12
In Memoriam Louis Jourdan
Um dos filmes mais belos e mais amados de Ophuls, baseado num conto de Stefan Zweig. A história do amor que uma mulher sentiu durante toda a vida por um homem, que só demasiado tarde se dá conta disto. Situado, como LIEBELEI, na Viena do Imperador Francisco José, este talvez seja o filme em que a mise-en-scène de Ophuls mais atinge a perfeição, com um equilíbrio absoluto entre a elegância formal e a emoção.