com a presença dos realizadores

TANGANHOM
de Vítor Covelo
com Rodrigo Queirós, Maria Inês Rodrigues, André Gil Mata, Nuno Mendonça
Portugal, 2023 – 5 min

QUANDO A TERRA FOGE
de Frederico Lobo
Portugal, 2024 – 29 min / legendado em inglês e francês

CAMPOS BELOS
de David Ferreira
com Diogo Silva Barbosa, Maria Luísa Gomes, Egídio Peixoto
Portugal, 2023 – 19 min

duração total da projeção: 53 min | M/12

TANGANHOM revisita as lendas e a oralidade de Parada do Monte. Baseado em histórias locais, o filme une tradições, mitos e memórias do realizador, preservando um património cultural em extinção. Em QUANDO A TERRA FOGE (filme estreado na secção Quinzena dos Cineastas do Festival de Cannes deste ano), a Serra torna-se um palco de espaço e tempo suspenso, onde acompanhamos o percurso de um pastor em busca de gado perdido, enquanto as máquinas avançam pelas profundezas geológicas da montanha, remetendo à violência imposta pelo homem ao meio, e a ele próprio. Tendo como tema a exploração de lítio e os seus impactos na região, este filme é o último capítulo de uma viagem documental sobre o progresso e as feridas que este vai deixando. Por fim, CAMPOS BELOS explora a vida no Vale do Ave, onde diferentes gerações se moldaram em torno da indústria. Neste filme, o realizador, também operário fabril, acompanha três personagens que vivem num ciclo constante entre o trabalho e o lazer, num espaço com cerca de 40 metros. Tirando partido de planos-sequência para demonstrar esta “limitação”, CAMPOS BELOS revela o impacto do ideal industrial na vida de uma comunidade, numa linha entre realidade e encenação que reporta ao neorrealismo italiano.
 

legendados em português | M/16

Uma sessão com os melhores filmes apresentados no festival de cinema londrino Straight 8 dedicado ao formato do Super 8. A sessão inclui 25 filmes de 3 minutos cada, oriundos de todo o mundo e filmados num único cartucho de película Super 8 (o regulamento do festival impede qualquer montagem posterior à filmagem). A sessão conta com a presença de Vieira Vasco, realizador português e agora colaborador do Straight 8, que é autor da curta-metragem KILLJOY, selecionada pelo júri deste ano para o top 8 do festival. Nesta curta autobiográfica, o realizador recorda o seu primeiro argumento e como foi imediatamente destruído pela sua autosabotagem, a quem chama Killjoy, que o deixou num poço de incerteza e impotência. Resultado do medo e dúvida do protagonista, Killjoy materializa-se em imagens e projeções que assombram e se assemelham ao realizador, mas de uma forma distorcida, uma cópia defeituosa, um gémeo maléfico. Contada através da poesia, esta é uma dança entre o áudio e o visual, estruturada em três atos.