10/04/2015, 24h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta à Meia-Noite | Com Friedkin
SORCERER
O Comboio do Medo
de William Friedkin
com Roy Scheider, Bruno Cremer, Francisco Rabal, Amidou, Ramon Bieri
Estados Unidos, 1977 - 121 min
legendado eletronicamente em português | M/12

Este Friedkin, anos setenta, é a adaptação americana do romance francês Le Salaire de la Peur (Georges Arnaud, 1950), invariavelmente associada à sua primeira adaptação ao cinema, em 1953, por Henri-Georges Clouzot, por mais que Friedkin sempre tenha recusado SORCERER como um remake do icónico LE SALAIRE DE LA PEUR. É também, entre os que realizou, um favorito de Friedkin, e um thriller cuja “aura de culto” emergiu nos últimos anos e foi ampliado pelo recente restauro digital do filme. No seu fulcro narrativo está o encontro de quatro personagens acossadas algures na América Latina, encarregues do transporte de nitroglicerina em plena selva, ao volante de velhos camiões face a uma eventual catástrofe petrolífera que tentam impedir. “O ‘feiticeiro’ é um lagarto maléfico e neste caso o lagarto maléfico é o destino” (Friedkin). Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar na nova versão do restauro digital.

17/04/2015, 24h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta à Meia-Noite | Com Friedkin
CRUISING
A Caça
de William Friedkin
com Al Pacino, Paul Sorvino, Karen Allen, Richard Cox, Don Scardino
Estados Unidos, 1980 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/16

“Al Pacino is cruising for a killer”, apregoava o cartaz do Friedkin de um quente verão nova-iorquino que na sua filmografia “abriu” com alguma polémica os anos oitenta, vagamente baseado no romance homónimo do jornalista do The New York Times Gerald Walker sobre o caso de um serial killer que perseguia homossexuais preferencialmente vestidos de cabedal. O título joga com o duplo sentido de “cruising” que no original tanto pode descrever o trabalho de patrulha policial como o engate sexual. Recebido com protestos por comunidades ativistas homossexuais (logo durante as filmagens), atacado por uma implícita mensagem homofóbica, pouco estimado pela crítica e pelo público quando saiu, CRUISING foi conquistando um lugar de título a redescobrir. Recentemente, INTERIOR.LEATHER BAR (James Franco, Travis Mathews, 2013) tentou recriar 40 minutos de “imagens perdidas” de CRUISING, alegadamente deixadas de parte na montagem por conteúdo sexual “demasiado explícito”. Uma incursão na subcultura nova-iorquina, com Al Pacino no papel de um detetive que nela mergulha à paisana para defrontar, entre outros, os seus próprios demónios. Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar em cópia digital.

24/04/2015, 24h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta à Meia-Noite | Com Friedkin
TO LIVE AND DIE IN L.A.
Viver e Morrer em Los Angeles
de William Friedkin
com William L. Petersen, Willem Dafoe, John Pankow, Debra Feuer, John Turturro
Estados Unidos, 1985 - 116 min
legendado eletronicamente em português | M/16

Foi por este filme que Michael Mann processou (sem sucesso) Friedkin por plágio da célebre série televisiva “Miami Vice” dos anos oitenta que então corriam (e ele, Mann, viria a bem adaptar ao cinema em 2006). O argumento de TO LIVE AND DIE L.A. parte do romance de um ex-agente secreto, Gerald Petievich, seguindo as reviravoltas da história de dois agentes secretos dispostos a ir longe na perseguição de um criminoso no que acaba por tornar-se uma questão de obsessiva vingança pessoal para além das normas da lei. Terá sido a “natureza surrealista” do projeto que interessou Friedkin no filme, que “lançou” no estrelato alguns dos seus protagonistas, casos de Willem Dafoe, William L. Petersen ou John Turturro. Reminiscente da celebérrima cena de perseguição de THE FRENCH CONNECTION (1971), há também uma antológica sequência de perseguição automóvel em TO LIVE AND DIE IN L.A., indissociável de um olhar sobre o ambiente da cidade da época, na perspetiva brutal de Friedkin. Primeira exibição na Cinemateca.