CICLO
António da Cunha Telles – Continuar A Viver


Tendo apresentado, em junho, a obra de realizador de António da Cunha Telles, no capítulo da produção, os filmes das Produções António da Cunha Telles, e alguns dos filmes estreados em Portugal por sua iniciativa nos anos setenta, a retrospetiva prossegue em julho dando continuidade à evocação destas duas vertentes da sua filmografia, a produção e a distribuição. No núcleo a que chamamos “Produzidos por António da Cunha Telles” incluem-se filmes produzidos, coproduzidos ou com produção executiva de Cunha Telles, como as respetivas notas detalham. Mostrar a obra de António da Cunha Telles é evocar um trabalho ímpar e crucial no cinema português. A retrospetiva é acompanhada pela edição de um catálogo.

 
01/07/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo António da Cunha Telles – Continuar A Viver

Aqui na Terra
de João Botelho
Portugal, Reino Unido, 1993 - 110 min
 
04/07/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo António da Cunha Telles – Continuar A Viver

Terra Sonâmbula
de Teresa Prata
Portugal, Alemanha, 2006 - 100 min
07/07/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo António da Cunha Telles – Continuar A Viver

Balada da Praia dos Cães
de José Fonseca e Costa
Portugal, 1986 - 90 min
07/07/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo António da Cunha Telles – Continuar A Viver

Heat
O Cio
de Paul Morrissey
Estados Unidos, 1972 - 99 min
08/07/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo António da Cunha Telles – Continuar A Viver

Jaime | Bronenosets Potiomkine
duração total da sessão: 109 min | M/12
01/07/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar A Viver
Aqui na Terra
de João Botelho
com Luís Miguel Cintra, Pedro Hestnes, Isabel de Castro, Jessica Weiss, Rita Dias
Portugal, Reino Unido, 1993 - 110 min
M/12
Produzidos por António da Cunha Telles

com a presença de João Botelho

Duas histórias que se passam “aqui na Terra”, se bem que em lugares opostos. Uma história urbana, sobre um economista que depois da morte do pai entra “num labirinto de medos, barulhos e solidão absoluta” até encontrar “uma luz – a Luz que o faz vacilar e cair numa vertigem irremediável”. E uma história rural, algures em terras altas, onde dois jovens vivem um crime e a sua expiação. Produção da Companhia de Filmes do Príncipe Real e da BBC Filmes.

04/07/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
António da Cunha Telles – Continuar A Viver
Terra Sonâmbula
de Teresa Prata
com Tânia Adelino, Cândido Andrade, Valdemar António, Aron Slva Bila
Portugal, Alemanha, 2006 - 100 min
M/12
Produzidos por António da Cunha Telles

A partir do romance homónimo de Mia Couto, TERRA SONÂMBULA, primeira longa-metragem de Teresa Prata, pode apresentar-se como “um road movie em Moçambique” com a guerra civil moçambicana como elemento fundamental da ação. “Um drama comovente e sensível” (The New York Times). Produção da FF – Filmes do Fundo, Unlimited, Pandora Film e Poetiche Cinématografiche. Primeira exibição na Cinemateca.

07/07/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar A Viver
Balada da Praia dos Cães
de José Fonseca e Costa
com Raul Solnado, Assumpta Serna, Patrick Bauchau, Carmen Dolores, Henrique Viana
Portugal, 1986 - 90 min
M/12
Produzidos por António da Cunha Telles

Adaptação do romance de José Cardoso Pires, inspirado num caso real que teve lugar na década de sessenta, envolvendo a oposição política ao regime do Estado Novo. Um oficial do exército aparece assassinado e a investigação fica a cargo de um inspetor da judiciária que, a pouco e pouco, descobre as implicações políticas do crime. Na obra de Fonseca e Costa inscreve-se no núcleo de filmes que, desde O RECADO (1971), refletem o espectro da realidade portuguesa salazarista. No papel do inspetor, Raul Solnado tem uma notável interpretação. Produção Animatógrafo e Andrea Films.

07/07/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
António da Cunha Telles – Continuar A Viver
Heat
O Cio
de Paul Morrissey
com Joe Dallesandro, Sylvia Miles, Andrea Feldman
Estados Unidos, 1972 - 99 min
legendado em português | M/16
Distribuídos por António da Cunha Telles

Variação, em tons warholianos, sobre o argumento de SUNSET BOULEVARD: Joe Dallesandro é um jovem ator desempregado que se envolve com Sylvia Miles, ex-grande vedeta em processo de decadência. Todo o delicioso e jubilatório amoralismo da “galáxia Warhol” num filme que deu brado, e que permanece como um dos pontos altos da obra de Paul Morrissey. Estreado a 27 de agosto de 1975 no cinema Satélite, com distribuição da Animatógrafo.

08/07/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar A Viver
Jaime | Bronenosets Potiomkine
duração total da sessão: 109 min | M/12
Distribuídos por António da Cunha Telles

JAIME
de António Reis
Portugal, 1974 – 35 min
BRONENOSETS POTIOMKINE
O Couraçado Potemkine
deSergei M. Eisenstein
com Aleksander Antonov, Grigori Alexandrov, Vladimir Barsky
URSS, 1925 – 74 min / legendado em português

Um dos primeiros trabalhos do poeta do cinema português, JAIME irrompeu na cinematografia portuguesa em 1974 como um gesto único de solidez e força instintiva. O máximo de originalidade com o máximo de modernidade. Na primeira metade dos anos vinte, a União Soviética conheceu um extraordinário florescimento artístico, em todos os domínios, com obras duplamente de vanguarda: do ponto de vista formal e do ponto de vista político. Na primeira metade dos anos vinte, a União Soviética conheceu um extraordinário florescimento artístico, em todos os domínios, com obras duplamente de vanguarda: do ponto de vista formal e do ponto de vista político. O COURAÇADO POTEMKINE é, sem dúvida, a mais célebre destas obras. Pondo em prática as suas teorias sobre a montagem, Eisenstein fez deste filme de encomenda sobre a Revolução de 1905 um momento absolutamente eletrizante, com a mais célebre sequência da história do cinema: o massacre na escadaria de Odessa. A apresentar na versão musicada com trechos de Chostakovich, organizada por Naum Kleiman, grande especialista da obra de Eisenstein. Estreados a 2 de maio de 1974 no cinema Império, com distribuição da Animatógrafo.