CICLO
Cinema Polaco – Raridades


Graças ao mecenato da Jerónimo Martins, SGPS, S.A, a Cinemateca enriqueceu recentemente a sua coleção com diversas cópias de filmes polacos. Neste breve Ciclo, excetuando – assinalável exceção, a célebre série integral DEKALOG / DECÁLOGO de Kieslowski, evitamos deliberadamente o cinema polaco mais conhecido em Portugal – o de Wajda e Skolomowski – e propomos um programa de filmes muito raros realizados na Polónia entre os anos trinta e os anos oitenta. Três pertencem ao cinema ídiche, realizado pela e para a vasta comunidade judaica do país no período anterior à Segunda Guerra Mundial: DER DYBBUK, SABRA e “A VIDA É UMA CANÇÃO”. De um dos realizadores destes filmes ídiche, Aleksandr Ford, apresentamos ainda uma sessão com dois títulos documentais, um dos quais, MAJDANEK, talvez tenha sido o primeiro realizado num campo de extermínio, no fim da Segunda Guerra. De Andrzej Munk, um dos nomes mais conhecidos da Nova Vaga polaca dos anos cinquenta (A PASSAGEIRA), propomos uma sessão documental de títulos realizados no começo da sua carreira, além da sua primeira longa-metragem, que estabelece um compromisso entre a ficção e o documentário. A fechar o programa, uma sessão que reúne uma curta-metragem de Polanski e uma série de filmes de animação, domínio em que o cinema polaco teve especial relevo. Filmes raros de uma das mais respeitadas cinematografias europeias, em cópias novas. À exceção de DEKALOG, DER DYBBUK e da curta-metragem de Polanski, todos são inéditos na Cinemateca.

 
08/04/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Polaco – Raridades

Majdanek – Cementarzisko Europey | Ludzie Wisly
duração total da sessão: 96 min
 
09/04/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Polaco – Raridades

Dekalog, Jeden
“Decálogo Um – Amarás a Deus Sobre Todas as Coisas”
de Krzystof Kieslowski
Polónia, 1988 - 56 min
09/04/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Cinema Polaco – Raridades

Majdanek – Cementarzisko Europey | Ludzie Wisly
duração total da sessão: 96 min
09/04/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Polaco – Raridades

Der Dybbuk
“A Alma Errante”
de Michal Waszynsky
Polónia, 1937 - 110 min
10/04/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Polaco – Raridades

Dekalog, Dwa
“Decálogo Dois – Não Invocarás o Santo Nome de Deus em Vão”
de Krzystof Kieslowski
Polónia, 1988 - 59 min
08/04/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Cinema Polaco – Raridades
Majdanek – Cementarzisko Europey | Ludzie Wisly
duração total da sessão: 96 min

MAJDANEK – CEMENTARZISKO EUROPEY
“Majdanek”
LUDZIE WISLY
“Gente do Vístula”
de Aleksandr Ford
com Ida Benita, Jerzy Pichelski, Stanislawa Wysocka
Polónia, 1945 e 1938 – 25 e 71 min / legendados eletronicamente em português

A sessão reúne duas obras de Aleksandr Ford: MAJDANEK, realizado em julho de 1944, é um dos primeiros documentários realizados num campo de extermínio. Ford entrevista sobreviventes de diversas nacionalidades. LUDZIE WISLY é um drama situado entre barqueiros que navegam pelo Vístula, com rivalidades amorosas e profissionais. É falado em polaco e, contrariamente aos outros filmes de Ford que incluem este Ciclo, não pertence ao cinema ídiche nem aborda um tema judeu.
 

09/04/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Cinema Polaco – Raridades
Dekalog, Jeden
“Decálogo Um – Amarás a Deus Sobre Todas as Coisas”
de Krzystof Kieslowski
com Henryk Baranowski, Wojciech Klata, Maja Komorowska
Polónia, 1988 - 56 min
legendado eletronicamente em português

Primeiro episódio da série vagamente baseada nos Dez Mandamentos realizada por Kieslowski para a televisão polaca. Muitos destes dez filmes tiveram abundante circulação internacional em sala, e nalguns casos remontagens especiais que deram origem a novas versões. Foi o primeiro momento da consagração internacional de Kieslowski, que lhe abriu as portas para o financiamento europeu dos seus filmes finais, nomeadamente a chamada Trilogia das Cores. Neste primeiro episódio evoca-se a “deificação” da Razão, através da história trágica de um professor universitário e do seu filho, maníaco dos computadores.

09/04/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Cinema Polaco – Raridades
Majdanek – Cementarzisko Europey | Ludzie Wisly
duração total da sessão: 96 min

MAJDANEK – CEMENTARZISKO EUROPEY
“Majdanek”
LUDZIE WISLY
“Gente do Vístula”
de Aleksandr Ford
com Ida Benita, Jerzy Pichelski, Stanislawa Wysocka
Polónia, 1945 e 1938 – 25 e 71 min / legendados eletronicamente em português

A sessão reúne duas obras de Aleksandr Ford: MAJDANEK, realizado em julho de 1944, é um dos primeiros documentários realizados num campo de extermínio. Ford entrevista sobreviventes de diversas nacionalidades. LUDZIE WISLY é um drama situado entre barqueiros que navegam pelo Vístula, com rivalidades amorosas e profissionais. É falado em polaco e, contrariamente aos outros filmes de Ford que incluem este Ciclo, não pertence ao cinema ídiche nem aborda um tema judeu.
 

09/04/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Cinema Polaco – Raridades
Der Dybbuk
“A Alma Errante”
de Michal Waszynsky
com Lili Liliana, Leon Liebgold
Polónia, 1937 - 110 min
legendado eletronicamente em português

Baseado numa peça que adapta um velho mito judeu da Europa Central, que também inspirou uma peça de música de câmara a Aaron Copland, DER DYBUK é um exemplo de uma cultura ídiche desaparecida, o que torna o filme ainda mais comovente quando se pensa nos horrores que se abateriam sobre o mundo judeu europeu. Trata-se da história de duas crianças, cujos pais prometem casar. O rapaz morre, mas não se resigna e continua a voltar à vida terrena, até que vem encarnar-se na alma da mulher, no dia em que ela vai casar-se com outro homem. Um filme comovente e original.

10/04/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Cinema Polaco – Raridades
Dekalog, Dwa
“Decálogo Dois – Não Invocarás o Santo Nome de Deus em Vão”
de Krzystof Kieslowski
com Krystyna Janda, Aleksander Bardini, Olgierd Lukaszewicz
Polónia, 1988 - 59 min
legendado eletronicamente em português

O segundo mandamento é ilustrado com uma história em que um médico é posto perante a complicada siutação de uma mulher que tem o marido a morrer e, ao mesmo tempo, está grávida de outro homem. “Este tomo do DECÁLOGO nunca faz [o segundo mandamento] um motor evidente da sua narrativa (…) construindo Kieslowski o seu filme quase como uma abstração ficcional” (José Navarro de Andrade).