04/02/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
No Meu Cinema – João Bénard da Costa
STRANGERS ON A TRAIN
O Desconhecido do Norte Expresso
de Alfred Hitchcock
com Farley Granger, Robert Walker, Ruth Roman, Patricia Hitchcock, Leo G. Carroll
Estados Unidos, 1951 - 99 min
Estados Unidos, 1951 – 99 min / legendado em português | M/12
No Meu Cinema
Nas sessões assinaladas nas respetivas notas com “No Meu Cinema”, a projeção dos filmes é antecedida e sucedida pelas apresentações e comentários de João Bénard da Costa filmados por Margarida Gil para a série homónima da RTP.
Um dos pontos máximos da obra de Hitchcock, que leva a um grau extremo a virtuosidade característica da mise-en-scène do mestre, com o uso significativo dos objetos e um magistral suspense, marca registada do realizador. É também uma perfeita ilustração daquele que Claude Chabrol e Eric Rohmer, no livro que escreveram sobre Hitchcock, consideram o tema central da sua obra: a transferência da culpabilidade. O tema é aqui abordado de modo quase literal: um desequilibrado propõe a um desconhecido matar a mulher dele e espera que ele lhe retribua o “favor”. “STRANGERS ON A TRAIN é um dos máximos exemplos da obra do autor sobre o permanente tema da culpa e das aparências” (JBC).
04/02/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
No Meu Cinema – João Bénard da Costa
NORTH BY NORTHWEST
Intriga Internacional
de Alfred Hitchcock
com Cary Grant, Eva Marie Saint, James Mason, Leo G. Carroll
Estados Unidos, 1959 - 136 min
legendado em português | M/12
No Meu Cinema
Nas sessões assinaladas nas respetivas notas com “No Meu Cinema”, a projeção dos filmes é antecedida e sucedida pelas apresentações e comentários de João Bénard da Costa filmados por Margarida Gil para a série homónima da RTP.
NORTH BY NORTHWEST, um dos filmes mais célebres de Hitchcock, é um prodígio de construção de suspense, com algumas das cenas mais famosas do mestre (a perseguição do avião, a corrida no monte Rushmore). O filme é também um autêntico repositório de todos os seus temas e obsessões, de todos os seus “jogos” e alusões eróticas e da exploração do tema do “falso culpado”, que está no cerne da sua obra. “Do que se trata neste filme e em toda a obra de Hitchcock, é duma religação, no sentido etimológico da palavra, do absurdo às pulsões e instintos e emoções fundamentais do homem. Hitchcock conduz-nos a um mundo em que tanto se pode dizer que tudo é absurdo, como sustentar a evidência de que o absurdo não existe” (JBC).
05/02/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
No Meu Cinema – João Bénard da Costa
ORDET
A Palavra
de Carl Th. Dreyer
com Henrik Maalberg, Emil Haas, Prebben Lendorf Rye
Dinamarca, 1955 - 125 min
legendado eletronicamente em português | M/12
No Meu Cinema
Nas sessões assinaladas nas respetivas notas com “No Meu Cinema”, a projeção dos filmes é antecedida e sucedida pelas apresentações e comentários de João Bénard da Costa filmados por Margarida Gil para a série homónima da RTP.
ORDET é, talvez, a obra cinematográfica que melhor põe em cena a questão da fé, construída inteiramente à volta da interrogação: A palavra (Ordet) pode chegar até Deus e Este responder-lhe? O crente, como Dreyer, diz que sim e ORDET (o filme) é a sua expressão. Sobre este filme, José Régio escreveu que era “uma apologia da fé levada ao extremo limite.” “[…] E, por isso, disse S. Paulo que, maior do que a fé, era o amor. ORDET de Dreyer é o filme desse amor” (JBC). Segunda passagem, depois da apresentação de janeiro.
06/02/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
No Meu Cinema – João Bénard da Costa
JOÃO BÉNARD DA COSTA: OUTROS AMARÃO AS COISAS QUE EU AMEI
de Manuel Mozos
Portugal, 2014 - 75 min | M712
Com João Bénard da Costa
com a presença de Manuel Mozos
“João Bénard da Costa foi diretor da Cinemateca Portuguesa durante 18 anos. Eu segui o caminho das suas memórias e encontrei o seu amor pela pintura, pelas igrejas, por Proust e Musil, por Itália, cinema, Mozart e os seus amigos. Mas o que eu realmente queria era tornar presente o homem de carne e osso, cheio de contradições, um homem livre” (Manuel Mozos). O recente filme de Mozos teve a sua primeira apresentação pública no DocLisboa’14 e tem circulado em festivais e mostras internacionais. Na Cinemateca, é mostrado numa primeira exibição.
07/02/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
No Meu Cinema – João Bénard da Costa
OBRIGADO BÉNARD | JOHNNY GUITAR
duração total da projeção dos dois filmes: 112 min | M/12
Filmes da Minha Vida
A sessão de JOHNNY GUITAR é antecedida de uma apresentação de João Bénard da Costa no programa da RTP “Os Filmes da Minha Vida”, da autoria de Inês de Medeiros
com a presença de Rui Simões e Inês de Medeiros
OBRIGADO BÉNARD
de Rui Simões
Portugal, 2009 – 2 min
JOHNNY GUITAR
Johnny Guitar
de Nicholas Ray
com Joan Crawford, Sterling Hayden, Mercedes McCambridge, Scott Brady, Ward Bond
Estados Unidos, 1954 – 110 min / legendado em português
Um dos westerns maiores da história do cinema, de cores agressivas e imagens barrocas (as fabulosas cenas de Joan Crawford no interior do saloon, o cenário deste com os fantomáticos croupiers e a roleta a rodar). Um filme “onde os cowboys desmaiam e morrem com a graça das bailarinas” (Truffaut). E um “duelo” sem tréguas entre as fabulosas Vienna (Crawford) e Emma (McCambridge). “Rever as imagens do JOHNNY GUITAR é rever a recordação delas. Para quem o vê pela primeira vez, é ainda de rever que se trata. Porque todas as personagens não fazem outra coisa. […] JOHNNY GUITAR é um filme construído em flashback sobre uma imensa elipse? Ou é uma imensa elipse construída sobre um flash que não pode come back? Ou será que é tudo a mesma coisa?” (JBC).