CICLO
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte


Retomando a iniciativa de 2014, a Cinemateca associa-se à mostra de filmes da FACA, que também decorre no Arquivo 237. Na Cinemateca, as sessões realizam-se a 6 e 7 de março, em cinco sessões e um workshop, em duas secções: “O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia em Foco”, programado por Rose Satiko Hikiji e Paula Morgado do LISA-Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo; “Representações” e “Lugares e Sons”, programado pela equipa da FACA. Os filmes a apresentar são primeiras exibições na Cinemateca. As notas seguintes baseiam-se em textos preparados pela FACA.

 

as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA
a sessão do workshop é gratuita mediante o levantamento de ingressos na bilheteira
 

 
06/03/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte

O LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM EM ANTROPOLOGIA EM FOCO | IMAGENS AMERÍNDIAS
duração total da projeção: 124 min | M/12
 
06/03/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte

FACA | REPRESENTAÇÕES
duração total da projeção: 111 min | M/12
07/03/2015, 15h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte

FACA | WORKSHOP - USOS DA IMAGEM EM ANTROPOLOGIA: A EXPERIÊNCIA DO LISA-LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
07/03/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte

O LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM EM ANTROPOLOGIA EM FOCO | PRODUÇÕES RECENTES
duração total da projeção: 123 min | M/12
07/03/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte

FACA - LUGARES E SONS
duração total da projeção: 71 min | M/12
06/03/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte
O LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM EM ANTROPOLOGIA EM FOCO | IMAGENS AMERÍNDIAS
duração total da projeção: 124 min | M/12
as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA

O ARCO E A LIRA
de Priscilla Ermel
Brasil, 2002 – 18 min
IBURI – TROMPETE DOS TICUNA
de Edson Matarezio
Brasil, 2014 – 14 min
APAPAATAI
de Aristóteles Barcelos Neto
Brasil, 2007 – 17 min
VENDE-SE PEQUI
de André Lopes, João Paulo Kayoli
Brasil, 2013 – 24 min
DO SÃO FRANCISCO AO PINHEIROS
de Paula Morgado, João Cláudio de Sena
Brasil, 2007 – 51 min

A sessão reúne cinco filmes brasileiros realizados entre 2002 e 2014: O ARCO E A LIRA pode ser apresentado como uma viagem etno-poética pelo universo feminino tupi-mondé, que mergulha na teia sonora, estética e performática do quotidiano das mulheres indígenas da aldeia Ikolem. IBURI regista o processo de construção e execução do trompete assim chamado, instrumento tocado durante a Festa da Moça Nova, dos índios Ticuna. APAPAATAI apresenta uma visão xamânica do mundo dos espíritos dos índios Wauja do Alto Xingu, Amazónia. VENDE-SE PEQUI foi integralmente filmado pelos cinegrafistas manoki, num processo compartilhado entre realizadores e indígenas e não indígenas. O povo Manoki vive no noroeste de Mato Grosso, sendo a venda de pequi uma das suas atividades. DO SÃO FRANCISCO AO PINHEIROS propõe-se como um filme documental caleidoscópico da visão Pankararu sobre a viagem desse grupo indígena, originário do sertão de Pernambuco, na sua migração em fuga à seca e à fome para São Paulo, onde se fixaram na favela do Real Parque, próximo ao Rio Pinheiros.
 

06/03/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte
FACA | REPRESENTAÇÕES
duração total da projeção: 111 min | M/12
as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA

DIVINO, FERIDO E CHAGADO
de Pedro Antunes
Portugal, 2015 – 26 min
O MESTRE E O DIVINO
de Tiago Campos
Brasil, 2013 – 85 min

O filme de Pedro Antunes que abre a sessão centra-se num conjunto de práticas religiosas na aldeia de Alcafozes, por altura da Quaresma, entretecendo-se na representação de rituais pelos seus praticantes, na encenação e montagem mediática das “tradições” locais e nos ecos espectrais de O ACTO DA PRIMAVERA de Manoel Oliveira (1962). Em O MESTRE E O DIVINO, dois cineastas retratam a vida na aldeia e na missão de Sangradouro, Mato Grosso: Adalbert Heide, um excêntrico missionário alemão, que começa a filmar em Super 8mm logo após o seu contacto com os índios em 1957, e Divino Tserewahú, jovem cineasta Xavante, que produz filmes para a televisão e festivais de cinema desde os anos noventa. No seu registo histórico, ambos revelam os peculiares bastidores da catequização indígena no Brasil.
 

07/03/2015, 15h00 | Sala Luís de Pina
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte
FACA | WORKSHOP - USOS DA IMAGEM EM ANTROPOLOGIA: A EXPERIÊNCIA DO LISA-LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA

a sessão do workshop é gratuita mediante o levantamento de ingressos na bilheteira

Num workshop participativo, três investigadores do LISA – Carolina Abreu, Kelen Pessuto e Vitor Grunvald – apresentam projetos de filmes em que estão atualmente a trabalhar e falam sobre o funcionamento do laboratório.

07/03/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte
O LABORATÓRIO DE IMAGEM E SOM EM ANTROPOLOGIA EM FOCO | PRODUÇÕES RECENTES
duração total da projeção: 123 min | M/12
as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA

PIMENTA NOS OLHOS
de Andrea Barbosa, Fernanda Matos
Brasil, 2015 – 42 min
FIOS DA VIDA
de Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer
Brasil, 2013 – 20 min
TRIBO PLANETÁRIA
de Carolina de Camargo Abreu
Brasil, 2011 – 37 min
SOBRETUDO POESIA
de Gabriel Campos
Brasil, 2013 – 24 min

No contexto da secção “O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia em foco”, esta segunda sessão reúne quatro filmes de produção brasileira recente: PIMENTA NOS OLHOS é um filme em que a fotografia, memória e experiência e música se cruzam para contar um pouco da vida quotidiana de um bairro “periférico” da região metropolitana de São Paulo, o Bairro dos Pimentas em Guarulhos. Num diálogo entre fotografias antigas e uma visita guiada por um dos entrevistados às atuais ruinas do IAMB-Instituto Agrícola de Menores de Batatais, FIOS DA VIDA documenta histórias de “famílias abandonadas”, relatos de trabalhos e cuidados, de crianças que passaram por abrigos públicos, experiências guardadas nos arquivos da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente de São Paulo). TRIBO PLANETÁRIA centra-se em nove anos de pesquisa etnográfica, compondo-se num ensaio audiovisual sobre a experiência das festas de música eletrónica no Brasil. SOBRETUDO POESIA aborda as relações que a poesia estabelece com a cidade, com os escritores e com os leitores, adaptando-se ao tempo, espaço, novos gostos e anseios.
 

07/03/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Faca | Festa de Antropologia, Cinema e Arte
FACA - LUGARES E SONS
duração total da projeção: 71 min | M/12
as sessões são acompanhadas e apresentadas pela equipa da FACA

A GRADE
de Hellington Vieira
Portugal, 2015 – 7 min
A FLORESTA DO GINJAL
de Catarina Simões
Portugal, 2014 – 14 min
SOBRE A CALÇADA, A PRAIA
de Catarina Leal, Catarina Simões, Mariana Alves
Portugal, 2014 – 11 min
CIDADE GUIADA
de Catarina Leal
Portugal, 2014 – 39 min

A sessão reúne quatro filmes de produção portuguesa recente: A GRADE propõe um olhar íntimo sobre um grupo de mulheres unidas por uma grade e por um amor incondicional pelo mesmo ídolo. Detendo-se no tempo, na melancolia, na procura e na persistência em viver, A FLORESTA DO GINJAL regista encontros de uma comunidade em matinés dançantes num antigo e mítico restaurante da margem sul lisboeta. SOBRE A CALÇADA, A PRAIA fixa o verão de 2014, em que o lisboeta Jardim do Torel se transformou num lugar “sobre a calçada, a praia”, no meio da cidade. CIDADE GUIADA aborda a indústria turística cada vez mais especializada que prolifera no coração de Lisboa. Nos bairros da Graça, Alfama e Mouraria o turismo representa um dos principais recursos adotados para dinamizar a economia: “Enquanto outros países têm outras coisas a vender, Portugal vende as suas cidades”.