CICLO
Salvar a Cinemateca Brasileira!


A campanha em defesa da Cinemateca Brasileira prossegue em novembro com a terceira de uma série de sessões quinzenais de homenagem à equipa dessa cinemateca, a qual permanece impossibilitada de regressar aos seus postos de trabalho há mais de um ano. Na continuação desta iniciativa, que apenas terminará quando os nossos colegas da Cinemateca Brasileira voltarem ao ativo, serão exibidos os documentários PASSAGENS, da realizadora e investigadora brasileira Lúcia Nagib, e CABRA MARCADO PARA MORRER, um dos títulos mais importantes do documentarismo brasileiro e do seu realizador, Eduardo Coutinho.
Aproveitando a presença de Lúcia Nagib na Cinemateca, será feito igualmente o lançamento, na Linha de Sombra, do seu mais recente livro Realist Cinema as World Cinema - Non-cinema, Intermedial Passages, Total Cinema, o qual esteve na origem do filme PASSAGENS. Neste documentário é aplicado ao cinema brasileiro surgido após o governo Collor de Melo um dos conceitos centrais da autora nesse livro, o de passagens intermediais, ou seja, o modo como certos filmes incorporam outras artes como um canal para a realidade histórica e política. 
 
 
05/11/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Salvar a Cinemateca Brasileira!

Passagens
de Lúcia Nagib, Samuel Paiva
Brasil, 2019 - 94 min | M/12
 
19/11/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Salvar a Cinemateca Brasileira!

Cabra Marcado para Morrer
de Eduardo Coutinho
Brasil, 1984 - 119 min | M/12
05/11/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Salvar a Cinemateca Brasileira!
Passagens
de Lúcia Nagib, Samuel Paiva
Brasil, 2019 - 94 min | M/12
legendado em inglês
com a presença de Lúcia Nagib
O florescimento e a diversificação do cinema independente no Brasil a partir dos anos noventa favoreceu não apenas uma nova abordagem da realidade, mas um uso mais ousado do dispositivo fílmico que identifica e expõe os laços inextricáveis entre o cinema e as outras artes. Mescla de filme ensaio e documentário, PASSAGENS aborda uma seleção de filmes brasileiros nos quais procedimentos intermediáticos, ou seja, a utilização de artes e media como literatura, pintura, teatro, música, fotografia, rádio e televisão, parecem funcionar como uma “passagem” para a realidade política e social. O filme intercala esses exemplos fílmicos com entrevistas com 15 expoentes do cinema brasileiro, sendo 11 cineastas, uma montadora, um compositor, um produtor e uma curadora, todos eles ligados ao que se convencionou chamar de “Retomada”, ocorrida a partir de meados dos anos 1990, que trouxe de volta ao cinema brasileiro a questão da identidade nacional e dos problemas sociais históricos do país. A seguir à projeção haverá uma conversa da realizadora com o investigador Paulo Filipe Monteiro, investigador do ICNova. 

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19/11/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Salvar a Cinemateca Brasileira!
Cabra Marcado para Morrer
de Eduardo Coutinho
Brasil, 1984 - 119 min | M/12
Apesar de não ter sido o primeiro filme rodado por Eduardo Coutinho, trata-se do início oficioso da sua carreira como documentarista de referência, no Brasil e no mundo. Coutinho iniciou a rodagem de um filme, a poucos meses do golpe militar de 1964 e mais de vinte anos antes da sua estreia internacional. No início era uma ficção, sobre a morte do líder da liga camponesa de Sapé, João Pedro Teixeira, mas, devido à interrupção de duas décadas, acabou por se tornar um documentário sobre a tentativa de resgatar o filme perdido, propiciando várias oportunidades de reencontro com alguns dos seus protagonistas. Obra fundamental da história do documentário, CABRA MARCADO PARA MORRER foi mostrado na Cinemateca apenas uma vez, em 1987. A exibir em cópia digital.

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